Quarta-feira, 19 de março de 2025 - 08h14
364
Ontem (terça-feira), no Podcast ‘Resenha Política’, o senador
emedebista Confúcio Moura explicou os motivos pelos quais foi o único membro da
bancada federal a defender o modelo de privatização da BR 364, projeto iniciado
ainda na época que o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,
ocupava o Ministério dos Transportes do governo de Jair Bolsonaro. Ao criticar
a posição dos colegas de bancada, Moura lamenta que uma obra tão importante
para os rondonienses seja usada de forma oportunista por representantes do povo
que manipulam os fatos para exploração midiática da política, de olho nas
eleições do ano que vem.
CANDIDATÍSSIMO
Experiente na arte de fazer a boa política, Confúcio Moura não
descarta nenhuma candidatura em 2026, cogitando inclusive optar em disputar o
governo. Mas aponta outros nomes, a exemplo do colega de MDB, Lúcio Mosquini,
como habilitado para o cargo de governador. A experiência na disputa exitosa de
vários cargos eletivos leva a coluna a concluir que Confúcio Moura é sim
candidatíssimo ao Governo de Rondônia, mesmo os setores mais radicalizados da
direita desdenhando da postulação. Todos que um dia subestimaram eleitoralmente
o velho militante emedebista na disputa eleitoral, quebraram a cara. Incluindo
neste rol este cabeça chata.
INOCENTE
Nesta quinta-feira, no Podcast Resenha Política, o entrevistado é
o deputado federal Lúcio Mosquini, presidente do MDB. Durante trinta e cinco
minutos o parlamentar fala sobre eleições 2026, os motivos pelos quais é contra
o modelo de privatização da BR 364 e aborda pela primeira vez o tema mais
dolorido da sua vida, ao que foi injustamente submetido, o processo
espetaculoso sobre as obras do Espaço Alternativo. Pouca gente soube, mas o
deputado foi inocentado de todas as acusações a ele imputadas pelo MP. Aliás, o
mesmo órgão que o acusou requereu sua absolvição.
TRAJETÓRIA
Na entrevista Mosquini fala sobre as denúncias de forma emocionada
uma vez que foi um episódio altamente devastador em sua trajetória pública sem
que tenha cometido nenhuma conduta incompatível com os cargos que assumiu ao
longo dos últimos trinta anos. Contudo, sua trajetória ficará marcada pelo
episódio.
REPUTAÇÃO
“A flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”
são três coisas que nunca voltam. Uma quarta, igualmente danosa, reflete bem a
dor que o deputado guardará inexoravelmente para sempre: a reputação destroçada
de forma covarde e cruel. Apesar do assunto ser dolorido e ele evitar sofrer ao
não mencionar, na entrevista não se esquiva de comentar.
MÁGOA
O Podcast dá em primeira mão a sentença de absolvição uma vez que
Mosquini pagou caro por um crime que nunca cometeu, mas que na época repercutiu
nacionalmente de forma atroz na vida do parlamentar. Ele adianta que não quer
mais tocar no assunto e que a justiça, embora tardia, minimizou as mágoas
depois de oito anos de agruras e insônias. Vale a pena assistir à entrevista.
REPERCUSSÃO
A entrevista do vereador da capital Geovane Ibiza, em nosso
podcast, repercutiu em todos os meios políticos e sociais pela quantidade de
mensagens que a coluna recebeu no final de semana passada. Quem o julgava
membro do crime organizado foi surpreendido com um membro da edilidade
portovelhense priorizando temas inusuais na política, a exemplo da cultura. Os
vídeos que projetaram Ibiza na política são reprováveis em razão de uma certa
apologia ao crime, mas suas intenções em levar a periferia ao teatro, música e
dança são elogiáveis.
REINAUGURAÇÃO
A unidade de saúde Manoel Amorim, inaugurada na correria em
dezembro passado na capital, é mais uma obra que foi obrigada a ser
reinaugurada pelo prefeito Léo Moraes porque foi entregue à população sem a
mínima condição de funcionamento para atender na época à exploração de peças
publicitárias.
MANIPULAÇÃO
Passados três meses da nova administração começam a ser
descortinadas inúmeras obras colocadas à disposição da população que serviram
apenas para ajudar a alavancar a popularidade do ex-alcaide em razão das peças
publicitárias bem acabadas. Com uma maquiagem bem aplicada, quem passava na
frente não percebia o desleixo interno escondido pela tinta bem aplicada por
fora.
CONFRONTO
O prefeito Léo Moraes tem razão em limitar o tráfego de carretas
carregadas de grãos pelas avenidas da capital. Além de causarem transtornos ao
trânsito, inúmeros acidentes com vítimas fatais são registrados todos os anos.
