Quinta-feira, 26 de março de 2015 - 15h10
Hoje (26 de março de 2015) morreu um dos símbolos da alegria: Jorge Loredo, o Zé Bonitinho. Mas, antes dele o entretenimento já vinha morrendo aos poucos!
Isto porque transferiram-se para novos palcos e novos cenários: Oscarito, Grande Otelo, Ari Leite–o Gago, Canarinho, Carlos Leite, Chico Anyzio, José Vasconcelos, Antônio Carlos Pires (pai da Glória Pires) –com o Joselino Barbacena–, Mussum, Zacarias, Brandão Filho, Costinha, Marcos Plonka, Consuelo Leandro, Tutuca, Rogério Cardoso, –o engraçadíssimo Rolando Lero–, Rony Cócegas, Ema e Walter D’Ávila, Zezé Macedo, Zilda Cardoso, e outros, cuja distância, a que o tempo me conduziu, deixei de recordar agora, mas que estão gravados na história teatral, radiofônica e televisa desta Pátria, tão ultrajada, porém, bem humorada.
Homens e mulheres que alegravam o nosso cotidiano e afastavam, temporariamente, as nuvens cinzentas da tristeza para bem longe.
O Jorge Loredo é mais um que, cansado desta vida velha de guerra, entrega-se e parte para um Oriente, desses que acolhem almas exitosas que nasceram para elevar, enaltecer, enternecer e enlevar tipos físicos que, assim como eu, adora rir “porque o riso é o bálsamo que aquece os males que nesta vida se padece”...
Só que a saída de cena de personagens como os citados, esvazia a alegria, da feita que uma cortina é baixada definitivamente nos teatros da existência de todos e uns panos escuros tampam as nossas perspectivas e nos distanciam da felicidade, diminuindo a nossa animação, reduzindo a pó o entusiasmo com que enfrentaríamos o dia a dia.
E, nas prateleiras dos supermercados virtuais da alegria, o riso parte em desabalada carreira e o choro passa a ser a nossa panacéia, ou seja, o remédio para todos os males, vez que o preparamos para aliviar as dores do sofrimento que traduzem a perda desses grandes personagens da nossa geração.
Foi assim, recentemente com a viagem para a outra dimensão de um Chico Anysio, o maior de todos, com seus mais de 200 personagens com que expandia a sua arte e o seu talento.
E a humanidade, como legatária dos dons desses ídolos enfraquece, empobrece, fica órfã até que alguém, como semente artística desabrocha e passa, não a preencher aqueles vazios, mas a nos encantar com novos quadros derivados da alegria muito própria que passa a produzir.
Mas a imensa saudade daqueles persiste e deles jamais nos esqueceremos, haja vista o estilo muito seu de apresentar-se para o nosso reconhecimento e aplausos.
E quando as reminiscências batem à porta das lembranças, um ou vários quadros desses artistas, os chamados em inglês como “sketch”, que arrancaram gargalhadas memoráveis em anos e anos de apresentações desses ídolos inesquecíveis, acabam deixando-nos comovidos quando a cena hilária percorre as recorrentes recordações.
Agora o Zé Bonitinho, com aquela indumentária espalhafatosa, com aqueles óculos e pente enormes e os bordões com que brindava o seu público, já não se apresentará mais; suas imagens não se apagarão posto terem sido gravadas nos cérebros da geração que encantou, a partir dos anos 60, ainda mais porque poderão ser acessados os video-tape dos canais aonde trabalhou, quando marcou indelevelmente, com tintas bem fortes, a sua passagem neste Planeta secundário, que “contaminou” com sua alegria e bom humor a vida dos humanos, nesta Terra de Deus, Pai e Criador.
Eles, o Zé Bonitinho síntese do trabalho do Jorge Loredo e os demais que já partiram nos ensinaram que rir é um grande remédio, o melhor entre tantos, porque rir substitui a tristeza que só tem fim, quando a felicidade, sempre tão passageira, nos é servida ora na natureza, num palco ou num programa humorístico, eternizando a alegria como se ela, tão tênue, pudesse demorar mais tempo.
Afinal, a felicidade é como a água da chuva, vem e vai, assim é o riso que esses ídolos provocaram, assim é o choro de agora e de amanhã, que, não contidos, vão desembocando no estuário de nossas emoções.
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