Domingo, 12 de agosto de 2018 - 08h46
Benjamin Franklin nos ensina que “Aquele que tem uma profissão tem um bem; aquele que tem uma vocação tem um cargo de proveito e honra”.
A propósito conheci nesta fronteira a história de uma menina que honra a terra e a sua benemérita família pela generosidade, altruísmo, solidariedade e humildade reunidos numa personalidade cativante!
Cecy, esse é o seu nome, que pode ser traduzido como Mãe do Pranto, muito embora essa personalidade a quem homenageio tenha como marca a facilidade de comunicação que a move, o otimismo como referência e o bom humor como virtude a exaltar.
Com pessoas desse naipe vale sempre a pena conviver, pois fazem bem aos circunstantes, até porque irradiam luz e energia positiva, haja vista o otimismo que cultivam, ainda que eventual nuvem carregada paire no ambiente, posto, no caso em lide, ela descobrir sempre que há uma vertente positiva a se abrir no nosso horizonte!
A humildade que nela se revela de forma tão retumbante a faz ser tão verdadeira que, no inicio de seu mister, após ouvir as declarações dos seus pacientes, pedia-lhes um prazo para apresentar o seu diagnóstico.
E, depois de estudar o caso e ouvir seus mestres oferecia-lhes a cura com remédio salvador, granjeando respeito, confiança e admiração.
Seus pacientes do SUS, ou não, retribuíam com a gratidão dos espíritos elevados, muitas vezes, com palavras gentis e/ou presenteando-lhe com verduras, galinhas e frutas de sua produção, que ela distribuía entre seus colaboradores.
Quantas e quantas vezes no trajeto dentro do trem, no rumo da sua residência fazia ela consultas e entregava remédios (amostra grátis), para aqueles seus conhecidos que dividiam o espaço naquele transporte mais em conta.
Perdeu para a morte apenas uma paciente que se lhe chegou nos últimos estertores. E lutou e lutou bravamente massageando o já enfraquecido coração. Mais de 40 minutos se seguiram até o último suspiro daquela mulher, já velhinha, órgão vital quase desacelerando, pele de moribunda e arfando de forma intermitente!
E quando ficou a sós chorou copiosamente, como quem tivesse perdido alguém da própria família. E o seu Mestre, após prestar-lhe a solidariedade em função do desespero pela médica revelado lhe cobrou o informe à família da falecida.
Estes a encontraram chorosa, com os olhos vermelhos, pela dor da perda e todos passaram a consolá-la.
–Por que chora, doutora?
–É que não consegui salvar Dona Benedita da Paixão.
–Mas, não se amofine, não! Nós a trouxemos por desencargo de consciência, pois no hospital anterior já sabíamos que seria questão de dias o desenlace.
–Mesmo assim, fui vencida e não desejo acostumar-me ao sentimento de perda, pois sei que sua mãe era uma guerreira...
–Sim, é certo! Ela cumpriu com galhardia a sua missão aqui no planeta, mas nós agradecemos pela sua acuidade, pelo seu profissionalismo, por sua dedicação que observamos foi extremada! Que Deus receba a nossa mãe, mas abençoe a Senhora, hoje, amanhã e sempre!
E os parentes da falecida passaram a amparar a médica, consolando-a com palavras e abraços bem apertados, comovidos com a demonstração de sofrimento atroz que embalava o choro da profissional, que se preparou para tentar vencer a morte e doar força e vida aos seus pacientes.
Em seguida lhe chega o Mestre e a provoca: –Cecy, você tem duas opções: ir para casa e tentar recuperar-se emocionalmente pela perda ou, alternativamente, ficar e atender essas duas dezenas de pacientes que estão aguardando pelos seus serviços profissionais.
E Cecysinha, filha do Professor Euro Tourinho Filho e de Cecy Helena Couceiro Tourinho, ficou! Lágrimas corriam apenas pelo seu magnânimo coração, não mais pelo rosto! E atendeu naquele resto de tarde quase 30 doentes em busca da cura...
Ela é assim: fez da medicina a sua missão aqui na terra e a exerce com honra, competência, criatividade, eficiência, eficácia e efetividade. É um Ser obstinado porque é altamente espiritualizada e tem a aura de anjo porque é mulher, a mais elevada das criaturas, e merece, pelas excelsas virtudes que traz de berço, ao mesmo tempo, um trono e um altar!
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