Domingo, 8 de fevereiro de 2015 - 22h06
Alain Fischer
Ao longo dos últimos 22 anos, preocupado com os problemas de sua Pátria-mãe, o jornalista brasileiro-estadunidense, que reside em Washington, Samuel Saraiva, tem enviado propostas para autoridades brasileiras, com o objetivo de contribuir com o País, num exercício exemplar de cidadania. Muitas foram acatadas e tramitam no Congresso Nacional.
No dia 30 de janeiro de 2015, Saraiva formalizou mensagem à Presidência da República, Governadores e Diretores da Agência Nacional de Águas - ANA, conforme matéria publicada neste site, sugerindo estudos com vistas à interligação dos sistemas de abastecimento hídrico nacional a um sistema de captação, a ser construído na região amazônica, que permita o escoamento das águas das enchentes e seu estoque em reservatórios ou sistemas, para amenizar os prejuízos em regiões afetadas por cheias e escassez. Para o rondoniense, “As mudanças climáticas, por razões ambientais, encontrariam na proposição uma forma infalível de equilíbrio, de caráter permanente mantendo a segurança energética e hídrica em consonância com os objetivos da segurança nacional e bem estar da população”, afirma.
Na proposição, enfatizou que a realidade dramática reflete a falta de uma política que há muito tempo já deveria existir priorizando o estrutural, inspirada em uma visão de planejamento de longo prazo nos dois níveis de governo federal e estadual.
A construção de “Aquedutos” para escoamento da água, a serem projetados, possibilitará em caráter permanente o abastecimento de água potável descomprimindo, a longo prazo, as tensões que injustificavelmente têm afetado a economia do País nos dois setores essenciais para o conforto e desenvolvimento quais sejam o de abastecimento de água potável e o energético e ressalta que evidentemente muitos outros benefícios poderiam decorrer de um imediato debate sobre a construção do aqueduto a que se refere, mormente em termos de compensação aos estados fornecedores e receptores desse volume de água, segundo Saraiva.
O projeto de interligação dos sistemas de abastecimento de água amazônico/centro-oeste/sudeste/nordeste teria dimensões faraônicas com inspiração salomônica. Se implementado numa conjugação de forças entre Estado e Nação, poderá afastar de imediato a ameaça de colapso energético e hídrico. Salientou que basta coragem e vontade política para dar um profundo debate sobre a necessidade da interligação dos sistemas existentes no País, a exemplo das obras grandiosas construídas no passado, mas que sem elas a realidade nacional seria ainda mais grave. A região amazônica brasileira dispõe da maior reserva hídrica do planeta, entretanto, não estamos sabendo tirar proveito desse trunfo estratégico.
Samuel recordou que em 31 de dezembro de 2014 o Governador do Amazonas, José Melo (PROS) sugeriu especificamente “transportar água da foz do Rio Amazonas para o semi-árido nordestino” e citou a existência de um oleoduto de milhares de quilômetros na Sibéria como exemplo da viabilidade da proposta, conforme noticiou o Jornal “A Critica”. No entanto, Saraiva disse que falar sobre fogo ou a roda não reveste ninguém do direito de tê-los inventado para em seguida, recordar que os Estados de Rondônia e Pará, por seu potencial em reservas hídricas, não podem ficar à margem e defendeu que os estudos técnicos e científicos que sugeriu devem preceder e subsidiar o amplo debate entre Estado e Sociedade sobre a questão.
“Aqui nos EUA o preço do petróleo já equivale ao da água em alguns estados. A diferença é que o petróleo pode ser substituído por outras fontes de energia, mas a água é indispensável e vital para a sobrevivência na terra”, ponderou Saraiva. Mostrou-se cético a dessalinização, reuso e tratamento de águas advindas de esgotos que além do elevado custo de processamento, são medidas extremas e paliativas que a população brasileira não merece, dispondo de um mar de água doce desperdiçada que pode ser tratada e distribuída a preço inferior aos outros processos de tratamento de águas com elevado índice de contaminação.
“A análise do custo/benefício da interligação dos sistemas hídricos entre regiões do Brasil é imprescindível, e abarca a responsabilidade que pesa sobre as elites governantes, que devem conduzir responsavelmente nosso povo por caminhos seguros, apesar da desconfiança compreensível que uma obra dessa magnitude serviria para desviar dinheiro público pelos ralos da corrupção das ratazanas de plantão. No entanto, o Brasil possui mecanismos eficazes de fiscalização, além da sociedade cada vez mais atenta para identificar e execrar as mentes criminosas que atentam contra o interesse e o patrimônio público. O País não pode deixar de pensar grande, intimidado por sucessivos escândalos de corrupção que minam a confiança nacional”, afirma o jornalista.
Finalizando, Saraiva garante que a solução hídrica está nas mãos da governantes e da população que os elegem, compromissados com o bem da Nação: “O Brasil não merece conviver com crises injustificáveis e vergonhosas decorrentes da falta de visão política e planejamento” e concorda com a declaração do Governador do Amazonas quando ele comenta que as tecnologias estão dominadas, mas qualificou como pretensiosa a afirmação do político, ao afirmar que “ele apenas” defende o óbvio, subestimando o percepção da comunidade científica bem como outros cidadãos conscientes da realidade que de igual maneira podem ver na concretização da proposta de unificação dos sistemas uma alternativa viável para crise.
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