Quarta-feira, 16 de janeiro de 2019 - 06h10
Foi-se o tempo em que os considerados silvícolas -tão inteligentes e, às vezes, mais sábios do que os considerados brancos– amavam a mata verdejante e as florestas inóspitas!
Como vivo tão próximo deles aprendi observá-los
e, por força dessa atitude, a respeitá-los “deverasmente” de forma intensa e
louvaminheira (sem ânimo de bajular).
Convém lembrar que há dez mil anos agíamos como os índios e vivíamos da caça e pesca. Começamos a evoluir espiritualmente e fomos buscar melhores condições de vida e do acender o fogo esfregando madeira com madeira nos valemos o fósforo! Com o isqueiro fazemos a festa; eletricamente acendemos os nossos fogões...
Sabendo-se que o índio é criatura à imagem e semelhança de Deus dotado de raciocínio lógico e que, de há muito, descobriu seus talentos e alguns já são Mestres e Doutores nas universidades do mundo.
E eu vibro com isso!
Quem recebe autorização e visita sua comunidade vê que lá a energia elétrica, a antena parabólica e a TV, o rádio, a bicicleta, o fogão, a geladeira e a máquina de lavar foram incorporados ao seu dia-a-dia. Na cidade, o nosso irmão já desfila em motocicletas...
Houve um tempo em que os índios rejeitavam a sua criança que nascesse com deficiência física, ou com braços e pernas parcialmente íntegros, deixando-os morrer ou até estimulando a sua retirada do mundo pelo abandono nos primeiros instantes de vida ou, ainda, entregando o recém nascido nas mãos do Pagé, que agiria no sentido de tornar proscrito o pequeno ser entre os circunstantes da aldeia.
Hoje a medicina do homem branco é demandada o tempo todo por eles e exercitada como lenitivo e como alternativa.
Todavia, há aqueles aborígines que, valendo-se da sua escolha, não desejam o contato com a ”ralé branca”! Que sejam respeitados na sua opção!
Em compensação existe uma maioria absoluta desses povos que está desejando a conquista de espaços no considerado “mundo civilizado” e vem edificando suas conquistas, abrindo portas e janelas, virtuais ou reais, desejando submeter a última das masmorras do atraso aquela vida que já consideram insípida e limitadora.
É aí que a FUNAI deveria agir, atuando com pro atividade para assegurar que esses povos da floresta tenham acesso aos saberes, à ciência, enfim a todas as conquistas materiais, filosóficas e espirituais que o mundo moderno pode oferecer-lhes.
É imperioso que lhes seja facultado desfrutar das riquezas botânicas, minerais e biológicas das reservas, algumas de tamanhos amazônicos, mas que lhes permitirão, sob rigoroso controle da União, através das Forças Armadas, usufruir dos faturamentos decorrentes, porém descompromissadas das ONGs, aquelas celeradas, notadamente estrangeiras, que mantém em seus quadros biólogos, geólogos e botânicos travestidos de religiosos, que podem estar expropriando nossa Nação, sem proveito aos primeiros donos do lugar.
Eu sei que nos Estados Unidos da América há grandes corporações, investindo no turismo e em cassinos cujos donos são os representantes dos Peles Vermelhas de antigamente, agora sob nova geração.
Atuei em Roraima e lá aprendi que aquele Estado tinha reservas altíssimas de diamante e cassiterita. No território dos Yanomamis, que na cultura indígena ultrapassa os nossos limites geográficos, indo até a Venezuela e Guiana Inglesa, há, entre outros, a tantalita, o urânio, ouro e o nióbio este tão demandado pela indústria aeroespacial.
Que estejamos alerta aos cobiçadores das riquezas nacionais, sejam através da ONU, de ONGs e de religiões que se valem dos mercadores para enriquecer à custa dos índios brasileiros, tantas e tantas vezes seduzidos pelos profetas de plantão.
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