Domingo, 18 de novembro de 2012 - 17h06
LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal
De Belém (Amazônia Oriental Brasileira)
Em 1978, duas plataformas metálicas flutuantes saíram do estaleiro da Iskikawajima em Kure, um dos maiores do Japão. Uma era uma fábrica de celulose de grande porte. A outra uma usina de energia, capaz de gerar 50 megawatts. Juntas, pesavam 58 mil toneladas e tinham a altura de um prédio de 13 andares. Iriam navegar por quase 30 mil quilômetros, por mares e oceanos, puxadas por rebocadores.
O destino era a Amazônia, mas seu dono era o milionário americano Daniel Keith Ludwig. Em 1967, já aos 70 anos, ele decidira repetir a experiência de outro milionário célebre dos Estados Unidos, Henry Ford. Só que, ao invés de plantar seringueiras para produzir borracha,
Ludwig plantaria uma árvore asiática, a gmelina, Até então essa espécie nunca tinha sido usada para celulose, que era o objetivo de Ludwig. Ele ia surpreender os concorrentes em todo mundo porque a gmelina gerava mais celulose em prazo mais curto do que as fontes tradicionais da fibra, o pinho e o eucalipto.
Por causa da idade e pela certeza de conquistar mercado, Ludwig tinha pressa. Não queria perder tempo montando a indústria no próprio local, à margem do rio Jari, no Pará, a 300 quilômetros da foz do Amazonas. Ia trazer as duas estruturas prontas do Japão, colocadas sobre plataformas de tal modo que podiam flutuar durante a longa e difícil viagem. Mais uma façanha de espantar o mundo, a que D. K. L. já se acostumara.
Texto completo no blog Cartas da Amazônia
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