Sábado, 11 de outubro de 2014 - 11h34
Aprendi na mais tenra idade, a partir da orientação materna, reforçada ainda nos primeiros anos de primário no Colégio Nossa Senhora do Calvário, de Guajará-Mirim, que cuspir será sempre um ato de péssimo gosto. Só na intimidade de um banheiro ele poderá se justificar.
Naquele tempo nas escolas se debatiam esses cuidados com a higiene. Hoje nem sei...
Em algumas regiões do mundo lançar um sapato (fizeram contra o BUSH) é protestar e agredir de maneira radical e extremada, mas cuspir na cara de alguém é inominável agressão que supera ou se equivale ao tapa no rosto, que, no passado, era um convite ao duelo.
Ocorre que o cuspe em público, por conter conteúdo nojento, não é apreciado pela sociedade, sinaliza uma violência contra os costumes. Como se sabe ele é a saliva carregada de gosma, enzimas e muco, não é apreciada pelos bons modos, quando realizado na frente de pessoas amantes da etiqueta social.
Nem como ato de desprezo ou como desafio contra um inimigo poderá justificar-se. Muitas discussões da fase de estudante desembocavam no ato de cuspir num risco feito no chão que, para os temerários, simbolizava a mãe do outro, conflito que se encerrava após a troca de socos e murros desferidos contra o adversário. Tempos passados...
Mas, senhores, nojento é ver na tela das televisões, jogadores renomados cuspindo no gramado, de forma intermitente, local aonde os atletas disputam espaços e caem com as mãos e cotovelos pegando no chão, justamente após a cuspida dada por outro ou pelo próprio, momentos antes, impregnando-o com baterias, fungos, enfim, com doenças que não se manifestariam se esses atores fossem mais asseados e se expressassem com as boas maneiras de que no colégio das freiras já era ensinado nos anos 50.
Joguei futebol e vi outros jovens jogando sem que cuspíssemos no terreno, ainda que cansados estivéssemos. Situação repugnante que jamais se justificará em atletas renomados ou não, em nome da boa higiene e da boa educação, seja em campeonatos nacionais, internacionais e até na Copa do Mundo.
Não há cansaço ou excesso de saliva que encontre respaldo para justificar essa violência contra os circunstantes, muito menos em cenários que são observados por milhões e milhões de seres que poderiam se ver dispensados dessa visão deprimente.
“Espetáculo” triste que não deve ser ensinado às crianças. É verdadeira a afirmação: “Precisamos educar as criançase jovens de hoje, para nãopunirmos os adultosde amanhã”.
Fico pensando na visão nada positiva das esposas, noivas e namoradas desses atletas ao vê-los escarrando no palco onde atuam lançando essas gosmas asquerosas, nauseantes, imundas que são despejadas num instante, durante o jogo de futebol.
Não consigo encontrar nem no Evangelho uma plausível justificativa para o cuspe com vistas a materialização de um milagre de Jesus Cristo, posto que o seu poder sempre foi tamanho e não precisaria cuspir no chão para fazer uma mistura com o barro colhido, visando com ela, esfregar nos olhos de um deficiente que, após voltou a enxergar.
Creio que a CBF, aqui no Brasil e os clubes, além das demais federações de futebol no mundo bem que poderiam ensinar duas coisas aos atletas que defendem as cores dos clubes e dos seus países; a uma, aprenderem a cantar o Hino Nacional, com fervor cívico; a duas, a aprenderem a educação social, higiene pessoal e os bons costumes.
Afinal, ser higiênico é aplaudir a natureza, é proteger a vida, é, enfim, manter a saúde própria e de todos os seres habitantes deste planeta.
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