Segunda-feira, 7 de maio de 2018 - 19h13
CAERD, CONSELHO GAY E ÁREAS DE PROTEÇÃO: TRÊS
BOMBAS QUE CAÍRAM NO COLO DE DANIEL PEREIRA
Um mês depois de assumir o Governo, Daniel Pereira toca o barco sem grandes problemas a enfrentar, a não ser alguns deixados no seu colo por seu antecessor, Confúcio Moura. A maior dificuldade, de imediato, é a questão da Caerd, inclusive com ameaça de radicalização do movimento grevista que começou nesta segunda e também com risco de corte do fornecimento de água. O Sindur, que também é historicamente culpado pela destruição da Caerd, mesmo agora, com nova filosofia, continua exagerando. Num áudio que bombou nas redes sociais neste final de semana, gravado por diretor do sindicato, ainda não identificado, ele exagera nas ameaças e ofende a presidente da estatal, Iacira Azamor, inclusive com palavras de baixo calão. Claro que os servidores têm direito de protestar, até com veemência, porque não recebem seus salários há meses. Mas partir para a violência, anunciando que vão trancar os prédios da Companhia e sugerindo que a população pode ser afetada e punida, aí já é demais. