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Lúcio Flávio Pinto

Memória: a suspensão do empréstimo do Banco Mundial


 Memória: a suspensão do empréstimo do Banco Mundial - Gente de Opinião

Ariquemes, durante a fase de colonização no final dos anos 1970 /Foto Marcos Santilli



LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal


 

Em abril de 1990 o Banco Mundial decidiu suspender, por seis meses, um  empréstimo de 220 milhões de dólares destinado ao Projeto de Manejo dos Recursos Naturais de Rondônia, uma das bases de apoio ao programa Panafloro, destinado à reforma ambiental de Rondônia e Mato Grosso. A causa do adiamento foi uma carta pessoal do secretário nacional de meio ambiente do Brasil, José Lutzenberger, ao presidente do BIRD, Barber Conable, pedindo que antes as organizações não governamentais fossem consultadas.
 

O Panafloro começou a ser elaborado em 1986. Seu objetivo era reorientar a ocupação desordenada de Rondônia, que, em duas décadas, destruiu 42 mil quilômetros quadrados de floresta (17% do Estado) e provocou o inchamento da periferia de Porto Velho. Baseado em um zoneamento agroecológico, o projeto previa a divisão do Estado em seis zonas: duas para desenvolvimento agrícola, três para extrativismo e preservação florestal e uma para reservas indígenas.
 

Das 17 áreas indígenas criadas em Rondônia como condição imposta pelo Banco Mundial para financiar o Polonoroeste, 10 anos antes, 10 ainda não haviam sido regularizadas quando o BIRD decidiu suspender a votação do novo empréstimo.

Originalmente publicada na edição nº 566 do JP, na primeira quinzena de agosto de 2014.

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