Sexta-feira, 10 de maio de 2019 - 13h09
Embora
comovido, não deletei alguns nomes queridos na lista do meu celular, lamentando
a perda do meu dileto companheiro em face da viagem para o andar de cima...
Milagres
pouco acontecem nos dias de hoje, mas ninguém ainda me telefonou ou mandou
mensagens do mundo astral...
Quando
- nem saberemos a hora - uns deleterão o meu nome na lista dos seus amigos mais
fiéis...
E
eu, do signo de Touro, teimoso até danar, venho me recusando a deletar da minha
“algibeira mental”, ou da “pochete sentimental”, os nomes das pessoas por quem
sempre nutrirei carinho e gratidão.
Amigos
são assim: deixam marcas! Na escola, no trabalho, na universidade, nos
identificamos com uns com outros e eles permanecem na memória e no coração,
ainda que nos afastemos geograficamente.
Numa
época em que as cartas nos uniam, na troca delas nos aproximávamos. Depois, através
do telefone fixo se matavam as saudades encruadas nos peitos; vieram o telex, o
fax e, agora, o celular; mais recentemente, via telemóvel, o WhatsApp nos chega
de mansinho, como quem chega do nada, e explodem as emoções, risadas, fotos,
notícias, informações, enfim, mensagens sérias e debochadas.
Quantos
relatos, narrativas, músicas, fotografias, filosofias, descrições, gravuras
recebemos de velhos companheiros e de amigos recém conquistados.
Mas
a vida, subvertedora dos sonhos sonhados por mim, nos quais desejo eternizar
minhas relações como se fosse viver para sempre, jamais me concederá a certeza
da expectativa de que amanhã estarei vivo para merecer exteriorizar risos e
alegrias sob a forma de correspondência virtual trocada, ao tempo que poderá neutralizar
esses meus devaneios ante a imprevisibilidade do futuro, de que esses ganhos por
parte dos que me são tão caros poderei não contar nos instantes seguintes; e
estes, por seu turno, correm o mesmo risco de me retirar da sua lista, e eu de
“riscar” os seus nomes dentre os meus contatos.
Tudo
isso ante a inexorabilidade e da tenuidade da nossa existência sempre tão falaz;
porque a vida, na dimensão do tempo, é ilusão! E nunca será um conto de fadas!
Perder
um amigo ou um parente querido é pancada das mais fortes! E, ante o vazio que
passa a nos envolver, fica a dúvida: será que lá no novo horizonte espiritual
que o abrigará ele sentirá as saudades que deixou?
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