Domingo, 23 de junho de 2013 - 09h18
LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal
Dos 25 bebês que morreram nos 12 primeiros dias de junho na UTI neonatal da Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém, apenas dois pesavam mais de três quilos. Os demais ou estavam um pouco abaixo do peso normal ou eram completamente subnutridos, com peso e, torno de um quilo. O de maior peso (com 3,14 quilos), ainda assim não tinha condições anatômicas de sobrevivência: seu intestino estava dentro do pulmão.
É possível que a secretaria de saúde do Estado e a direção do hospital consigam provar que tantos óbitos em tão pouco tempo (média de duas mortes diárias) não tenham sido causados por infecção hospitalar. Apenas três casos com essa origem foram reconhecidos oficialmente. O percentual não é de 10%, o que caracterizaria um surto epidêmico, porque algumas das 25 crianças com óbito já chegaram doentes ao hospital.
Mas se foram realmente apenas três as mortes por infecção hospitalar, proporção grave, mas que não chega a caracterizar situação crônica de ameaça às crianças que nascem ou são atendidas na Santa Casa, esse número tem um componente aleatório. Pode se manter estável, cair ou ter um pique de ocorrências. As condições de funcionamento normal da instituição não previnem esse risco. Pelo contrário: sujeitam os pacientes a um grau de ameaça bem acima do desejável.
Texto completo em Cartas da Amazônia
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