Segunda-feira, 18 de janeiro de 2016 - 11h28
A velhice, que para uns é exaltação da sabedoria, para outros é o
processo, é a ação que tenta excluir, determinando muitas vezes o
desamparo, rumo que pode indicar a decadência.
A segunda vertente jamais fará a minha cabeça!
Em “Os Miseráveis”, Victor Hugo se refere de forma contundente
sobre um idoso: “A miséria de uma criança interessa a uma mãe, a miséria
de um rapaz interessa a uma rapariga, a miséria de um velho não interessa a ninguém”.
Um dos meus medos é, neste outono da minha vida, o de me tornar
recalcado, mal humorado, ranzinza e triste. Jamais desejarei celebrar a
mediocridade e a deseducação!
Mas essa percepção deveria tornar a juventude mais atenta, pois
viver em harmonia consigo mesmo e com os demais é o apanágio a ser
perseguido por todos durante as diversas etapas de uma existência.
Outro dia, numa lotérica, a minha cidadania falou bem alto, e ante a
ausência de um guichê de caixa exclusivo para idosos, deficientes e
gestantes (uma falha da direção do estabelecimento), com educação exigi
o meu direito no atendimento preferencial - apesar de não estar gestante e
nem ser deficiente. Mas que eu tivesse a prioridade que a lei me assegura
e aos demais com mais de 60 anos.
Um recalcado de plantão ficou contrariado e reclamou da minha
audácia. Um cuidado que a lei me faculta, para ele audácia, e para mim,
exercício de cidadania... Na minha firme defesa recolhi a aprovação de
muitos! Se a outra parte teve seguidores, não se manifestaram... E fui
atendido, assim como os demais, alvos de uma “preferencialidade” legal.
Ora, o idiota reclamão, detentor de um mau humor que não
contagiou os demais, esqueceu-se que um dia terá idênticos direitos de
preferência, desconhecendo eu, por ora, quais serão as suas preferências
sexuais. Ficou nítida a impressão de que, por conta das suas próprias
indefinições, tem ele sofrido por demais...
Todavia, vale salientar que em nenhum estágio caberão a
mediocridade e o recalque. Mas ver sem nada fazer quanto a um jovem
mal educado, desconhecendo a lei e violentando princípios da boa
educação ao se manifestar contrariamente ao direito de outros, será entoar
hinos às trevas!
A sabedoria que os lustros vividos concede aos humanos me traz a lucidez da afirmação: “Ontem eu fui igual a você, mas você será igual a mim ali, mais adiante...”
Não sejamos egoístas, mal humorados, presunçosos e arrogantes, e
muito menos recalcados! Cultivar esses vícios faz mal à saúde, pois
enferruja a nossa alma e faz alagação no futuro lugar onde o nosso espírito
fará morada...
Crônicas Guajaramirenses - O poder do m da palma da mão
O M que lembra a palavra Mãe é o mesmo M que, conforme o Cantador nos ensina: é onde na palma de nossa mão principia o nome Maria.M que se une a ou
Crônicas Guajaramirenses - Olha pro céu, minha gente!
Azul, o nosso céu é sempre azul... Diz uma estrofe do Hino de Rondônia. Será?Bem antes do nosso “Sob Os Céus de Rondônia”, tentaram nos ensinar que:
Crônicas guajaramirenses - Por quê?
Por quê os prédios públicos são tratados pelos homens e mulheres do meu tempo com tamanha indolência? Preguiça, ou será má vontade?Por quê o edifíc
Crônicas Guajaramirenses - As águas negras e as águas barrentas
Sempre me comovo ao observar o encontro das águas, que, no caso rondoniense, são os beijos gelados entre os rios Guaporé e Mamoré e deste com o rio