Segunda-feira, 11 de julho de 2011 - 13h12
Por Paulo Cordeiro Saldanha*
Um abençoado leitor ou leitora se disse preocupado comigo, uma vez que sempre me refiro saudosista nas minhas crônicas.
E tem razão! Afinal, se o presente nos fosse venturoso, certamente ele não me remeteria para o passado que era mais precioso, mas virtuoso, em face da geração que, lá atrás, construía nesta terra do poente o futuro que nós vivenciaríamos.
E eles, os homens e mulheres do momento pretérito foram mais (muito mais) competentes e criativos!
Legaram-nos clubes sociais, esporte diversificado e altivo, praças bem cuidadas e ajardinadas, avenidas limpas e estradas vicinais abertas e conservadas; a Maternidade e o Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, salvando vidas ou trazendo vidas para o planeta.
Como dádiva transmitida, nos doaram ou pretenderam doar uma dose bem grande de esperança.
Mas, se tenho dúvidas quanto o instável presente, me manifesto crédulo de que esta nova geração, que vai emergindo, a partir do final dos anos 90 e, com o advento do terceiro milênio, vem trazendo no seu DNA –se não for sufocada pelo pessimismo e omissão dos homens do presente– o espírito revolucionário de que carecemos para transformar, agenciando as mudanças para melhor, que os ventos da prosperidade precisam nos alcançar.
Eu acredito na força e no entusiasmo dos jovens, no seu apego aos valores que erguem as mãos para ornamentar as passarelas de suas trajetórias, através da literatura, da poesia, da música, do esporte e do teatro, tudo em nome da ação, que retira do marasmo uma sociedade em desencanto.
Um jovem pode ser até transgressor se considerarmos o status quo em que seus pais foram socializados, num tempo distante; certamente fugirá do convencional, mas nem por isso deixará de admirar, a iniciativa nas ações, o apego ao espírito realizador, e, sentimental, irá reverenciar, sob uma forma diferente, as cores do arco-iris, do pôr-do-sol e do encontro entre o céu e a terra, lá no fim do horizonte.
A forma que administrará os seus direitos e deveres como cidadão, valendo-se das leis, diretrizes, preceitos, usos e costumes em voga, é que dará o suporte cívico e social para agir como integrante da coletividade, seja na escola, no trabalho, seja ele líder e chefe, Assessor top ou subordinado, quando chegar a sua hora como empreendedor ou mandatário.
Por isso uma dose substancial de bons exemplos não deve faltar ao jovem de hoje. E nesse particular, o tempo urge!
E o futuro prosperará, assim, nas mãos do jovem moderno, que não deverá alhear-se jamais do vínculo através de uma ocupação, com um trabalho como valorização da disciplina, comando e hierarquia, com fulcro na educação bem orientada e psicologicamente bem conduzida.
Estará construindo a sua percepção, como base da sua formação, ao mesmo tempo em que estará pavimentando a sua trajetória como Ser necessário e imprescindível, nos instantes em que vai fazendo a edificação do seu caráter.
Eu acredito na intensidade da energia e força de vontade da juventude que, às vezes até, sem querer, querendo, vai fazendo a diferença em prol da sociedade, valendo-se da criatividade, da acuidade e da insana disposição para sair da inércia e gerar mudanças.
Não há espaços para o jovem alienado, mas deveremos pugnar para a inclusão da juventude nas escolas, nas universidades e no mercado de trabalho, em que pese –neste último caso– a miopia de uma legislação que proíbe o trabalho do menor de 16 anos, mas que enseja as portas abertas para o ócio, que leva às drogas.
Na cidade de Bonito-MS, observei que os meninos e jovens se transformaram em agentes multiplicadores da consciência ambiental e ecológica e mudaram hábitos equivocados dos Pais, enfim de toda a família. E a cidade toda respirou ares voltados para o empreendedorismo, num ambiente em que o Município passou a expressar-se fomentando uma atividade econômica vibrante e auto-sustentável: o turismo receptivo.
Ali a juventude fez a diferença; ali ela foi sujeito ativo para que mudanças fossem realizadas...
Charles Chaplin nos ensina que: “Tu és jovem. Atender a quem te chama é belo, lutar por quem te rejeita é quase chegar a perfeição. A juventude precisa de sonhos e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios precisa da água que rola e o coração necessita de afeto”.
*Membro Fundador da Academia Guajaramirense de Letras-AGL e Membro Efetivo da Academia de Letras de Rondônia-ACLER.
Fonte: Paulo Cordeiro Saldanha
*Membro Fundador da Academia Guajaramirense de Letras-AGL e Membro Efetivo da Academia de Letras de Rondônia-ACLER.
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