Sexta-feira, 7 de agosto de 2015 - 09h50
No Brasil tem tanta gente decepcionada, notadamente aquelas pessoas que se acham formadoras de opinião, com os rumos invertidos que o País passou a percorrer de 2003 para cá...
Na verdade, muita coisa equivocada foi vendida com entusiasmo, cegando absurdamente elite e povão, direcionando ao lixo uma boa cultura, passando-se a torcer pelo malandro, pelo marginal, delinqüente; e, na outra ponta, subvertendo os valores, passou-se a aplaudir o vício, submetendo ao segundo plano a virtude como apanágio da ética, da moral e do que se considerava como de bons costumes.
Tenho acompanhado declarações de artistas, diretores de cinema e da TV decepcionados com o quadro atual, sendo que, julgando-se lá atrás os arautos de uma esquerda multifacetada com dogmas bem ortodoxos, defendiam o modelo teórico porém ludibriador de um partido que ao exercer o poder transformou-se tanto que acabou mutilando seus princípios ao renegar suas crenças.
Lembro-me até mesmo que, quando alguém mais lúcido entre eles apresentava seu rosto na defesa de outra candidatura, uma corja patrulhando radicalmente o pensamento que deveria fluir livre condenava o ou a colega de profissão com palavras, pensamentos e obras, tentando desqualificar o enfoque dado àquele depoimento contrário à ideologia que cultuavam.
Para esses “democratas”, aloprados que foram e estão sendo, alguém até pode falar da súcia implantada e que corrói as entranhas brasileiras com a corrupção e outras malversações, mas desde que seja para elogiar.
Mas vê-se que todos quebraram a cara! Ou quase todos! Há uma família que continua apoiando o caos porque tem gente sua num dos ministérios da União... Até quando? Não sei.
Já vi gente do lado de lá tão decepcionada que virou recalcada. E vive declamando Rui Barbosa: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência”. Há um famoso até que chamou os da sua classe de Aloprados, em face dos erros e deslizes cometidos.
É nisso o que dá: o poder nas mãos dos tolos, parvos e despreparados produz a iniqüidade. Alguém já gravou a frase anteriormente, mas vale repetí-la: “Alguns que lideram não visam o bem do povo, mas apenas seus próprios interesses”. O Mensalão, o Petrolão e o Eletrolão demonstram à saciedade essa assertiva.
Circula pela internet uma citação corajosa atribuída ao general Mourão Filho, um dos próceres do Exército nos anos 60. Ele cunhou o texto abaixo: “Ponha-se na Presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto e, 24 horas depois, a horda de aduladores estará a sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primata em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder, praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso”.
Ao ler o texto acima, como do nada, as fotos do insano Adolf Hitler e de diversos ex-presidentes civis latinos eis que me vieram à mente...
O desenvolvimento econômico para ser justo, equânime e distributivo precisa caminhar pari passu com o desenvolvimento social, que deverá agasalhar-se na geração de emprego e oferta de trabalho, pois só ele dignifica o chefe de família e ainda produz o aumento das receitas públicas, dá um compasso otimista nas ações empresariais e fomenta o progresso e o crescimento.
Ocorre que o modelo que aí está vem oprimindo os agentes econômicos, inibindo a iniciativa privada, abandonando homens e mulheres à própria míngua, elevando hinos ao desemprego por ter sido perdulário, omisso e negligente nos últimos 12 anos.
Mais uma vez me valho de Ayn Rand, nascida russa, de origem judaica, escritora e filósofa, que faleceu em 05 de março de 1982 aos 77 anos, reconhecida por ter concebido princípios filosóficos dentro do seu projeto encaminhado com o nome de Objetivismo. Um dia ela nos legou: “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Deixo ao eventual leitor todo o desdobramento que esse pensamento poderá suscitar...
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