Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019 - 16h59
“Se os homens são puros, as leis são
desnecessárias;
se
os homens são corruptos, as leis são inúteis.”
Meu Deus, meu Deus, onde Estás que não respondes? Castro Alves que me perdoe a descrença e recorra a um dos seus versos para justificar. É que vinha eu guardando uma dúvida atroz ao assistir aos programas eleitorais na eleição passada, a meu ver sem conteúdo, depauperados, sem criatividade, repetitivos, já não despertam interesse! Ou será que envelheci e desacreditei dos homens públicos?
Via, por exemplo, uma ex-parlamentar, com seu pai agarrado nas tetas petistas; e ela, isolada num projeto que muitos crêem ultrapassado, após ser gerado nas entranhas da União Soviética - filosofia suicida que acabou morrendo de inanição quando foi substituída por uma nova que aplaude o capitalismo, com sensibilidade social.
Vi um programa de um partido fundamentalista, cujo eterno candidato à Presidência é o mesmo há várias eleições. Na sua visão doutrinária, o naipe daqueles seus projetos de fazer política seria obsoleto se não fosse tosco, posto que se misturam a descrença e o ódio com os recalques, teoricamente inspirados naquilo que é considerado “progressista”, mas que se exauriu perante a História da Humanidade por ser atrasado, impondo a quem não os professa a pecha de integrante de uma elite retrógrada, antiga e absolutamente conservadora.
Na verdade, para a esquerda radical apenas a doutrina por ela professada é divina! O resto não presta! É coisa do demo! Para mim, o que se deve repudiar, independente da cor partidária, é a corrupção, o despreparo, o aparelhamento do Estado e a indecência no gerenciamento da coisa pública.
E aí surgem as minhas dúvidas,
relativamente à esquerda. Será progressista uma gestão que paga 35 dólares
mensais a médicos, em Cuba? Que mantém por anos e anos uma gestão que comanda
um País, sem renovação de líderes, conforme recomenda a boa democracia? Que se
propõe a se estruturar sob uma economia controlada via estatização do sistema
financeiro e ruptura com o FMI? Que diz não ao pagamento da dívida externa? Que
dizia não à ALCA? Mas aceitou candidamente, agora, abraçar os EUA.
No Brasil, até hoje, existem partidos políticos desejando promover auditoria da dívida externa e da dívida interna, desmontagem e anulação da dívida interna com os bancos e, ainda, implantar o controle de câmbio e de capitais... Nem a China faz mais isso...
No caso nosso de cada dia, há um viés que propõe um plano econômico alternativo, expropriação das grandes corporações e reestatização das empresas privatizadas; pelo monopólio do comércio exterior; reajuste mensal de salários; salário mínimo do Dieese e congelamento dos preços, tarifas e mensalidades escolares; reforma agrária sob controle dos trabalhadores. Muito blá, blá, blá...
E as minhas dúvidas me remetem para as esquerdas alemã, espanhola, portuguesa e italiana, que se sustentam em teses opostas àquelas que aqueles políticos esquerdopatas daqui radicalmente defendem. Lá já não expropriam empresas, nem estatizam bancos, não rompem com o FMI, muito menos deixam de honrar compromissos, ainda que recorram ao EURO BANK ou equivalente e o câmbio seja flutuante. Enfim, lá para os PROGRESSISTAS da hora, a economia é livre e não há monopólio do comércio exterior, que é franqueado ao capital aberto. Até a China abriu os olhos...
Contudo, com a desintegração da União Soviética, em 1991, Cuba provou que o comunismo ideal é aquele que se eterniza enquanto durar o dinheiro alheio, e passou a enfrentar diversos problemas econômicos e sociais. Mas, intolerante contra protestos, mataram, prenderam (e arrebentaram) cidadãos que ousaram criticar o sistema e o status quo.
Lá, nos últimos anos, visando reverter a situação, Cuba passou a estimular investimentos estrangeiros (de forma moderada), promoveu a aproximação com a Venezuela, já em crise (esse país lhe fornece 100 mil barris de petróleo diários com preços inferiores), e incentiva o turismo, que é proporcionado em virtude das belezas naturais da ilha.
Principais produtos exportados: açúcar, tabaco, níquel, café, medicamentos, frutas cítricas.
Principais produtos importados: máquinas, petróleo, alimentos e produtos químicos.
Em julho de 2006, em razão de um problema de saúde, o radical e extremista líder Fidel Castro, após 49 anos no poder, foi afastado da presidência nacional. Seu irmão, Raúl Castro, que participou da revolução cubana, assumiu o cargo de presidente, mas Fidel continuou como líder do Estado cubano, até que a morte o premiou, como se aquela Nação fosse uma confraria fraternal. São falsos donatários e a sucessão passa de irmão para irmão. Durante o novo governo, foi liberada a aquisição de computadores; no entanto, o uso da internet é restrito. Outra medida foi o acesso a celulares, contudo o serviço é muito caro, sendo inacessível à maioria da população.
Vale perguntar: que esquerda doentia é
essa? 1)Por que, após o golpe chamado de revolucionário, um bando, que se valeu
do terrorismo, sabotagem, sequestro, atentados, justiçamentos, roubos, assaltos
a bancos e a supermercados e partiu para a luta armada sob o argumento de que
precisava democratizar a nação, jamais devolveu o poder tomado através de
eleições livres e democráticas, para que o povo pudesse escolher seus novos
líderes? E se apossaram do mando, eternizando-se nos cargos e aparelhando o
Estado... desfrutando das delícias desse jogo e se fechando em copas, inibindo
o surgimento de novos líderes. 2)Por que, com fúria assassina, para dominar a
sociedade, se valeram da traição estimulada, da delação não premiada, das
prisões adrede arranjadas, da censura amplificada, da calúnia estimulada e da
negação da liberdade antes tão divulgada?
Até parece que a mentira é o jogo
tático, o escárnio, a técnica desenvolvida, a retórica ultrajada, o meio para
se chegar ao gerenciamento do país, escola que tentam fazer triunfar nesta
América Latina através dos pobres de espírito.
Esquerda, Centro ou Direita, para quê? Se o meu sonho (e o de milhões) é proteger o Brasil contra esses bandidos, contra essa quadrilha que tomou conta dos seus destinos e foi afastada.
“O preço da liberdade é a eterna vigilância”...
Frase atribuída a Thomas Jefferson, terceiro presidente dos EUA. Por isso, fiquemos
alertas, bastante atentos, pois tem radicais demais para o meu gosto
estimulando a luta armada como forma de se agarrar nas tetas do poder, para
manter seus privilégios e alcançar seus macabros objetivos de domínio sobre uma
nação que nasceu para ser livre e altaneira, porém sem conchavos, mensalões,
petrolões, eletrolões, fundolões previdenciários, e outros LÕES que se
incrustaram na alça nacional, alguns já descobertos e outros, bem outros, que
nem percebidos ainda foram...
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