Sábado, 28 de novembro de 2015 - 15h03
Eu, não! Não assumo de forma alguma a história abaixo. Vixe!
O Amaral veio em visita a esta terrinha e, conversa vai, conversa vem, ele me disse que há muitos anos era dono de um lugar e andou perdendo bezerros, garrotes e bois.
Tinha semana que perdia duas cabeças... Até que um dia perdeu o boi carreiro Bandeirante, que puxava uma das carroças da sua fazenda. Amaral andou pelos alagados, passeou pelos campos procurando vestígios e carcaças, e nada. Até que adentrou numa baía existente no lugar e, estarrecido, deparou-se com uma sucuri pegando sol no descampado, a qual parecia desfrutar do cenário rico formado pelo Astro Rei, por muita água e, adiante, uma aconchegante sombra de verde. A soberba de alguns humanos eis que a bafejou naqueles dias...
Foi aí que contou as perdas: 11 bezerros e 13 garrotes. E parecia que o boi carreiro, seu digno parceiro, expoente na sua seleção entre os melhores, possivelmente estava dentro da enorme pança do réptil constritor.
E viu que a sucuri, além de assassina, era irônica e mordaz. Olhou para ela, que parecia empanzinada e lhe dando um sorriso maroto como a
desejar lhe dizer:
“–Vai, pecuarista de uma figa! Deixa teus animais pastarem indolentes, que eu os vou traçando! Nem ‘percuro’ (a sucuri, às vezes descuidava do português...) mais capivara, nem paca, nem cotia. Esse patrãozinho tem comida bem mió...”
E o agrediu com um ar gaiato e espírito zombador, com deboche de incrível petulância, parecendo dizer ao olhá-lo:
“-Não se avexe, não, cabra da peste. Você será o próximo manjar...”
Mas o pior é que aquele bicho, com mais de 15 metros, se insinuou com aquele diálogo ininteligível enquanto palitava os dentes com um dos chifres do boi Bandeirante, sua comida imediatamente anterior àquele macabro encontro. E com o outro chifre cutucava os ouvidos por tantos anos descuidados, retirando a cera...
Não assinei embaixo, por motivos óbvios: palitar os dentes, de que jeito? E cobra tem orelhas?
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