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Paulo Saldanha

O EXÉRCITO, OS MINERAIS NOBRES E AS ÁRVORES CENTENÁRIAS



Paulo Cordeiro Saldanha*

No próximo dia 25 o Exército comemora o Dia do Soldado. Em menos de 30 dias, pela segunda vez, o Comandante Militar da Amazônia visita o Município de Guajará-Mirim, esta na semana que iniciou em 09 do corrente.

O eixo Guaporé-Mamoré, em fins de julho pretérito recebeu o brilho da visita do general de Exército Luiz Carlos Gomes Mattos, Comandante Militar da Amazônia e elegante esposa Senhora Maria Rosa Mattos. A ilustre Comitiva foi liderada pelo General Matos, prestigiada, ainda, pelo Comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, com Sede em Porto Velho, General-de-brigada Artur Costa Moura, que se fez acompanhar da gentil esposa Senhora Claudia Benita Pedrosa Moura.O EXÉRCITO, OS MINERAIS NOBRES E AS ÁRVORES CENTENÁRIAS - Gente de Opinião

É da 17ª Brigada a jurisdição sobre o Sexto Batalhão de Selva, de Guajará-Mirim e o 1º Pelotão de Fuzileiros de Selva, na Fronteira, implantado ao lado do Forte Príncipe da Beira, no Rio Guaporé, Município de Costa Marques.

Fazendo parte da comitiva, o Coronel Walter Ribeiro Benvindo e esposa Solange, responderam presente, quando o afetuoso casal pôde encontrar saudosos companheiros e amigos aqui deixados desde que comandou a Corporação guajaramirense.

O anfitrião Victor Hugo Gomes Centeno, ladeado pela esposa Senhora Daniela, – uma simpatia irradiante – capitaneou fraterna e calorosa recepção; o militar planejando e, ele próprio, comandando a vertente profissional; a esposa, desdobrando-se de forma cativante cumpriu uma agenda social com as mulheres esposas dos Oficiais visitantes.

Deu para observar porque o Exército é essa Instituição tão bem organizada, estruturada de forma competente e que alcança os seus objetivos em cima do profissionalismo como agencia suas ações, seja aqui na Amazônia, seja em todos os quadrantes deste enorme e rico País.

E nos induz a imaginá-lo sempre grandioso porque tem convicções inabaláveis e direção única como Ente progressista, sensível, moderno e solidário. Se eu fosse Poeta diria que se inspira na natureza brasileira, na Amazônia, na cultura do nosso povo, onde alicerça o seu caminhar, até porque:

1 . Do solo amazônico emerge uma enorme quantidade de minerais nobres e essências centenárias; a natureza amazônica é enriquecida e abençoada com os cantares de pássaros que encantam outros seres; nossos rios caudalosos simbolizam a mão de Deus neste bioma, haja vista a oferta de vida que é concebida a partir das suas nascentes até a foz, quando se vê um balé de botos, seja o Tucuxi, seja o Cor-de-Rosa a enfeitiçar os olhos de quem pode admirá-los.

2 . O Exército é a síntese do que brota do Útero Amazônico: se o Estanho gera a matéria-prima que une outros metais, o Exército brasileiro une o povo, já que é formado a partir dos cidadãos integrantes da nossa sociedade; Se a Itaúba, a Castanheira e a Seringueira são essências centenárias, cujo manejo deve ocorrer sempre de forma virtuosa, caracterizando-se pela auto-sustentação de uma atividade, assim o Exército, através do idealismo de seus membros, tem presença forte, desafiadora do tempo, em que vencendo os obstáculos, vai plantando, de há muito, participação efetiva e histórica também neste rincão.

3 . Como as árvores centenárias, enormes, símbolo da perenização da natureza viva, o Exército se vale do tempo e da Experiência e agiganta-se; através da história busca valorizar-se e, como a Selva, recicla-se e se torna contemporâneo de todas as gerações e se transforma em audaz protetor destas terras lindeiras, onde sua adestrada tropa deseja a paz, mas, perenemente vigilante contra a cobiça externa, não teme a guerra.

4 . A exemplo do ouro, extraído das entranhas de nossa terra, resplandece fulgurante entre as demais nações; tal qual Diamante, um dos materiais mais resistentes que se conhece, é Pedra 90, dada a excelsa nobreza que o emoldura como um dos símbolos maiores da nossa nacionalidade e de nossa cidadania.

5. Como o alumínio, mineral que traduz uma versatilidade múltipla, porquanto tem tantas propriedades e excelente performance na maioria das aplicações, o Exército se move e se locomove de forma competente e exemplar, seja no Pantanal, na Caatinga, no Sul (dos Pampas), no Sudeste (da Serra do Mar) e nesta Amazônia altiva, com vistas a assegurar a plenitude da Ordem e do Progresso.

É por isto que, observando as benesses que se recolhe da natureza lanço o meu olhar em cima da estrutura secular que representa ainda a segurança nacional. Pois tal como os minerais ela liga, ela une o povo, auxilia os demais poderes no campo cívico-social, na defesa civil e na distribuição de saúde.

Poderia até afirmar que se inspirando num pássaro, o Seringueiro, de cantar belíssimo, –é conhecido como a voz da Amazônia– quando estranhos adentram na selva, a Força Terrestre também tem seus cânticos, sinalizando a sua preocupação com a integridade do torrão pátrio e os hinos que os Soldados cantam são códigos inspirados no nacionalismo, entoados com a intensidade sugerida numa democracia, e, em qualquer tempo, representam o toque mágico da reverência que, em nome do povo, presta à Soberania Nacional.

Fincado no solo desta terra, aqui, ali e alhures, diz ao mundo: este chão tem dono há mais de 500 anos. Isto porque aqui a Amazônia é brasileiríssima, hoje e sempre, a fim de assegurar o cantar genuinamente livre e soberano do Uirapuru, que, representando a ordeira população do Brasil, em nome da liberdade, abre suas asas sobre nós porque o nosso País, livre das ameaças externas, inclusive doutrinárias (aquelas já vencidas porque nasceram decadentes), jamais deixará de ecoar o seu canto e jamais deixará de ser ouvido... SELVA!!!

*Membro Fundador da Academia Guajaramirense de Letras-AGL e membro Efetivo da Academia de Letras de Rondônia-ACLER



 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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