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Paulo Saldanha

O PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA GUAJARAMIRENSE DE LETRAS




CRÔNICAS GUAJARAMIRENSES
 
Paulo Cordeiro Saldanha*

A AGL, criança que já anda e fala, comemora seu primeiro ano de existência. Enfrenta o desafio de caminhar e erguendo os braços em direção ao horizonte que consegue vislumbrar, vem participando da vida ativa do Município.

Porém sabe que precisa crescer para evoluir, ampliar a dimensão dos seus passos e obter novas conquistas.

Neste primeiro ano de vida, já se compôs como Ente Social, organizando-se juridicamente; seu Estatuto aprovado se acha registrado no Cartório competente; está inscrita na Receita Federal, possuindo o CNPJ e mercê da sensibilidade dos Excelentíssimos Senhores Célio Targino de Melo, Presidente da Câmara Municipal de Guajará-Mirim e Atalibio José Pegorini, Prefeito Municipal já está reconhecida como Entidade de Utilidade Pública, de que nos certifica a Lei número 1.374, de 08 de março de 2010.

Respondeu presente de forma firme e altiva quando se fez parceira da sociedade e exigiu respeito ao Museu da cidade, tendo se transformado numa das líderes do movimento popular que gritou bem forte pedindo providências. Recuperar o Museu é imprescindível, é imperioso!

De mãos dadas com a ACLER realizou o III Encontro dos Escritores de Rondônia, quando foi reverenciada a figura do Rondon, notável brasileiro que tanto contribuiu para a afirmação histórica e geográfica destas terras fronteiriças, das quais se transformou em paradigma e em patrono.

Na forma estatutária vem pugnando, através de saraus, como destaques dos seus eventos, para a divulgação dos intérpretes, cantores, músicos e poetas regionais, quando as diversas platéias que prestigiam esses acontecimentos desfrutam da melhor arte que a cultura guajaramirense, assim como a rondoniense abrigam em seu seio.

Esta é a Academia Guajaramirense de Letras que nasceu para agigantar-se porque os seus fundadores e novos integrantes estão plugados na sensibilidade e focados no futuro, em direção a ocupação dos espaços literários, como homens e mulheres de vanguarda, que aceitaram o desafio de construir no presente, no que lhes cabe, o Município que o honrado e atento povo desta terra idealiza para a juventude do amanhã.

Padre Antônio Vieira, missionário português, nos ensina que “Somos o que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos: nos outros apenas duramos." Todavia, para a ação de fazer é preciso antes que sonhemos!

Sonhar é preciso! Por enquanto, sonhamos com a Sede própria, com a tecnologia mais avançada a instrumentalizar as ações a serem empreendidas; com o Site da Entidade; com a Biblioteca que está sendo desenhada mediante a quantidade de livros que se vai recolhendo; com a produção literária dos Acadêmicos membros efetivos, cujas publicações já estão em fase de editoração, como por exemplo, as meritórias obras da Acadêmica e historiadora Teresa Chamma, bem como dos acadêmicos Edson de Almeida Oliveira, Aluizio da Silva e Dulcio Mendes, já escritas, dependendo de pequeno apoio para chegarem ao grande público.

Enfim, caros leitores, se uma longa caminhada começa com os primeiros passos-provérbio chinês–vários quilômetros neste primeiro ano já foram percorridos, graças ao empenho, a pertinácia, audácia e vontade cívica de todos os integrantes deste grupo de abnegados homens e mulheres da literatura de nossa municipalidade, que imbuídos dos nobres sentimentos de idealismo, não medem esforços para elevar bem alto a cultura, que é acalentada em todas as suas vertentes, no seio desta abençoada terra.

Que os anos futuros sejam de afirmação e de conquistas! De reflexão e de entrega aos mais legítimos interesses da literatura guajaramirense, enfim, de defesa do idioma pátrio e das descobertas em direção ao bom hábito de se estimular a leitura de tudo aquilo que possa refletir elevação do ser humano, que vive e habita nesta geografia, fonte de integração de dois povos irmãos, que têm objetivos comuns, em direção ao progresso, à evolução cultural, social e econômica, como rumo a ser seguido em cima do exemplo daqueles bandeirantes de Rondônia, sentinelas avançadas, destemidos pioneiros, que nas paragens de um poente, gritaram com força: somos Brasileiros.

*Membro fundador da Academia Guajaramirense de Letras-AGL e Membro efetivo da Academia de Letras de Rondônia-ACLER

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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