O setor do agronegócio não gostou da restrição dos horários e escalou uma representante
do setor produtivo para criticar o prefeito. Esquece que o prefeito foi eleito
para cuidar da cidade e dos munícipes. Ao colocar a restrição de horários (algo
que existe em muitas capitais, especialmente São Paulo), o fez para proteger
seus concidadãos e não um segmento econômico específico. E o fez corretamente.
SAÍDAS
O agronegócio é importante para a economia estadual, mas não pode
impor seus interesses acima da maioria da população, em particular na
segurança. Léo Moraes não proibiu a trânsito destas imponentes carretas
carregadas de grãos pelas ruas de porto Velho, apenas restringiu os horários
para garantir a segurança e uma mobilidade urbana pacífica. Cabe ao
agronegócio, forte politicamente no Congresso Nacional, buscar soluções de
trafegabilidade junto ao Governo Federal e não impor à municipalidade mais um
problema economicamente insolúvel para Porto Velho. Saídas existem, faltam
recursos.
OPORTUNISTAS
Quem se une ao oportunismo político da questão para criticar a
decisão municipal não ama os porto-velhenses, vítimas de motoristas
irresponsáveis e de um trânsito caótico. Em três meses de administração Léo não
tem como resolver imediatamente a mobilidade urbana colapsada por
administrações relapsas. O prefeito está absolutamente correto.
SUPERVENIENTE
Apesar de Rafael Fera estar inelegível neste momento para disputar
eleições, ele assume a vaga no Congresso Nacional depois que o STF mudou o
entendimento sobre o cálculo das sobras de votos obtidos pelos partidos para
formação das bancadas, retroativo às eleições de 2022. Com este novo
entendimento, o deputado federal Lebrão, do União Brasil, perde a vaga e Fera,
do Podemos, assume assim que o TSE decretar o trânsito em julgado. Embora
cause confusão na cabeça do leigo, a inabilitação de Fera ocorreu após as
eleições de 2022, e os efeitos desta não alcançam aquela.
EXCEÇÃO
Trocando em miúdos: Fera pode exercer as funções parlamentares até
o final desta legislatura (2026). Mas nas próximas eleições (2026) não poderá
ser candidato, exceto se recuperar os direitos políticos.
EQUÍVOCO
Mesmo tendo um resultado aquém do programado, a convocação flopada
dos bolsonaristas em Copacabana, Rio de Janeiro, no último domingo, não
significa que os extremistas estejam perdendo força; não, eles continuam reverberando
cada vez mais alto para uma parcela da sociedade adepta aos preconceitos
sociais, raciais, religiosos e políticos que a humanidade tenta dissipar ao
longo dos séculos. É um equívoco achar que a flopagem carioca é o fim dessas
vozes reacionárias e violentas.
INELEGÍVEL
O que ficou claro naquele evento carioca é que a pauta da anistia
não é prioridade para a sociedade, apesar de significar a última esperança para
Jair Bolsonaro recuperar a condição elegível.
TRAGÉDIA
A esquerda – que anda com deficiência encefálica -, ensaia
convocar outra manifestação popular (em São Paulo) para se contrapor à flopagem
da direita que aconteceu no Rio de Janeiro. Somente um segmento político vesgo
e burro convoca o povo para a ruas num momento extremamente delicado para um
governo com uma reprovação popular significativa.
ESTULTOS
O momento é de recolher o flap e corrigir os erros políticos e
administrativos para recupera a popularidade. O problema é que os extremos
revisitam a história da forma mais trágica e cruel possível. Faltam-lhes
inteligência e humildade, virtudes humanas escassas nessas espécies.
PERDA
A passagem do coronel Ferro para o plano superior é uma grande
perda para este plano aqui de baixo. Não apenas para a sua família. Um homem
com uma história que se confunde com a própria terra onde nasceu e um policial
de uma retidão incontestável. Até as pessoas com as quais convivia e discordava
ele devotava respeito e generosidade. A coluna faz o registro em reconhecimento
à breve amizade que nos uniu e em homenagem às mensagens carinhosas e
eventualmente divergentes que trocamos pelo “zap”. Uma perda!
REGISTRO
O advogado rondoniense Diego
Vasconcelos, sócio fundador do escritório Nova Advocacia, foi listado pelo
anuário jurídico entre os profissionais mais destacados do direito
brasileiro. A coluna faz o registro não apenas como forma de homenagem ao amigo
dileto do editor desta coluna, mas pelo profissional preparado e firme na
defesa do constitucionalismo. Quem tem o prazer de desfrutar da amizade e dos
papos com Diego Vasconcelos é brindado com muita inteligência e
expertise sobre filosofia, direito e cultura. Um registro
obrigatório.
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