Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Lúcio Flávio Pinto

Confusão na selva


  

LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal, colunista do Yahoo e colaborador de Amazônias

 

Em 1967, o milionário americano Daniel Ludwig começou a formar um autêntico império no meio da selva amazônica. Passados mais de 45 anos, o Projeto Jari continua a ser um dos grandes desafios ao Pará e sua experiência provoca interesse internacional, por estar executando um manejo florestal considerado o maior do mundo.

Gente de Opinião
No Jari de Ludwig hoje atuam duas empresas do grupo Orsa. Uma continua com a celulose, mas parou sua atividade para atender o mercado de tecidos. Outra se dedica apenas à madeira.


 

Ludwig era um dos homens mais ricos do mundo quando, aos 70 anos, assumiu o controle de uma empresa extrativista de comerciantes portugueses estabelecidos em Belém, que, por sua vez, incorporou o patrimônio de um famoso coronel (de barranco) José Júlio de Andrade, em 1948.
 

Dezenas de diferentes títulos de terras que vieram na transação deram a Ludwig a convicção de se ter tornado o dono do maior latifúndio do planeta, com 3,6 milhões de hectares localizados no vale do rio Jari, entre o Pará e o Amapá, próximo à foz do rio Amazonas.
 

Ludwig precisava desse território para realizar seus dois maiores projetos: suprir o mundo faminto de fibra e de grão, produzindo celulose (numa fábrica trazida do Japão pelo mar) e arroz (empreitada que se frustrou). Mas quando a complexidade ou precariedade dos documentos de terras do Pará se foi revelando, os assessores do milionário chegaram à conclusão de que o império era menor. Talvez tivesse “apenas” 1,6 milhão de hectares, ainda no topo das maiores propriedades rurais do planeta. Mas essas dimensões eram precárias.
 

Leia o texto completo

Confusão na selva - Gente de Opinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Albrás é a maior consumidora de energia elétrica do País

Albrás é a maior consumidora de energia elétrica do País

A Albras, a fábrica de alumínio da multinacional norueguesa Norsk Hydro, instalada em Barcarena, é a maior consumidora de energia do Brasil. Sua carga

O enclave de Ludwig na Amazônia no tempo da ditadura

O enclave de Ludwig na Amazônia no tempo da ditadura

Lendo o seu artigo Carajás:  enclave no Pará, me veio em mente uma experiência que fiz com a Jari, quando trabalhava como economista, no fim dos anos

Por que não proteger as castanheiras?

Por que não proteger as castanheiras?

A PA-230, rodovia estadual paraense que liga os municípios de Uruará, na Transamazônica, a Santarém, situada no local de convergência do rio Tapajós c

Amazônia na pauta do mundo

Amazônia na pauta do mundo

Publico a seguir a entrevista que Edyr Augusto Proença (foto) concedeu à revista digital Amazônia Latitude, iniciando uma série de entrevistas com esc

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)