Quinta-feira, 15 de outubro de 2015 - 18h22
Achei a vida verdadeira quando busquei a Deus na sua diversidade e plenitude.
Perdi a juventude quando encontrei a sabedoria que se acha embutida nas coisas simples do cotidiano.
Achei o irmão quando abracei o amigo sincero.
Perdi a solidão quando descobri a autêntica amizade.
Achei novos matizes no amanhecer quando valorizei a natureza viva.
Perdi muitos entardeceres, os mais belos e inebriantes, quando me curvei à pressa com que buscava sobreviver.
Achei o arco-íris sempre multicolorido quando dobrei a esquina da minha sensibilidade e escancarei as janelas das nuvens.
Perdi a ingenuidade quando a competição profissional me demonstrou que subir os degraus da hierarquia significa enfrentar feras no dia-a-dia.
Achei meus mestres quando descobri que a sabedoria que os movia derivava da experiência que tentavam me repassar, preparando-me para missões futuras.
Perdi meus devaneios da juventude quando vi iniquidades e o triunfo das maledicências nos desempenhos de alguns no serviço público.
Achei, através do trabalho, toda uma aura de dignidade que o labor envolve, como perspectivas de progresso material e crescimento espiritual de um homem, concebido à imagem e semelhança de Deus, Pai e Criador.
Perdi amigos – quase sempre falsos e bajuladores – quando tive que tomar decisões duras e racionais, visando proteger-me e às empresas às quais servia.
Achei um manancial de referências positivas sob todos os aspectos quando me tornei avô.
Perdi a paciência quando observei tratamentos inadequados, desumanos e hostis contra crianças, mulheres e idosos.
Achei a felicidade quando recebia a bênção maternal como expressão maior do carinho e do afeto que resume a vontade de proteger e orientar.
Perdi o respeito por homens que jamais valorizaram a esposa e companheira leal que abençoa a vida e o lar com o seu desvelo.
Achei a consideração de meus pares quando lhes disse que ser cristão é ser solidário, é cuidar da natureza, zelando pelos seres que habitam a terra, protegendo os mananciais.
Perdi o rumo quando vi semelhantes fugindo das guerras, humilhados e vencidos, sem conseguirem comover nações inteiras e nem seus governantes egoístas pelo drama vivenciado.
Achei meu eixo como humano quando, pela prece, humildemente, pedi a Ele proteção e luz.
Perdi a noção das coisas quando verifiquei que o comércio move-se mais no interesse mercantilista exacerbado muito mais do que deveria inspirar a celebração das festas natalinas, o dia das Mães e dos Pais.
Achei o Cristo quando lhe agradeci, comovido, bastante emocionado mesmo, pela vida e pelas lições de vida com que fui premiado.
Perdi a serenidade quando tomei conhecimento do abandono por uns filhos que negligenciaram o necessário apoio aos seus pais e avós, ainda vivos; e me decepcionei com o esquecimento após morrerem deprimidos por essa omissão.
Achei numa edição musical popular ou erudita a mão do Espírito Santo a impulsionar a criatividade de um gênio.
Perdi a calma quando vi vândalos danificando prédios, lojas, obras de arte, apenas com o desejo de protestar.
Achei o meu sentido de brasilidade mais aguçado quando vi duas crianças com a mão no peito, como se novos heróis da sagrada pátria já fossem, ao entoar o Hino Nacional com entusiasmo que me revigorou a nacionalidade que achava olvidada.
Perdi completamente o respeito ao homem público que se lambuzou na lama do Mensalão, Petrolão, Eletrolão, Fundos de Pensões, etc., etc., etc...
Achei, enfim, o meu equilíbrio e o meu norte quando vislumbrei que o Brasil terá salvação, não porque estou vendo gente de perfil graúdo ser preso, mas porque já se nota que a nossa imprensa é relativamente livre e muitos dos nossos julgadores não são covardes, mas ao contrário, firmes, idealistas, lúcidos e independentes.
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