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Paulo Saldanha

Crônicas Guajaramirenses - E eles viajaram tão cedo...


Crônicas Guajaramirenses - E eles viajaram tão cedo... - Gente de Opinião

Às vezes “fico matutando” sobre alguns gênios que a humanidade conheceu, que tanto fizeram, no pouco tempo como viventes neste planeta secundário e foram embora, partiram, viajaram!

         E me lembrei Do Maior entre todos, o Jesus Cristo, que, com a sabedoria que caberia num ancião, aos 33 anos nos arrebataram dele, de forma violenta. Coisas dos bestas-fera de plantão, naquele tempo.

         E, pior, é que neste terceiro milênio ainda nos defrontamos com ações iguais daqueles bestas-feras seja na política seja na distribuição de injustiças...

         Mesmo com a pouca idade, o Cristo, ao nos deixar, legou mensagens, filosofias, princípios e doutrinas que edificaram as Igrejas cristãs, com suas contradições, visões sectárias, incoerências e idiossincrasias, ante as interpretações diversas que cada religião passou a defender, a partir das palavras e as boas novas do Filho de Deus.

        Confirmando essa assertiva vemos que, na música, na política, na poesia, literatura, no esporte, cinema e noutras artes e noutras atividades nos deparamos com um Wolfgang Amadeus Mozart,  Freddie Mercury,  John Kennedy, Antônio de Castro Alves, Ayrton Senna, James Dean, temos vários exemplos das personalidades que nasceram, participaram da vida do planeta, segundo os seus talentos e... partiram!

         Fico imaginando o manancial de ensinamentos que Jesus, repito, se chegasse aos 80 anos, iria distribuir como princípios, filosofia e doutrina.

         Se, com 33 anos tanto deixou como mensagens com começo, meio e fim, imaginemos a quantidade de boas novas que seriam concebidas, se o tivessem deixado viver até os 80 ou 90 anos...

         Com suas parábolas, provérbios, interpretações revolucionárias da Bíblia tanta conseqüência virtuosa foi gerada, pensemos no que teria sido distribuído em prol de políticas a serem implementadas, isso a partir de mais de 2000 anos lá atrás.

Wolfgang Amadeus Mozart que morreu aos 36 anos. Alguns disseram que faleceu aos 35 anos de idade. Muito novo, certamente.     Com 3 ou 4 anos tocou para o Imperador da Áustria, comovendo os presentes, já que demonstrou um talento inimaginável para uma criança de tão pouca idade. Já trouxe na bagagem espiritual a componente artística que o tornou célebre até hoje. Aos 5 anos já compunha. Aos 6 já fazia turnês.

           James Dean, americano de Marion, Indiana, nascido em 1931, o astro de “Assim Caminha a Humanidade”, “Juventude Transviada”, “Vidas Amargas” e, no teatro, a produção de “O Imoralista” deram-lhe a fama que o consagrou, concedendo-lhe a chance de ter sido indicado ao Oscar duas vezes, como homenagem póstuma, porque, sem controles, e envaidecido pelo prestígio tão precocemente alcançado, tornou-se um celerado, faleceu aos 24 anos em 1955, num acidente de carro.

         John Fitzgerald Kennedy, assumiu como o 35º presidente dos EEUU, entre 1961 e 1963, quando, aos 46 anos sofreu um fatal atentado, após ser eleito em 1960. Político brilhante, fora Deputado e Senador, detentor de um carisma invejável, o poder de comunicação era o seu forte! Lutou como oficial da Marinha de seu País, na segunda guerra, tornando-se um líder reconhecido como firme. Já como Presidente dos Estados Unidos da América, em cujo governo aconteceram os seguintes fatos: a invasão da baia dos Porcos, o conflito que obrigou os Russos à retirada dos mísseis implantados em Cuba e a implementação dos Direitos Civis nos EEUU e o inicio da Guerra do Vietnã.

