Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Paulo Saldanha

Crônicas Guajaramirenses - Fogo, Fogão, Foguinho de Palha


Crônicas Guajaramirenses - Fogo, Fogão, Foguinho de Palha - Gente de Opinião

Aprendi que a expressão Fogo de Palha é traduzida como alguma coisa que tem um começo retumbante, expressivo, contundente, mas que, com o passar do tempo, vai se esvaindo, como o fogaréu num monte de palha... 

          Metáforas à parte, o que se viu com a campanha do Botafogo de Futebol e Regatas, o clube da Estrela Solitária, após uma liderança conquistada por mais de 30 rodadas, deve ser identificado como a chama incandescente que foi crescendo, crescendo, depois caindo, caindo, quase se apagando... quase virava cinzas, não fosse, o quinto lugar alcançado no Brasileirão, ontem conquistado pelo Palmeiras,

Sucedeu ao time carioca o mesmo o que entre um casal que é surpreendido por uma avalanche de tesão; todavia, aquela intensidade toda vai diminuindo até sucumbir ao desencanto, à decepção e à desilusão. Sentimento que acabara em ofensas mútuas...

Após liderar o Brasileirão por 30 rodadas, repete-se, durante mais de seis meses e meio, a agremiação que nos anos 50 e 60 dominou o cenário futebolístico nacional, demonstrou ausência de talento para manter-se no topo, decepcionando sua torcida, com cinco derrotas sofríveis e seis empates... isso tudo, após consagrar uma vantagem de 13 pontos em relação ao segundo colocado.

Até parece que, para o Botafogo o “excesso” de vitórias transferiu-lhe uma dose de SAPATO ALTO, transmudando-se numa soberba não identificada (nas suas preliminares) pelos seus comandantes e o insucesso mostrou de forma cruel a face inclemente e tirânica da frustração, como todas, impiedosa e terrível.

Caminhava tão bem, mas ao depois se viu que o castelo fora construído numa areia movediça, sem bases firmes, no modo superficial, sem eficácia e sem efetividade.

Que pena!

A humildade não leva ninguém para trás! Mas, a soberba  essa, sim: “18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda”. “23 A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito receberá honra”.

Nós torcedores e sofredores esperamos que a lição tenha sido aprendida! Afinal, a nossa frustração é imensa, porém as dores não são efêmeras, passageiras! Um desânimo tomou conta de uma torcida que vive a esperança de um título nacional há 28 anos.

Mas, mesmo assim fica a gratidão aos abnegados jogadores representados pela garra de um Adryelson Shawann Lima Silva, um maranhense de 25 anos, que soube honrar a camisa alvinegra, hoje frustrada com o fogo de palha que representou a campanha de 2023.

Espera-se, assim que, em 2024, espelhando-se nas decepções de 2023, os seus sofredores, abalados e desanimados possam recolher não uma participação pífia, mas a chance para a retomada, a partir do exercício de mais profissionalismo que sempre será conseqüência de um trabalho coerente e produtivo, principalmente da direção maior do clube.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Crônicas Guajaramirenses - O poder do m da palma da mão

Crônicas Guajaramirenses - O poder do m da palma da mão

O M que lembra a palavra Mãe é o mesmo M que, conforme o Cantador nos ensina: é onde na palma de nossa mão principia o nome Maria.M que se une a ou

Crônicas Guajaramirenses - Olha pro céu, minha gente!

Crônicas Guajaramirenses - Olha pro céu, minha gente!

Azul, o nosso céu é sempre azul... Diz uma estrofe do Hino de Rondônia. Será?Bem antes do nosso “Sob Os Céus de Rondônia”, tentaram nos ensinar que:

Crônicas guajaramirenses - Por quê?

Crônicas guajaramirenses - Por quê?

Por quê os prédios públicos são tratados pelos homens e mulheres do meu tempo com tamanha indolência? Preguiça, ou será má vontade?Por quê o edifíc

Crônicas Guajaramirenses - As águas negras e as águas barrentas

Crônicas Guajaramirenses - As águas negras e as águas barrentas

Sempre me comovo ao observar o encontro das águas, que, no caso rondoniense, são os beijos gelados entre os rios Guaporé e Mamoré e deste com o rio

Gente de Opinião Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)