Terça-feira, 2 de setembro de 2014 - 18h42
Robson Oliveira
Contradições
Ontem, no SBT, os candidatos que disputam a presidência da república voltaram a confrontar os seus programas de governo e revelaram as contradições do que escrevem com o que falam. Marina Silva, furacão das pesquisas e tsunami dos prognósticos, foi alvo dos concorrentes por defender um dia antes ao debate o casamento gay e, após a reação negativa dos evangélicos, udar a posição e passar a defender apenas a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Sem a celebração religiosa.
Miscelânea
Marina adaptou em seus discursos propostas com mix tucanos e petistas e apresentou uma miscelânea econômica que concede autonomia ao Banco Central (proposta tucana) e regula o mercado (petista). A ambientalista divaga quando instada a falar sobre a exploração dos recursos naturais do pré-sal. Como é contra a exploração do petróleo por alegar ser uma fonte poluente, Marina propõe investimentos em fontes energéticas mais limpas e caras. Não esclarece como pretende com seu discurso impulsionar a economia.
Chiclete
Embora seja uma candidata produto midiático e resultado da incredulidade do povo com as castas dominantes do país, sem um conteúdo consistente, nada de negativo tem colado em Marina Silva. Ao contrário, a ambientalista tem conseguido se descolar da velha política com um discurso repaginado e crítico às velhas raposas, apesar das concessões feitas aos donatários do PSB para ser ungida a substituta de Eduardo Campo na disputa pela cadeira da Dilma Rousseff.
Favoritismo
Não tem como negar que o favoritismo de Marina Silva minimizou a influência dos marqueteiros nestas eleições. É cedo para assegurar que a fatura está definida e que Marina será vencedora das eleições presidenciais, mas a cada pesquisa divulgada consolida o favoritismo. Com na política e na medicina nada é definitivo, caso não haja uma pedra no meio do caminho da ambientalista, os marqueteiros sairão menos importantes do que entraram neste pleito. E o medo com o que está aí terá vencido a esperança depositada quatro anos atrás num produto do marketing.
Inovando
O candidato a governador pela coligação ‘Muda Rondônia’, Expedito Junior, optou por inovar na campanha e acabar com a utilização de contratação de jovens (denominados formiguinhas) para mobilizar a campanha. Com uma campanha franciscana o tucano tem conseguido arregimentar um expressivo número de colaboradores que levam a campanha aos bairros. Na próxima semana a coordenação vai intensificar o volume de campanha na capital onde a recepção ao candidato durante as caminhadas tem resultado em adesões. No interior o sucesso da estratégia tem se repetido.
Escondendo
Mesmo defendendo os programas governamentais implementados pelo ex-governador Ivo K-SOL, a irmã ungida a candidata, Jaqueline, não apresentou em seu programa de TV o irmão de forma incisiva. Ivo já apareceu na campanha televisiva apertando a mão das pessoas ao lado da mana, mas ainda tímida em relação ao recall político que ostenta.
Capilaridade
Das duas uma: ou a rejeição ao senador K-Sol prejudica mais do que ajuda a candidata Jaqueline, ou estão guardando a hora mais adequada para colocá-lo pedindo votos no ar. Polêmico com é, uma oportunidade de aparecer é tudo que Narciso almeja para fustigar o rol interminável de desafetos que coleciona. Todos o aguardam mostrar a cara na TV porque possui ainda capilaridade eleitoral, embora não seja candidato.
Debate
Os candidatos ao Governo de Rondônia voltam a confrontar suas propostas nos debates programados pela Rede TV no dia 21, TV Candelária dia 26 e TV Rondônia dia 30. Nesta semana e na próxima, participam de sabatinas nos telejornais dessas emissoras. A cada confronto fica claro para o eleitor a visão de cada um sobre governança de Rondônia. E a cada encontro o clima beligerante tem aumentado na medida em que os últimos debates se aproximam.
Desafio
Não há como prever um cenário real sobre quem é favorito à única vaga senatorial em disputa nestas eleições rondonienses. Os quatro candidatos à vaga travam uma batalha dura pra tentar empolgar um eleitor desconfiado com as autoridades políticas. A tendência é levar a fatura aquele que conseguir vencer o pleito na capital, principal colégio eleitoral e maior foco de resistência aos nomes lançados. Parte considerável do eleitor de Porto Velho decide no último momento da campanha e termina votando por exclusão. Eis aí o desafio dos quatro candidatos ao Senado Federal.
Desconectado
Tem causado transtornos enormes aos proprietários de automóveis e motoristas que necessitam tirar ou renovar suas habilitações e documentação dos seus veículos a pane causada no servidor do DETRAN que desconectou todo o sistema e parou todos os serviços de informática. Demonstra que o sistema é falho e prova que falta gestão na condução do órgão. Não é possível que os dirigentes trabalhem sem um mínimo de segurança para evitar os prejuízos ao estado e aos usuários dos serviços.
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