Sexta-feira, 30 de outubro de 2009 - 07h16
No esporte, aquela corrida do revezamento com bastão, em que um atleta concorre com outros três passando-o de mão em mão, até tornar a sua equipe vencedora, poderá exemplificar a análise que se faz em relação à política da substituição das lideranças aqui na terrinha. As gerações se sucedem, como postulado da vida, seja pela aposentadoria, pelo cansaço, seja pela morte!
Com efeito, se olharmos para trás enxergaremos um montão de líderes que, embora vivendo numa cidade ainda menor no número de habitantes, possuía abrigada no seio da sociedade, homens e mulheres que pontificavam como contribuidoras no campo das idéias e das ações para que se pudessem alcançar as conquistas que cidades mais antigas não tinham ainda conhecido. Guajará-Mirim se orgulhava dos talentos que a enriqueciam, naquele tempo...
É que, mesmo sem o exercício de mandato, algumas pessoas exerciam o poder, exigindo, sugerindo, não se omitindo, contribuindo com os mandatários. Eram líderes natos que amavam esta terra, mesmo nela não tendo nascido.
E eu poderia desfiar o meu rosário de boas recordações destacando os nomes de cidadãos como José Melhem, Floriza Bouez, Pedro Nicolau Flores, Almerindo Ribeiro dos Santos, Emilio Santiago, Caralambos Vassilakis, João Suriadakis, Manoel Manussakis, Aliette Morhy, João e Paulo Saldanha, Dom Francisco Xavier Rey, Melchiades Barcânias, Luciano Cavalcante, Antônio Luiz de Macedo, José Cardoso Alves, Afonso Rodrigues, Alkindar Brasil de Arouca, Manoel Boucinhas de Meneses, Aníbal e Moacir Gastão de Pontes, Conrado Farias, Tito Koëller, Caíta, Tito Hugo Lobo, Severino Gabriel Cavalcante, Severino Rodrigues Cavalcante, entre outros, que seria até dispensável a citação.
Esses homens se agigantavam quando o tema era a busca de alternativas para o melhoramento e progresso deste Município. Muitas das vezes não comungavam do mesmo ideal partidário, mas se uniam na intransigente defesa dos mais legítimos interesses locais.
Hoje alguns nomes vão despontando, ou já debutaram, de há muito, no horizonte político guajaramirense. De uns anos para cá emergiram o Almir Candury, o Isaac Bennesby, o Dulcio Mendes, o Célio Targino de Melo, Dedé de Melo, donos de uma densidade de votos, que, enfim, traduzem a parcela de credibilidade que granjearam ao longo de suas trajetórias como líderes políticos.
Não entrarei no mérito do prestígio político que esses últimos desfrutam, haja vista que desejo me situar no mérito que vejo nas novas lideranças empresariais que a cidade possui, como contraponto daquelas que, no passado, emergiram na terrinha e tanto fizeram pela região.
Assim, é imperioso que os novos líderes do presente se inspirem nos exemplos daqueles que ajudaram a transformar para melhor o universo local, seja pela participação, seja pelas cobranças dirigidas às autoridades de então, seja pela não omissão, seja, enfim, pela proficiente ação que, em nome da cidadania, souberam professar.
Sei, por exemplo, que a Associação Comercial de Guajará-Mirim, tem agido de forma competente na intransigente defesa dos interesses locais. Ocorreu no passado, tem sido agora, sob o comando do Alberto Assad Azzi Santos e que conta com o respaldo do Jonas Moura, do Nemilson de Carvalho Loura, Marcio Badra, Said Fecury, entre outros.
Destaco a visão prospectiva dos irmãos Alexandre e Manoel Albuquerque, que expandem os seus negócios, porque elegeram a humildade como instrumento motivacional para entusiasmar suas equipes de venda.
O Edson Ramos Eguez um moço idealista e bem formado que enaltece, a exemplo do Nemilson a ação vigilante e aguerrida do atual Presidente da Associação Comercial de Guajará-Mirim. Ambos, otimistas, me falaram do quão venturoso será o futuro do Município, com o seu entreposto, que, se não é o ideal, possibilita outras perspectivas para a nossa economia, que, seria mais fecundada. não lhe tivessem, a partir de Brasília, mutilado a legislação original que concebeu a Zona de Livre Comércio de Guajará-Mirim, que teve a força e o entusiasmo do Letfallah Badra para a sua implantação.
O Nemilson, cuja origem profissional, assim como a deste escriba, decorreu de uma passagem pelas antigas Lojas Pernambucanas, antevê melhorias sócio-econômicas, se nos mantivermos com o mesmo denodo que inspira a voluntariosa ação empreendedora dos atuais líderes da localidade. Afinal, contar com mais apoio empresarial e mais força política regional, segundo ele, é consagrar outras vitórias para o Município, que logo deixará de ser “fim de linha”.
Para os empresários, que precisam vender, de que adiantam inexistentes consumidores ou membros de uma sociedade passiva, indiferente, apática, sem ambições, despojada de anseios e desassistida da vontade de querer crescer? Valorizar o mercado da Bolívia é essencial!
“Quem sabe, faz a hora, não espera acontecer”, diria o cantador nordestino Geraldo Vandré, nos anos 1968, na canção censurada “Para não dizer que não falei das flores”, quando propunha, o agenciamento de mudanças políticas, numa época em que a Ditadura se espraiava, música essa considerada como uma convocação à luta armada contra o poder instalado. mas que, no período de calmaria democrática, cabe como uma luva: precisamos nos unir para vencer os obstáculos, sem esperar os convites que jamais chegarão, nos valendo do exemplo dos líderes do passado, fecundando em nossos cérebros, notadamente dos novos líderes, o Manah da cidadania, do civismo, do idealismo e do amor à terra.
A atual geração de empresários tem talento e vigor. E otimismo também...
Fonte: Paulo Saldanha
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