Quinta-feira, 7 de junho de 2018 - 09h19
De manhã, duas moças do interior do Paraná apontavam para uma bela plantação de milho e se queixavam dos que, passando pela estrada, roubam o cereal.
"Quem rouba um milho não pode se queixar de quem rouba um milhão", ironizaram com bom humor, tocando num ponto sensível no qual deveriam se encontrar a moralidade pública e a moral privada. Ao invés de se fundirem, elas colidem e se excluem.
Um cidadão não pode condenar um político corrupto se, além de lhe ter dado o voto de acesso a um cargo de representação popular, o próprio eleitor faz a sua corrupção doméstica. Se corruptos dominam a política brasileira é porque uma maioria corruptos os elegeram.
Agora à noite, duas moças de Itinga do Maranhão, com uma aparência bem distinta das duas paranaenses bem nutridas, se queixam da falta de água potável desde que um poço artesiano foi fechado. No lugar do frondoso milharal, um rio barrento e sujo, no qual estão imersas com sua magreza e seu sofrimento, numa terra que já deu presidente da república (ao contrário do vizinho Pará), continuando a piorar.
São cenas do projeto da TV Globo de depoimentos de brasileiros de todos os quadrantes deste imenso Brasil sobre o país que eles querem - e que não é o país no qual vivem.
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