Sexta-feira, 7 de julho de 2017 - 05h03
Homens de governo, temos pressa!
Acelereis, crieis os meios para incutir e espargir a esperança!
Porque ficou registrado, sabe-se que parte do traçado da BR-29, hoje 364, valeu-se dos caminhos abertos pela comitiva Rondon.
Até onde aprendi, o grande sertanista sonhava com a ligação Cuiabá/Madeira-Mamoré/Guaporé utilizando-se dos altos da cordilheira dos Parecis. Visava, a uma, contornar a necessidade de edificar pontes para transpor rios de grandes profundidades; a duas, porque não seria necessário derrubar tantas árvores, haja vista a topografia da serra, sempre tão descampada. Mesmo sem existir essa palavra como referência, a ecologia já era pensada naqueles tempos do Rondon...
A cordilheira dos Parecis provém do sudoeste de Mato Grosso e desloca-se relativamente próxima à fronteira com a Bolívia, e tem sua finalização adiante de Jaci-Paraná, ladeando o rio Guaporé, passando pelos rios Mequéns, Corumbiara, Cabixi, São Domingos, Cautário, Rio Branco, etc.
Sabe-se mais: já a partir de 1958/1959 os levantamentos da equipe do então coronel foram determinantes para servir de respaldo à abertura e implantação dessa importante via geopolítica – a BR-29 - que iria produzir uma das vertentes mais virtuosas para a afirmação do futuro Estado de Rondônia.
Reconhece-se que a pobreza de Rondônia está incrustada no eixo oeste do Estado, a partir de Pimenteiras, passando por Costa Marques, Seringueiras, São Miguel do Guaporé e São Francisco do Guaporé, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, e a ponta do Abunã.
Lembremo-nos que ao longo da BR-364 diversos municípios já despontaram com suas economias de forma fulgurante, até porque os 714 km que ligam Porto Velho à Vilhena, por si só, dão importância estratégica ao desembaraço de suas produções, confirmando o pensamento de que o eixo da BR-364 é, de fato, o primeiro mundo rondoniense...
Assim, por que não se produzir estudos visando ao planejamento e plotagem do trajeto da ferrovia que, partindo de Cuiabá, transite por Vila Bela da Santíssima Trindade, passe por Colorado, Corumbiara, Alto Alegre dos Parecis, Alvorada do Oeste, São Francisco do Guaporé, chegando por Guajará-Mirim e, a partir daí, aproveitando-se do antigo leito da ferrovia Madeira-Mamoré, aportar em Porto Velho?
No Abunã seria aberto um ramal da estrada de ferro no rumo do Acre.
Permitir-se-ia fazer a inclusão sócio-econômica de uma parte da nossa geografia, recheada de tantas reservas, com o fito de torná-la próspera e distribuindo dividendos para seus habitantes.
E poderíamos, ainda, nos apegar àquele sonho sonhado por Luiz Albuquerque e Cáceres, depois por Balbino Antunes Maciel, que transitava pela ligação das bacias do Prata via rio Jauru, afluente do Paraguai, e rio Alegre, afluente do Guaporé, através da construção de um canal que poderia contribuir para a ampliação do prestígio destas terras, permitindo contar com a construção de eclusas, possibilitando a navegação fluvial desde São Paulo e Paraná até Belém do Pará, passando pelo Guaporé de belas e ricas tradições e pelo Mamoré/Madeira, caudalosamente cheios de cachoeiras e corredeiras...
Nesse ínterim, na incessante busca de viabilizar a auto sustentação de uma microrregião excluída do progresso e do desenvolvimento, seria criado um programa agro-ecológico-sócio-ambiental que privilegiasse o extrativismo (castanha, ipeca, borracha – com o foco no couro vegetal, preservativos, artesanato, etc), e mais o estímulo à piscicultura, carcinicultura (criação de camarões de água doce) e hortifrutigranjeiros.
Homens de governo, temos pressa! Acelereis, crieis os meios para incutir e espargir a esperança! Só assim ficareis na história e na alma de brasileiros que vivem vegetando neste pedaço do país...
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