Morreu assassinado em Dallas, em 22 de novembro de 1963, no auge da sua carreira e com avaliação popular que ultrapassava os 70%, deixando uma dúvida atroz: teria havido uma conspiração para retirá-lo de cena?

          Freddie Mercury, de origem árabe, nasceu em 05/09/1946 e morreu no dia 24/11/1991 aos 45 anos vítima de broncopneumonia, decorrente da AIDS, finalmente assumida um dia antes de seu falecimento. Um dos líderes da banda Queen, como cantor, mas era exímio pianista e compositor dos melhores. Carismático, envolvia o público com a força e intensidade de sua voz. Fez sucesso como compositor, elevando o prestígio do Queen e ao lado da soprano espanhola Montsserrat Caballé, fez parceria num disco de Ópera, em 1988. É reverenciado até hoje, após ter sido ovacionado em 1985 no Rock In Rio, nas terras cariocas.

           Antônio Frederico de Castro Alves acabou dando nome à cidade de Curralinho aonde nasceu em 14 de marco de 1847, na Bahia. Seu pai Antônio José Alves era médico e professor, e sua mãe Clélia Brasília da Silva Castro, falecida em 1859.        Em Salvador foi contemporâneo de Rui Barbosa no Ginásio Baiano, uma vez que a família ali fixou residência, em 1854. Poeta baiano fervia no seu sangue a têmpera dos inconformados; foi considerado em face dos temas que abordava com sacrossanta devoção, o Poeta dos Escravos, já que essas obras retratavam a maneira como os escravos eram tratados, desde a África, em porões fétidos na transferência através de navios, o que o indignava sobremaneira. Faleceu aos 24 anos em 1871, muito novo, e passou a representar, entre os seus próceres, um dos mais românticos poetas da terceira geração. Menino, já demonstrava a que veio, recitando poema em sarau na escola, ainda em 1860, com 13 anos E em 1862 a família já reconstituída mediante o casamento de seu pai com a viúva Maria Ramos Guimarães, partiu no rumo de Recife aonde o rapaz Antônio Frederico iniciaria a preparação para as atividades acadêmicas para seu ingresso na faculdade de direito. Na capital pernambucana fervilhava o ideal abolicionista e republicano. Ali, Castro Alves aprimorou a sua sensibilidade contra a violência escravagista. “No Teatro Santa Isabel, que se tornou quase um prolongamento da faculdade, realizavam-se verdadeiros torneios entre os estudantes. Nesse ambiente, em março de 1863, durante uma apresentação da peça Dalila, de Octave Feuillet, Castro Alves se encanta com a atriz Eugênia Câmara”. Em 17 de maio publica no jornal “A Primavera”, sua primeira poesia sobre a escravidão: É patrono da cadeira n.º 7 da Academia Brasileira de Letras.

           Ayrton Senna da Silva, paulista, nasceu em 21 de março de 1960 e faleceu no dia 1º de maio de 1994. Três vezes campeão do mundo como piloto de Fórmula 1 (em 1988, 1990 e 1991) elevou o prestigio do Brasil, no cenário esportivo, haja vista ser até hoje reconhecido como ídolo do automobilismo mundial. Sua irmã, Viviane Sena implantou o Instituto Ayrton Senna visando a elevação humano de crianças e jovens carentes. Sua morte teve uma repercussão no Brasil e no mundo, comovendo todo o planeta que o reverenciava como o maior piloto do automobilismo.

            Mas, voltando a Jesus Cristo deixo a reflexão: se vivendo até os 33 anos, esse JC transformou-se no maior revolucionário do planeta, o que não teria promovido de transformações se o tivessem permitido viver até os 80 ou 90 anos?

             Um sábio, acaso pudesse ter festejado seus 80 anos,  teria legado, pelo menos, muito mais sabedoria, educação e normas que poderiam ir aperfeiçoando as pessoas, seus seguidores...

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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