Segunda-feira, 14 de novembro de 2022 - 09h51
Diz a lenda que Licurgo, de Esparta, teria vivido no século
VIII a.C. e tornou-se um legislador sábio e sensível às causas do povo. Tanto
que organizou a vida das pessoas na porção da geografia onde vivia, quando as favoreceu
com boas legislações e valorizando a educação a partir dos sete anos para os
meninos. Esparta, sob Licurgo, tornou-se forte e poderosa economicamente,
politicamente e no campo bélico. Com filosofia, transformou-se no líder que
legou uma forma de comando em que agenciava bons
exemplos a partir do modo com que conduzia seus atos.
Esse foi respeitado!
No caso atual brasileiro, o que se vê dá arrepios, posto o
descaramento como alguns magistrados da mais elevada corte nacional vão
atropelando a legislação constitucional, invadindo territórios de outros
poderes, desobedecendo princípios pétreos daquela carta política, considerada
magna entre todas as nossas leis. Magistrados que se valem da toga para
vilipendiar, transformam-se em verdugos e acabam praticando, de forma
autoritária como na época da Inquisição, crimes que bandidos nem sonham...
Tem sido, afinal, o que faz STF, como ao invadir a
competência do Executivo para agredir atos do senhor Presidente, que - por
exemplo – dentro das suas prerrogativas, nomeara um dirigente maior da Polícia
Federal e cuja posse foi impedida por decisão daquele Tribunal. Deveriam tais
decisões feitas ao arrepio das leis ter sido enfrentadas com firmeza,
possivelmente deixando de atender as malsinadas sentenças. Mesmo porque atuar
dentro das quatro linhas da nossa Constituição impõe fazer-se respeitar como
maior comandante do País.
E a Nação, vendo prosperar a iniqüidade ardilosa e
acintosamente perpetrada por ministros do STF - por não terem sido enfrentados
pelo primeiro mandatário do país e tampouco pelos membros do Legislativo, que não
se indignaram apropriadamente com tais invasões de competências -, viu triunfar
o arbítrio judicial em “n” outras situações, notadamente com a
libertação/elegibilidade do Luiz Inácio ao arrepio da lógica jurídica, posto a condenação
daquele transitou por outras esferas do judiciário brasileiro, e que agora, passam pela nefasta e antijurídica proibição
de cidadãos de bem fazerem protestos não violentos nos logradouros públicos -
praças, avenidas, ruas, nas proximidades dos quartéis e nas margens das
estradas...
Particularmente sou contra o fechamento de rodovias.
E o Ministro Alexandre de Morais, ironicamente professor e
autor de livros sobre Direito Constitucional, ao seu talante só não tem mandado
“enforcar” (sentido figurado?) quem dele discorda porque, talvez ainda, reconheça
que a pena de morte está vedada no arcabouço doutrinário do Brasil. Há quem
diga que ele “reinventou o AI-5 e o piorou mais ainda”, diante de postagens nas mídias sociais de ameaças
vazias e tentativas de violências lançadas ao léu.
Quem ousar questionar a possível vulnerabilidade do sistema
eleitoral brasileiro corre o risco, por exemplo, de ir para uma surreal
guilhotina – vide Maria Antonieta e Luís XVI na Queda da Bastilha. Prisões
inconstitucionais ordenadas pelo STF surpreenderam juristas renomados, com
desdobramentos inclusive no New York Times. Há censuras prévias, suspensão de
contas/perfis das mídias sociais, com pagamento de multas estratosféricas,
quando alguém é considerado “infiel e/ou temerário”.
O que se observa é que alguns dos membros do Supremo Tribunal
Federal, ultrapassando todos os limites do poder a eles constitucionalmente conferidos,
já agem como ditadores, extrapolando e interferindo negativamente na vida de
homens e mulheres que, no pensamento deles, não lhes dizem “amém”. É a figura
macabra de um autoritarismo condenável, em face dos momentos difíceis que já
vivenciamos. Precisamos dar um basta, até porque estão esticando a corda por
demais e o estado de exceção já abriu suas asas sobre nós...
Recordemo-nos da Queda da Bastilha, quando em 14 de julho
de 1789, uma malta descontrolada, representada pelo povo faminto, decepcionado,
enfurecido e já cansado da luxúria que era observada na Corte francesa, tomou a
Bastilha, símbolo de uma monarquia arbitrária e autoritária em vias de falir.
Atrocidades foram cometidas – ninguém segura a turba – e
submeteram o Rei e a Rainha na marra. Na história da humanidade, o povo
revoltado – aí incluídos os diversos estratos sociais, ricos e pobres
ensandecidos, transforma-se numa horda – fica descontrolado. Arrombamentos de
prisões, furor, liberação de presos simpáticos aos manifestantes, foi o
registro da história que se notou, enfim, uma baderna infernal derivada da
revolta da qual o povo estava possuído, tudo passou a conspirar contra o poder
de então.E a humanidade mudou pouco de lá para cá...
Tudo como agora, aqui, nas terras tupininquins! Sabe-se que
o poder “real” existe no Brasil e atende pelo pomposo nome de STF. E o povo,
numa maioria contundente anda faminto de justiça...
Cuidado, porém: os togados estão esticando a corda por
demais! Nem sei onde esse povo faminto buscará pólvora e armas. O certo é que
todos os limites da razoabilidade foram atingidos pelo STF que, após, “dobrou a
meta” de suas interferências inconstitucionais! Temo que o povo, descontente e
amargurado, se descontrole e tome de assalto a Nação, com perdas irreparáveis
de tantas e tantas famílias.
Juízo e caldo de galinha não fazem mal a ninguém... Temo,
ah, se temo! O povo turbado não tem controle. Por conta da queda da Bastilha, decapitações
ocorreram e incêndios foram festejados... Como conseqüência final dessa
revolução, o rei enfraquecido se submeteu à Assembléia Nacional.
Tempos depois, numa tentativa de fuga, o rei e a rainha da
França foram presos e guilhotinados em praça pública em 1793.
Deus nos livre! Se essa moda pegar...
Crônicas Guajaramirenses - O poder do m da palma da mão
O M que lembra a palavra Mãe é o mesmo M que, conforme o Cantador nos ensina: é onde na palma de nossa mão principia o nome Maria.M que se une a ou
Crônicas Guajaramirenses - Olha pro céu, minha gente!
Azul, o nosso céu é sempre azul... Diz uma estrofe do Hino de Rondônia. Será?Bem antes do nosso “Sob Os Céus de Rondônia”, tentaram nos ensinar que:
Crônicas guajaramirenses - Por quê?
Por quê os prédios públicos são tratados pelos homens e mulheres do meu tempo com tamanha indolência? Preguiça, ou será má vontade?Por quê o edifíc
Crônicas Guajaramirenses - As águas negras e as águas barrentas
Sempre me comovo ao observar o encontro das águas, que, no caso rondoniense, são os beijos gelados entre os rios Guaporé e Mamoré e deste com o rio