Quarta-feira, 9 de agosto de 2017 - 11h05
Tenho realizado incursões no “tempo”, tema que tem merecido minhas reflexões; vejo que continuo neste vale de lágrimas - ao contrário de minha mãe, que dele foi retirado aos 37 anos -, e, em vista disso, questiono em alto e bom som: "será que Deus está prestes a tornar prescrita sua intenção?..."
Não nego a Ele o direito – porque este não lhe decaiu – de me devolver a outra dimensão, segundo a sua própria vontade.
Os juristas dão à PRESCRIÇÃO de que será “a perda da ação atribuída a um direito e de toda sua capacidade defensiva, devido ao não-uso delas, em um determinado espaço de tempo”; A DECADÊNCIA, também chamada de caducidade, ou prazo extintivo, “é o direito outorgado para ser exercido em determinado prazo, e caso não for exercido, extingue-se”.
Oras, eu sei que na seara divina não há nem uma figura nem a outra, posto que nela se recebe a presunção de que é única e sábia e não admite contestações. Todo o encaminhamento da vida, no tempo e no espaço, é tutelado de maneira distinta e exclusiva, inadmitindo-se quaisquer apelações, interrupções de prazo, suspensão ou renúncias...
O tempo corre célere em direção ao seu termo e nada podemos fazer para retardar esse processo! E a decadência de que trato não é a jurídica; é a decadência física, pois ela me encaminha para a própria finitude.
Desde que nascemos que o tempo começa a contar no sentido inverso. Sempre teremos menos dias, horas, minutos e segundos nessa contagem inexorável que, se nos faz crescer verticalmente, esticar os músculos e os ossos, andar com desenvoltura, saltar alguns metros para cima ou à frente, também nos impelirá até o dia em que, inevitavelmente, iremos nos curvar um pouco e diminuir a capacidade de nos movimentar.
Não há prescrição no comando divino! Mas há a finitude dos indivíduos! Segundo essa superior Lei não se trata de mandamento legal dos homens, e nem resulta do imperativo dos códigos humanos!
A permanência dos humanos aqui no planeta é arquitetura superior, é planejamento incrustado no DNA de cada um, determinado pelas elevadas forças celestiais, razão pela qual não cabe ação nenhuma para retardar esse encadeamento, consoante frisei.
A lei é natural e biológica, mas sedimentada nos registros celestiais, na fé de ofício, nos assentamentos próprios de cada um; encargo de anjos, arcanjos e querubins, imagino eu. Não é determinada por escolhas humanas, nem se sujeita à pressão unilateral de um homem ou de uma mulher...
Aqueles interessados na transferência de data para sua retirada de cena não tem poderes para agir interrompendo ou suspendendo o prazo, que já está definido pelo Juiz Supremo que, através dos seus prepostos, agirá para decretar os seus efeitos.
Alguns desejam acumular riquezas, jóias, dinheiro e patrimônio. Não levaremos nada ao deixarmos este plano! E os tibetanos exaltam esse princípio, tanto que investem (e muito) na formação espiritual de seus pupilos. Afinal, não se leva para a eternidade “nem bens, nem diplomas, nem o sucesso”.
Como a minha proposta de discussão sobre Prescrição e Decadência não me levará a nada, já estando no rumo da minha finitude, fico com Antoine de Saint-Exupéry, que nos legou: “Desta vida nada se leva, a não ser a vida que se leva... Só se deixa... Então te deixo o meu melhor... Meu melhor sorriso, meu maior abraço, minha melhor história, minha melhor intenção, toda a minha compreensão; e do meu amor, a maior porção! Só quero ficar na memória de alguém como outro alguém que era do bem”!
E, apesar de erros e equívocos, eu afirmo: sempre fui do bem!
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