Sexta-feira, 24 de novembro de 2017 - 11h34
LÚCIO FLÁVIO PINTO
Em Belém
O polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg, que morreu na semana passada, na Bahia, aos 96 anos de idade, foi o maior artista plástico (ou, especificamente, escultor) de temática amazônica de todos os tempos, mas seu desaparecimento não mereceu um único registro na imprensa paraense. (N.R. Muito menos em Rondônia, Lúcio.)
No Brasil há 60 anos e dedicado aos temas amazônicos há 40, ele iniciou e pontificou numa arte comprometida com uma causa sem renunciar aos rigores do procedimento criativo e à consciência crítica: a defesa da natureza, combinada com a denúncia da sua destruição selvagem.
Nada de panfletarismo ou recursos fáceis e demagógicos. Krajcberg montou seus painéis enormes com restos de floresta sabregados pelo fogo das queimadas criminosas, irracionais. De uma tal maneira plástica e com uma profundidade humana inigualável que o impacto ao espectador de primeira viagem era perturbador, definitivo.
Com os elementos da circunstância, que ele recolheu nas suas longas e constantes viagens pela região, imortalizou um dos momentos mais tristes da relação do homem com a natureza na história de todos os povos. Imortalizou a destruição da Amazônia, mesmo sem conseguir o milagre de evitar a sua progressiva extinção, semelhante ao fim da maravilhosa mata atlântica, em cuja possessão baiana fez sua moradia.
Dá tristeza, mas não surpreende, a omissão da terra que se tornou dele ao penetrar no seu cérebro e fecundar a sua criação artística com uma luminosidade que só existe no crepúsculo em fogo do dia a dia da floresta amazônica. Um pouco dela se foi com Krajcberg,
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