Segunda-feira, 22 de setembro de 2014 - 13h46
Se fosse violeiro e cantador eu jamais me cansaria de gritar bem forte o quanto me encanto com a pujança de minha terra. Pujança histórica, manancial dos homens intrépidos que plantaram entusiasmo e fé, certeza e vontade cívica, ainda nos primórdios, deixando um legado de realizações e afirmação cidadã. Pujança econômica, como caminho para a redenção social, via ação distributiva da riqueza, que tarda, mas chegará...
Antes, já nos idos de 1647 Antônio Raposo Tavares já descia pelo sagrado rio Guaporé. Depois, o Real Forte Príncipe da Beira, entre 1776 e 1783 era construído mantendo-se altivo e contemporâneo. Com o advento do Tratado de Petrópolis ao Brasil coube a obrigação de construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (1907/1912) tida e havida por muitos como a abençoada Mãe.
Rondon, o desbravador, o maior sertanista, desde 1906 passou a transitar fazendo a integração deste solo (então amazonense e matogrossense) à Nação da qual fazia e faz parte.
Da febril atividade gumífera seringalistas e seringueiros (muitos soldados da borracha) concorreram para a formação cultural da nossa sociedade e legaram progresso e conquistas; da castanha extraíram vendas e exportações; da ipeca (ipecacuanha a ou poaia) enviaram raízes salvadoras para a indústria farmacêutica estrangeira.
Da incandescente extração da cassiterita aqueles e outros pioneiros afirmaram a liderança desta geografia no cenário nacional, fazendo-nos unir –particularidade ímpar desse mineral– como liga aos maiores centros de comercialização desse produto.
Depois chegou a hora da atividade agrícola e a vez da agricultura de mercado passou a reinar; o café e o cacau foram dignificados e a economia prosperada se diversificou. E aquela geografia então extrativista se modificou.
O Governador Humberto Guedes, tão competente e prudente, iniciava a estruturação para a transição de Território para a figura idealizada do que viria a ser o Estado de Rondônia.
A população crescia, o campo demonstrava a que veio, a pecuária vicejou na dimensão em que crescia a oferta maior de arroz, feijão, milho, banana e mandioca. Novos municípios foram criados. E a aspiração pela “independência” da vida rondoniense era exaltada e pedida veementemente.
No dia 10 de abril de 1979 assumia os destinos do então Território o emérito coronel do Exército Jorge Teixeira de Oliveira.
Na vertente político-administrativa o Estado foi concebido e suas estruturas abriram as asas sobre nós, sob o pálio e o comando do Governador Jorge Teixeira, exemplar brasileiro e vencedor administrador público, focado no futuro e nas mais idealistas aspirações do povo que vivia ou que escolhera esta terra para crescer e vencer. A nova estrela no Azul da União brilhou... O Hino “Sob os Céus de Rondônia”, a bandeira e o brasão brotaram de dentro das nossas almas.
Os migrantes continuavam a chegar de todas as partes, a hidrelétrica de Samuel se apresentou demonstrando que ainda precisaríamos de mais energia para suportar a vertiginosa expansão das nossas estatísticas. A Indústria madeireira e o garimpo do rio Madeira com os seus pró e contra se agigantavam! A BR foi asfaltada.
Nem todos governantes que o sucederam inspiraram-se nos exemplos dignificantes, progressistas, inovadores e criativos desse grande líder.
O crescimento e o desenvolvimento ninavam as aspirações populares nas cidades e nas áreas rurais. A capital tomava a configuração exigida pelos novos tempos e edifícios erguiam seus braços para o céu portovelhense. Novos instrumentos e equipamentos demonstravam que Rondônia se transformava.
Um dia a soja raiou tão forte! Até a uva, algodão e a citricultura tornaram-se palavras de ordem como chamamento para a agroindústria fulgurante. A Indústria diversificada do leite gritou de maneira tonitruante.
E Rondônia, homenagem dada ao brasileiro Cândido Rondon, tornou-se o terceiro estado mais populoso da Região Norte, com seus quase 1 800.000 habitantes em 2014, terra de gente que sabe o que quer, por isso vai mostrando ao mundo a sua face altaneira, vigorosa e renovadora.
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