De cada dez acidentes de trânsito no país, sete envolvem motos. Em 2001, morreram em acidentes no Brasil, um total de 30.524 pessoas. Em 2011, esse número saltou para 42.425. Em apenas uma década, 12 mil mortos a mais num ano, mais de 40%. Trágica coincidência: foram exatamente 12 mil os motoqueiros ou seus caronas que perderam a vida no período. Mas há explicações, nada surge do nada. O número total de motos circulando pelo país, saltou de 4 milhões e 600 mil unidades em 2001, para quase 18 milhões e meio no ano passado. Quase quatro vezes e meia mais motocicletas em pouco mais de 10 anos. Em Porto Velho ou em qualquer cidade do interior de Rondônia; nas capitais ou qualquer município brasileiro, as motos já estão superando o número de carros, caminhões e ônibus. São mais baratas, fáceis de comprar, são acessíveis aos assalariados. Muitas vantagens. Mas, à frente, o grande perigo. A verdade é que o nosso trânsito não foi preparado para as motos. Elas são um fenômeno recente. É verdade também que muitas pessoas que pilotam nas ruas abarrotadas das cidades, não têm qualquer preparo para isso. Com taxas exorbitantes que lhes são cobradas, com a habilitação a custo de primeiro mundo para um serviço de terceira; com auto escolas caríssimas, a maioria dos motoqueiros se arrisca nas ruas, sem orientação, sem conhecimento, sem cuidados.
No ano passado, o Brasil gastou perto de 100 milhões de reais com atendimentos de seguros do DPVAT para acidentados no trânsito, Os custos hospitalares e de tratamento médico, incluindo longas recuperações de acidentados, são estratosféricos. As motos são uma realidade, não há como tirá-las das ruas. Agora, nossas autoridades têm obrigação de encontrar os caminhos para que elas parem se ser, também, caixões ambulantes.
POLÊMICA NA IGREJA
Historiadores andam postando pesadas críticas ao bispo de Ji-Paraná, dom Bruno Pedron É dele a decisão de destruir a Catedral Dom Bosco, que completou 73 anos e é considerado patrimônio histórico da cidade e do Estado. No lugar da antiga igreja, surgirá outra, muito mais moderna. O caso é assunto em todas as esquinas e bares da cidade, onde a população se reúne. Todos têm sua opinião e sua posição. O pessoal ligado ao patrimônio histórico diz que 90% dos católicos são contra a demolição. Dom Pedron não se manifestou, ao menos publicamente, sobre o assunto.
EM CAMPANHA
A presidente Dilma Rousseff vem a Ji-Paraná só em novembro. Mas, desde agora, as equipes do governo já andam por Rondônia, preparando a agenda, quando ela vai entregar títulos de propriedades a pequenos agricultores. A visita faz parte, é claro, da campanha política que está nas ruas, já que não há como não misturar os atos presidenciais da candidata à reeleição. A legislação permite, mas, convenhamos, como a campanha já está aberta e nas ruas, quem está no poder sai com grande vantagem. Não é verdade?
NOVO TERMINAL
A suja, deprimente, abandonada e horrorosa rodoviária de Porto Velho, uma vergonha para a cidade, vai ficar assim como está mais alguns meses. Contudo, dentro de 90 dias, começará a ser totalmente reformulada. A Prefeitura passou o prédio e o controle dele para o Estado, alegando que as taxas de manutenção vão para os cofres estaduais e não municipais. O secretário Lúcio Mosquini garante que vai reconstruir tudo, começando do zero. E que fará uma rodoviária decente, á altura do que Porto Velho merece. Esperemos, pois.
CÂNCER COLATERAL
Mais um câncer surgido do efeito colateral do Estatuto da Criança e do Adolescente, que, na prática, incentiva o mal entre os "di menor". Claro que no papel, é um conjunto de medidas perfeito. Na prática, o terror. Estudantes agora, sabendo que nada lhes acontecerá, combinam brigas pela internet. Os vídeos de provocação que tiverem mais acesso, já saem ganhando. Depois, a briga é feroz, inclusive com ferimentos sérios. E isso acontece também nas escolas de Porto Velho, todos os dias. Ninguém pode fazer nada.
NATIMORTO
O tempo não para, já dizia Cazuza. A prefeitura de Porto Velho precisa lutar contra o relógio, para não perder a área do futuro Complexo de Multieventos, onde hoje funciona o aeroclube. Ali, em parceria com o Estado, seriam construídos um bumbódromo, parque de exposições e feira agropecuária, entre outros. Uma verba de 20 milhões de reais, no orçamento da União, pode caducar, caso não seja investida logo. Se a Prefeitura não regularizar a área em poucos meses, perde-se tudo. Ou seja, o Espaço Multieventos pode estar dando adeus antes de existir...
NADA FEITO
Dois graves problemas que se arrastam e sequer foram prioridades na relação de projetos de solução imediata para o governo Nazi. Ambos tiram o sono do Prefeito. O primeiro deles, claro, é o conjunto de viadutos, que, ao que tudo indica, levarão décadas para serem terminados. O outro é a Rua da Beira, onde empresários andam desesperados, porque o local se transformou num lamaçal, numa mina de poeira e está mais esburacada do que a Lua. Se conseguisse atacar com força pelo menos um deles, Nazif ficaria um pouco mais tranquilo. Mas, pelo jeito...
PERGUNTINHA
Quantos candidatos a cargos eletivos ficarão fora das eleições de 2014 por problemas com a Justiça Eleitoral e com a Lei da Ficha Limpa?
Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)