Domingo, 30 de agosto de 2015 - 05h04
Venha de onde vier, mas venha a felicidade que almejo plena e duradoura, potencializada, pois sempre estive pronto (pelo menos pensava que estava) para viver a dualidade tristeza-alegria no mesmo tom e grau a que elas me curvei, desejando ninar a segunda, nos meus braços e no meu colo, acariciando-a como quem acalenta a filha, o filho e os netos.
Chegue de onde chegar, porém que chegue o equilíbrio que preciso cultivar, síntese da maturidade, exercitando-o com a habilidade que o envolve plasmado na tolerância, sempre agarrado na cintura da sabedoria.
Venha de onde vier, mas venha a esperança que jamais poderá morrer, porque alicerçada na inquebrantabilidade da fé, que se fortalece na busca incessante da verdade, que se invoca a partir da gênese Bíblica.
Chegue de onde chegar a certeza da notícia tão aguardada que se sustenta numa ansiedade nutrida na oração que une uma família em busca de aperfeiçoamento.
Venha de onde vier, mas venha o amigo de infância, de juventude, morando tão distante, que enviou a boa nova da sua chegada, acabando com aquela saudade mediante o seu ingresso porta adentro do nosso coração.
Chegue de onde chegar o filho ausente, com o sorriso e com o choro de alegria, derivado da comoção, trazendo-nos as notícias de suas vitórias no alforje virtual recheado de expectativas e emoções.
Venham de onde vierem os sonhos sonhados na madrugada fria e enluarada, como se fossem desdobramentos dos pensamentos que contém na sua essência a necessidade de encontros com os entes queridos que já se movimentam na outra dimensão.
Chegue de onde chegar aquela canção que comove, embala e até faz dormir, cujos versos combinam e se harmonizam com a música mais elevada por representar a suprema inspiração assoprada pelo anjo ali tão próximo, mediante a autorização divinamente encaminhada.
Venha de onde vier, mas venha o gesto de solidariedade e amor ao próximo, por conta da doação de órgãos que minimize o sofrimento de toda uma família, até porque essa atitude salva uma vida e uma porção do doador passa a sobreviver na vida resgatada.
Chegue de onde chegar o alimento presenteado em nome da fraternidade, inspiração cristã, mormente porque nutre organismos enfraquecidos pela ausência de proteínas, fibras e gorduras, escassas num lar cujos líderes ficaram desempregados ou envolvidos pelo inesperado da crise;
Venha de onde vier, mas venha o apoio anônimo sob a forma de doação do remédio salvador, que, em ótima hora chegou como quem chega do nada, objeto da magnanimidade de um coração que observa o seu entorno e jamais se omite de fazer o bem.
Cheguem de onde chegar, mas cheguem os recursos financeiros para aquela família enlutada, em face da perda precoce do filho muito amado, assassinado pelo marginal da esquina, e que, ante a surpresa desagradabilíssima da morte violenta, não dispõe dos meios para prover o velório e o sepultamento.
Venha de onde vier, mas venha a intensidade da oração contrita, mãos juntas, concentração absoluta, num pedido único pela absolvição do réu inocente, mas que por obra macabra de alguém foi-lhe imputada uma denúncia ignóbil na tentativa de transferir culpas verdadeiras que cabem a outrem.
Enfim, que venha de onde vier, chegue de onde chegar, mas que venha e chegue a paz, em cujos braços desejo celebrar a vida, como corolário da dignidade de homens e mulheres, da liberdade pela qual muitos morreram, do amor cristão, logo solidário legitimadora da moral que liberta, ainda que tardiamente, pessoas vítimas do preconceito, opressão, humilhação e exploração; paz essa suprema aspiração de seres nascidos à imagem e semelhança de Deus, Pai e Criador.
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