Segunda-feira, 11 de agosto de 2014 - 08h44
P e s q u i s a
Finalmente os dados da pesquisa do Ibope, contratados, registrados e divulgados pela TV Rondônia, apontaram um empate técnico entre os candidatos a governador Expedito Junior (PSDB) e Confúcio Moura. Os números são desastrosos para o atual candidato à reeleição porque revela uma rejeição enorme a Confúcio Moura, o dobro em relação aos concorrentes.
E m p a t e
Embora Expedito Junior (PSDB) e Confúcio Moura (PMDB) estejam tecnicamente empatados, na hipótese de utilizarmos a metodologia do próprio Ibope em relação à margem de erros, três pontos para cima ou para baixo, a situação de Confúcio Moura pode se complicar ainda mais. Com os programas eleitorais gratuitos de rádio e TV os problemas de gestão do governador ficam mais expostos aos olhos de um eleitor e a curva da rejeição poderá piorar.
I n s a t i s f e i t o s
Os percentuais conferidos aos quatro candidatos opositores à reeleição de Confúcio Moura indicam que num eventual segundo turno, caso o peemedebista consiga se habilitar, o concorrente tenderá a capitalizar os votos dos eleitores insatisfeitos com a gestão do governador. Portanto, em tese, o quadro revelado pela pesquisa é desfavorável momentaneamente à postulação de Confúcio Moura. O alento é que poderia (ou pode) estar pior.
I n c o m p l e t o s
Pela primeira vez nestas eleições o Ibope evitou simular os percentuais dos candidatos num eventual segundo turno. Pode ser que a empresa que contratou tenha optado em não pesquisar esta simulação, mas é esquisito divulgar uma pesquisa quando os dados apontam que as eleições rondonienses devem ser decididas em segundo turno. A pergunta que não quer calar: qual o motivo? Da forma como a pesquisa foi divulgada ficou a sensação de que os dados estão incompletos. Embora a rejeição e os números obtidos por Confúcio Moura sejam extremamente reveladores ao observador mais atento.
R i s c o
A terceira colocação para a candidata estreante do PR, Jaqueline, irmã do senador Ivo K-Sol, mostra a musculatura política que ainda exibe o irmão junto ao eleitorado rondoniense, em particular do interior. Apesar da condenação no STF do senador à pena de privação de liberdade com o risco de ser recolhido durante as eleições, os percentuais anunciados em favor da candidata são relevantes para quem não possui nenhuma experiência em disputa eleitoral.
A q u é m
Na última campanha ao executivo estadual o Partido dos Trabalhadores conseguiu ficar na terceira posição próximo do segundo colocado. Nestas eleições, Padre Ton, candidato da legenda, está aquém dos percentuais exibidos pelos petistas nas eleições de 2010.
D e s g a s t e
É possível que o desgaste das administrações municipais do PT em Rondônia esteja contaminando a campanha do padre Ton. Outro dia, por exemplo, o prefeito de Cacoal, padre Franco, foi obrigado a ser escoltado pela polícia militar até o paço municipal porque corria o risco de ser agredido por populares durante uma manifestação popular. Nos municípios de Jaru e Médici, administrados pelo PT, os prefeitos estão com avaliações horríveis. O partido está esfacelado e a militância anda descrente das pregações dos seus dirigentes.
H u m o r
Quem acompanha as mídias sociais e os bastidores políticos percebe o mau humor entre os seguidores da ex-senadora Fátima Cleide e os discípulos do padre. Especialmente depois que Ton impôs e bancou na convenção do PT a candidatura de Roberto Sobrinho a deputado federal. Constrangida, Fátima não faz uma defesa sequer do legado deixado por Sobrinho na administração da capital. Quando instada a abordar o assunto não economiza nas críticas.
E n d i v i d a m e n t o
Uma reportagem publicada anteontem pela Folha de São Paulo mostrando os estados em que os governantes aumentaram o endividamento, comprometendo os parcos recursos orçamentários disponíveis para custeio e investimentos, relaciona Rondônia entre eles. Como a dívida tem uma carência de dois anos para ser quitada a herança maldita ficará na responsabilidade da próximo governador. É o que afirma a reportagem.
Gestão
Outro problema governamental sério e que atravanca o desenvolvimento estadual é a absoluta falta de agilidade nos processos de contratação e execução dos projetos e convênios. Uma parte considerável está atrasada ou parada por falta de gestão.
Gargalo
Dados disponíveis no Tribunal de Contas do Estado comprovam que o Governo de Rondônia atingiu o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal em gastos com custeio de pessoal. No entanto, a máquina estadual necessita da contratação de novos servidores concursados para destravar os gargalos, mas a limitação legal impede novas contrações. Uma saída seria cortar pela metade a farra de CDS e privilegiar o servidor concursado em postos de confiança. A lealdade funcional deveria ser em torno do ente público e não na pessoa do mandatário de plantão. Para isto existem cargos específicos.
11 de agosto
Nesta segunda os advogados brasileiros comemoram o dia alusivo ao exercício da honrosa profissão. Durante todo o dia a seccional rondoniense reúne seus inscritos para comemorar com muita festa em seu clube na capital. Sendo um deles, não perco o regabofe.
Em tempo: A pesquisa utilizada nesta coluna foi realizada entre os dias 5 e 7 de agosto. Foram entrevistados 812 eleitores em 31 municípios do estado. A margem de erro é de 3%, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) sob o protocolo Nº RO- 00025/2014. A Contratante é a Rádio TV do Amazonas Ltda.
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