Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Paulo Saldanha

Crônicas Guajaramirenses - João Miguel de Araújo Lima


Paulo Cordeiro Saldanha - Gente de Opinião
Paulo Cordeiro Saldanha

Amanhã, dia 20 de abril, aniversaria um ilustre guajaramirense, brasileiro dos melhores que conheci, íntegro, competente, humilde, generoso, filósofo, sábio e possuidor de rara sensibilidade, decorrente da inteligência que o movimenta.

          Eu o destaco porque o tenho na condição de verdadeiro irmão, um amigo que conquistei, quando me descobri como gente, até porque nossos vínculos antecedem a nossa convivência por conta de meus antepassados com os de seus pais e irmãos.

          Dono de uma cultura elevada, por se ter tornado um amante dos livros e caprichoso cultor da língua portuguesa, especializou-se nas sutilezas das regras gramaticais, etc, etc.

          Uma vez quis polemizar com ele sobre um tema (que eu não dominava) e ele me deu uma sova de 30.000 X 0, perdoando este escriba com a humildade que o envolvia...

                    –Joãozinho, provoquei, eu sabia que era tudo como você colocou na discussão. Mas, quis testar o seu conhecimento, daí ter-me situado como um cara teimoso e carente de conhecimento sobre a matéria...

                    –E o pior é que acredito! Sorrindo, me deixou humilhado, porém aquinhoado de mais conhecimento vernacular.

          O João Miguel é dono de um manancial de talentos!

Por exemplo, sua escrita é perfeita! dono de uma caligrafia que causa admiração aos que a conhecem! É músico virtuoso, aptidão que conquistou mercê da sua erudição e vontade férrea para aprender a tocar SAX com a maestria que inebria, tanto que comove a platéia que tem o privilégio de ouvi-lo!

          Nos tempos do BANCRÉVEA, ali na Avenida Carlos Gomes, nos antigos bailes e nos carnavais de antigamente fazia explodir emoções e enternecia os namorados iniciantes, ao lado de outros artistas de Porto Velho, dos anos 50 e 60.

          Todavia, se as virtudes por conta das artes já o credenciariam como um ser humano de vanguarda, no campo espiritual, ai, sim é que... explode coração! Aí, sim é que ele é visto como consagrado como uma referência do bem, um paradigma para a bem-aventurança, dada a excelente formação moral, política e social que envolve toda a sua personalidade, tão bem esculpida, otimamente bem delineada.

          Fizemos parte de uma geração de bancreveanos que foi tida como primorosa! A sua trajetória no Banco da Amazônia S/A foi exemplar! Transferido para a cidade de Belém, gerenciou a Filial do BASA, numa fase e, noutra, assessorou Diretores e Presidentes, apoiando-os com pareceres edificantes, respaldados na lealdade, nos princípios jurídico/administrativos e no bom senso.

          Foi em João Miguel de Araújo Lima que fui buscar o respaldo de que precisava para buscar o êxito que alcançamos também na segunda gestão do Banco Estadual, entre 1991/1994. E, tenham certeza, o Joãozinho fora imprescindível para que conquistas fossem materializadas, porque de mãos dadas com outros abnegados da Instituição, em nome da racionalidade, da devoção de almas e de espíritos, na procura de eficácia, eficiência e efetividade, construímos uma gestão que transferiu o BERON vivo, apesar da inclemência do Plano Real.

          Jamais iríamos supor o desastre que se transformaram as gestões daqueles que nos substituíram...

          O Senhor Araújo Lima, esse Joãozinho de tantos amigos fraternos, esse símbolo do altruísmo, do preparo profissional, dono de uma perspicácia ímpar, já ultrapassou os 93 anos e nos lega tantas mensagens de companheirismo, fraternidade e generosidade...

          Que Deus continue abençoando-o e lhe conceda muita saúde, paz, harmonia e prosperidade, hoje, dia do seu aniversário, amanhã e sempre!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Crônicas Guajaramirenses - O poder do m da palma da mão

Crônicas Guajaramirenses - O poder do m da palma da mão

O M que lembra a palavra Mãe é o mesmo M que, conforme o Cantador nos ensina: é onde na palma de nossa mão principia o nome Maria.M que se une a ou

Crônicas Guajaramirenses - Olha pro céu, minha gente!

Crônicas Guajaramirenses - Olha pro céu, minha gente!

Azul, o nosso céu é sempre azul... Diz uma estrofe do Hino de Rondônia. Será?Bem antes do nosso “Sob Os Céus de Rondônia”, tentaram nos ensinar que:

Crônicas guajaramirenses - Por quê?

Crônicas guajaramirenses - Por quê?

Por quê os prédios públicos são tratados pelos homens e mulheres do meu tempo com tamanha indolência? Preguiça, ou será má vontade?Por quê o edifíc

Crônicas Guajaramirenses - As águas negras e as águas barrentas

Crônicas Guajaramirenses - As águas negras e as águas barrentas

Sempre me comovo ao observar o encontro das águas, que, no caso rondoniense, são os beijos gelados entre os rios Guaporé e Mamoré e deste com o rio

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)