Sexta-feira, 23 de setembro de 2016 - 20h46
No espaço de poucas horas o juiz Sérgio Moro decretou e revogou a prisão do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. Percebeu logo o tamanho do erro cometido ao tirar o marido do leito de hospital onde a sua esposa seria submetida a uma cirurgia de câncer. O efeito foi desastroso.
Mas teria sido mera coincidência. É que nenhum dos integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato sabia do que acontecia no Hospital Albert Einstein, de onde Mantega saía quando foi preso, pela manhã. É um erro desconcertante diante da gravidade do ato.
Os agentes da Polícia Federal teriam ido à residência do ex-ministro e sabendo da sua direção foram de lá ao hospital, inadvertidos sobre a delicada situação de saúde da sua mulher. Percebendo a “infeliz coincidência”, o juiz tratou de devolvê-lo ao local de origem, explicando que ele não oferecia riscos para a “colheita das provas” procuradas pela operação. Mas ressalvou que os policiais agiram com a maior discrição, não entrando no hospital. O detalhe pouco – ou nada – atenua o erro.
Por todos os aspectos, foi uma das iniciativas mais desbaratadas da PF. Independentemente das circunstâncias de fato, a prisão do ministro para ser ouvido em Curitiba era desnecessária. O objetivo talvez fosse o de quebrar a resistência de Mantega para que ele falasse sobre o que sabe (e sabe demais).
Esse, porém, não é um método compatível com um regime democrático. À parte o abalo que Guido Mantega sofreu, pelo qual poderá processar judicialmente os responsáveis, abrindo um flanco na estrutura da força-tarefa, através do qual ela poderá receber críticas procedentes, a prisão não se ajustava às razões apresentadas.
Já há informações e indícios suficientes nessa 34ª fase da Operação Lava-Jato para chegar a novos espaços e personagens do esquema de corrupção montado dentro e em torno da Petrobrás.
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