Quinta-feira, 9 de julho de 2015 - 09h03
Meu Deus! O meu tempo está passando e quase que não consigo acompanhá-lo! O meu presente já se foi. Virou passado!
Quando se projeta o tempo para adiante, a percepção é que “vixe” (expressão nordestina), vai demorar e muito; quando ele chega, “nossa” (expressão de hoje), já passou na velocidade com que a tecnologia transforma o mundo, tornando obsoletos equipamentos de ontem que viraram de antanho (palavra que os antigos como Eurinho Tourinho Filho e Simão Salim costumam valer-se).
Ainda bem que eu, bem mais jovem, me utilizo de frases e palavras atuais como me confere a época moderna em que procuro me situar. Afinal, “sou infinitamente mais criança” que aqueles dois... Embora tenha jogado futebol ao lado do primeiro (a quem ensinei tudo) e estudado no Colégio Dom Bosco de Porto Velho com o segundo, (instruindo-o na seara do bem) como seu contemporâneo e dos manos Homero e Mazinho.
Mas, mesmo assim, ouso dizer que nasci depois da Segunda Guerra Mundial; era muito menino quando a Ditadura Vargas caiu, com a redemocratização do Governo Brasileiro sob a batuta de Eurico Gaspar Dutra. Por esse motivo não acompanhei a guerra entre as Coréias, mas vivi o conflito EEUU/URSS, tendo Cuba sob o domínio da ditadura do Fidel Castro e as ogivas nucleares como pano de fundo “olhando” para Washington; acompanhei as vitórias do Brasil em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Mas sofri a vergonha daqueles 7x1 contra a Alemanha, em 2014.
Entrementes, conheci outras terras e fecundei uma vitoriosa trajetória como executivo de instituições financeiras, aqui e noutros estados da federação.
Agora, com uma espécie de adorno prateado a me brindar as têmporas, vou enxergando que o tempo voou numa velocidade tal que me surpreendeu, mas não me deixou esquecido das vivências que douraram a minha juventude.
E nessa caminhada, confesso, se alcancei muitas vitórias, noutras sofri o desgaste de eventual derrota. Mas continuo me redesenhando, me reconstruindo, impulsionado pelos bons exemplos que pude cativar.
“O tempo passa, o tempo voa, mas a poupança tal continua numa boa” era o verso de uma campanha publicitária nos anos 80.
Com efeito, sabe-se que a melhor poupança é aquela que se concebe na preparação da vida na vertente espiritual. E eu, em quem as imperfeições ainda me maculam o conceito que firmei sobre mim próprio, mesmo assim afirmo: “como me faz bem praticar o bem”... e tento afastar para bem longe a Vaidade (com a presunção a tiracolo), a Luxúria, a Gula, a Avareza, a Ira, a Soberba como manifestação de orgulho e arrogância, a Vaidade e a Preguiça, esta última ainda não completamente vencida, principalmente quando uma friagem de 18 graus ressurge no firmamento guajará-mirense originária da Argentina, do Uruguai e lá dos Pampas, instantes em que reluto em levantar bem cedo para a faina que me aguarda tão sorrateira.
Mesmo não sendo versado em Santo Agostinho, cabe-me repassar um dos seus questionamentos sobre o tempo: “não podemos apreendê-lo, pois o tempo nos escapa, não conseguimos medi-lo. E também não podemos percebê-lo”.
E ele, o santo, nos ensina que: “O passado é o tempo que se afasta de nós, de nossa consciência, de nossa percepção; é tudo que já não é mais palpável, simplesmente porque já se foi. Chamamos de presente o ‘agora’, o tempo em que nossas experiências acontecem, no momento em que ocorrem. E o futuro, por sua vez, corresponde ao conjunto de todos os eventos que se concretizam na medida em que o tempo passa. Em outras palavras, o futuro é como o lugar onde estão prontos todos os fatos que presenciamos quando determinado período de tempo vier a transcorrer, por menos ou por mais extenso que seja”.
O certo é que, com ou sem a visão de Santo Agostinho, mas me situando nas suas verdades, para mim o tempo voou, virou passado; o meu presente, em milésimos de segundo, transformou-se em passado também. E o meu futuro... Bem, o meu futuro, numa curva do caminho ou numa tumba encontrarei a cruz de Deus Vivo que tanto busquei por toda a minha vida.
Essa a minha certeza, sem nenhuma contradição... É tempo futuro, sim, e sem pretéritos a jusante daquele termo.
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