Terça-feira, 16 de setembro de 2014 - 17h19
Robson Oliveira
Vaia
Foi ensurdecedor a vaia dada ao prefeito da capital Mauro Nazif durante o evento de inauguração da ponte que liga Porto Velho a margem esquerda do rio madeira. Autoridades presentes, inclusive o ministro dos transportes, ficaram constrangidas com a manifestação espontânea das pessoas que acompanhavam o evento.
Hostilidade
Em todos os eventos públicos em que comparece, Dr Mauro Nazif (PSB) é hostilizado pela população da capital. Nas últimas eleições a população portovelhense deu uma votação expressiva ao prefeito do PSB na esperança que o “doutor” fizesse a diferença na administração municipal e impôs a Garçon uma derrota acachapante. Mais de dois anos administrando a capital os resultados da gestão do Dr. Mauro são desastrosos. Merece a hostilização pelas vaias. Quem também não escapou do constrangimento hostil foi o senador K-Sol.
Insepulta
Outro protesto que não passou despercebido na inauguração da ponte foi à cobrança pela elucidação do assassinato da jovem Naiara. Embora a polícia tenha efetuado as prisões dos responsáveis pela execução da jovem o crime ainda está envolto a muito falatório porque a própria polícia diz que a investigação não está conclusa. Se o inquérito policial continua aberto à dedução possível é que existam suspeições de envolvimento sobre outras pessoas. O que não é tolerável é manter o caso no limbo servindo apenas a fins eleitorais.
Alô
Durante um comício eleitoral no município de Nova União as poucas pessoas que foram ao ato político ficaram surpresas com a inovação dos organizadores da concentração ao anunciar à fala do candidato a reeleição Confúcio Moura (PMDB) por telefone. Quando o candidato disse alô, vários presentes bateram em retirada. Nem um alô de corpo presente o mandatário se dispôs a falar aos eleitores daquele município. Contato pessoal com o cheiro do povão não é o forte do atual governador.
Boatos
Aguardada com expectativa por todos os comitês eleitorais, a pesquisa do Ibope deu o que falar muito antes dos dados anunciados. Os governistas sinalizaram que conheciam antecipadamente os números apurados e falavam abertamente os percentuais apontando o atual governador em primeiro lugar. Os boatos se alastraram feito fogo em capim seco. Como os resultados serão conhecidos em poucas horas comprovaremos se os boatos eram apenas arroubos dos governistas ou manipulação verdadeira. Mesmo causando frisson nos comitês, pesquisa mede a circunstância do momento e não há registros de que elas sejam capazes de mudar um pleito. Apesar dos tolos acreditarem. A ver!
Consulta
O Tribunal Regional Eleitoral acertadamente rechaçou a manobra governamental para a contratação de professores emergenciais por ferir a legislação eleitoral. O curioso é que somente agora quando o processo eleitoral está em curso é que o Governo Estadual tenta contratar professores, em particular com o segundo semestre letivo em curso. Esse povo não tem limite mesmo.
Balança
O juiz federal paranaense continua aprofundando as investigações envolvendo políticos e o doleiro da operação denominada ‘Petrolão’. A campanha eleitoral não pode servir de desculpa para que investigações sejam paralisadas sob a justificativa de interferência na campanha eleitoral. Enquanto no Paraná as investigações andam a passos longos por estas bandas algumas aguardam o final do calendário eleitoral. Dois pesos e duas medidas, literalmente.
Chacota
Apesar dos colegas de batente ter criticado com veemência a forma pela qual o deputado estadual Adriano Boiadeiro utilizou como transporte para retornar as funções legislativas depois que teve o mandato suspenso por envolvimento em supostos malfeitos, esta coluna não pode deixar também de lamentar a chacota. A ação do parlamentar é um retrato em branco e preto de horrores que se tornou nosso Poder Legislativo, com honrosas e pequenas exceções. Fiquei com pena da mula que suportou um fardo tão pesado. A cada legislatura nossa representação parlamentar fica pior.
Bengala
Reza a lenda que a morte é única capaz da pessoa receber algum elogio por afetar os sentimentos cristãos do brasileiro. Fiquei surpreso com o número de pessoas e autoridades que manifestaram resignação com o falecimento do ex-governador Jerônimo Santana. Em sua maioria as mesmas que satanizavam o ex-governador em vida.
Marca
Bengala morreu abandonado e no ostracismo político. Porém, em seu apogeu era implacável com os desafetos e complacente com os apaniguados. Faz parte da história rondoniense e ajudou a construir um estado pujante com a visão futurista em relação às questões ambientais. Entre erros e acertos políticos o saldo é positivo, mas ficou marcado pelos negativos. Como personagem histórica merecia melhor tratamento. Como governador, mereceu o inexorável ostracismo.
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