Sexta-feira, 21 de março de 2025 - 16h16
Portador de dupla cidadania (brasileira
e estadunidense) Samuel Sales Saraiva, ex-suplente de deputado federal
(PMDB-RO) e autor intelectual de importantes propostas
para atendimento de demandas sociais e ambientais, alertou hoje (20) o
Senado Federal para as desvantagens da adoção do chamado “principio
da reciprocidade” em vistos internacionais que vêm sendo defendida por técnicos do Ministério das Relações
Exteriores (Itamaraty), numa ação equivocada e nociva aos interesses
nacionais.
"Eles querem cobrar visto de quem
cobra do Brasil.” Samuel enviou mensagem aos senadores Davi Alcolumbre
UB-AP), Carlos Portinho (PL-RJ) e ao Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) relator da proposição, com cópia da correspondência à ministra-conselheira Kimberly Kelly, da
Embaixada Americana em Brasília.
"São algumas considerações que talvez
possam servir de subsídios para discussão de matéria legislativa, dispondo
sobre a exigência de visto de turista
para EUA, Canadá, Japão e Austrália.
Para Samuel, a postura adotada por diplomatas tem
motivação apenas revanchista fomentando o retrocesso e uma maior deterioração das relações
bilaterais, principalmente com os EUA. “Alguns diplomatas com
formação esquerdista fazem lobby no parlamento tentando induz os senhores
legisladores a votarem pela aprovação dessa proposta contrariando os princípios cristãos do Brasil, pois, mesmo
sendo justo quando aplicado com imparcialidade, o princípio da reciprocidade, apesar de legítimo, não fomenta a convergência da fraternidade, e se inspira na “lei do olho por olho”, o que dificulta e boicota as relações harmoniosas
entre as nações."
Citou o seu antigo professor de direito
diplomático na Universidade de
Brasília - UnB, embaixador
Meira Penna, autor da denúncia do famoso escândalo das polonetas, no qual o Brasil
levou um desnecessário e previsível calote: “Uma diplomacia inteligente
estará sempre disposta a
circunscrever divergências e promover convergências”, exatamente o contrário da ação itamaratiana na atual
proposta, desprovida de razoabilidade invocar o princípio da reciprocidade de forma parcial e
conveniente.” Argumentou Saraiva,
"Os EUA poderiam invocar o mesmo
princípio para arrochar ainda
mais os mais de 1 milhão de brasileiros que aqui vivem na clandestinidade, nas
sombras, cansados, com uma sensação real de medo e envergonha. Se o princípio da reciprocidade e da igualdade de
tratamento, 'alicerces da política migratória brasileira', conforme
alegam os técnicos do Itamaraty fossem aplicados pelos EUA, Japão e os demais países, como ficaria a situação de nossos
concidadãos?”
Questionou mais: “No conforto de seus
gabinetes, esquecem os milhões de dólares enviados por esses compatriotas,
desprovidos de qualquer assistência ou benefício trabalhista, abandonados pelo governo brasileiro, estão sujeitos à deportação, com o sentimento de
nacionalidade extremamente baixo, vitimas dessa antipatia insana
alimentada por visões mesquinhas como a adotada por diplomatas
brasileiros conhecidos pela postura ideológica “liberal”.
"Burocracia nunca foi estímulo ao turismo nem a qualquer outra
atividade comercial", analisou Samuel.
"Poderíamos definir como o verdadeiro “tiro no pé” da nossa economia", ele adverte.
E antevê consequências:
● Provável diminuição do turismo de cidadãos
desses países ao Brasil, pelas dificuldades burocráticas, alem dos altos índices de violência, com quase 40 mil homicídios por ano, afetado o setor.
● O aumento dos custos para processamento
e concessão dos vistos, bem como a carga de trabalho dos
serventuários do serviço consular. Quem pagara os custos
para aplicação dessa medida ridícula e contraproducente.
● Aumento da animosidade para com os
brasileiros que vivem nesses países na ilegalidade, enfrentando humilhações
para conseguir oferecer maior dignidade a suas famílias.
● Distanciamento nocivo às relações bilaterais, principalmente com os
EUA, que sempre foram tradicionais aliados, tanto no plano militar, quanto
tecnológico, comercial, científico e cultural.
● Além da previsível diminuição do turismo terá um impacto negativo na economia fomentando a diminuição das remessas de
bilhões de dólares enviados pelos imigrantes que começam a regressar ao país devido às condições adversas causadas por políticas imigratórias mais rígidas, agravadas pela animosidade gratuita
gerada pelo governo brasileiro sem se preocupar com seus cidadãos na diáspora.
Em 2003, Samuel recebeu do então
presidente George Bush mensagem de agradecimento pelos estudos que elaborou,
objetivando o fortalecimento das relações bilaterais. Ele sugeria naquele período que, fosse considerado um legislação que
garantisse aos cidadãos dos EUA acolhimento em forma de residencia
permanente, caso o país fosse atacado com armas
de destruição em massa ou sofressem catástrofe natural de grande magnitude. Para ele, seria um gesto amistoso unilateral
do Brasil que poderia aliviar as pressões sentidas por
nossos compatriotas e criar uma realidade facilitadora e talvez até teria possibilitado a legalização de milhares
de brasileiros irregulares. "A mencionada proposta ganhou visibilidade em
pronunciamento do Senador Valdir Raupp, que, em discurso no plenário, solicitou ao então Presidente Lula
e ao Itamaraty ações para execução da proposta (SF-03/09/2003), que foi
sistematicamente ignorada.
Há mais de três décadas morando nos EUA, Samuel acredita
que o Itamaraty erra ao desconhecer ou desprezar efeitos colaterais dessa visão
beligerante e revanchista desprovida de sentido lógico e altamente contrária às ações diplomáticas inteligentes. "Os técnicos itamaratianos veem apenas o lado frio do que
entendem deve ser reciproco, mas os senhores (senadores) como
representantes legítimos do povo, sensibilidade social e politica, estão em posição que permite
escutar os clamores legítimos da nacionalidade advindos das ruas, com o poder e a
responsabilidade para rejeitar tamanha desfaçatez.”
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