Sábado, 22 de fevereiro de 2014 - 00h03
LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal, colunista do Yahoo e colaborador de Amazônias
Em Porto Velho logo começou a circular o boato de que as duas barragens não suportariam a pressão excepcional das águas e romperiam. Um jornalista chegou a antecipar no seu blog que 50 mil pessoas morreriam afogadas se acontecesse o acidente. Seria o tsunami amazônico. O boato escandaloso tem alguma razão de ser.
O que estava ameaçado (ameaça ainda não totalmente descartada) era a ensecadeira de terra construída em frente à barragem da hidrelétrica de Jirau, a primeira das usinas no sentido do curso do rio. É uma barragem provisória para permitir a construção em seco. Quando a estrutura fica pronta, a ensecadeira é desfeita.
Por coincidência, no exato momento em que o Madeira atingiu seu pique de vazão, de mais de 51 mil metros cúbicos de água por segundo, entrava em operação a 30ª das 50 unidades geradoras de Jirau, que passava a produzir 2.150 MW dos 3.750 MW que constituem sua capacidade nominal de energia (semelhante à da hidrelétrica seguinte, de Santo Antonio).
Talvez a ensecadeira já tivesse sido destruída se um incidente providencial não tivesse acontecido. Para gerar ainda mais energia do que a capacidade de projeto, a hidrelétrica de Santo Antônio, rio abaixo, elevou sua cota acima do que fora aprovado. Com isso, gerou desentendimento com a Energia Sustentável do Brasil, a empresa que constrói Jirau.
O impasse subiu na esfera administrativa e ainda não foi resolvido.
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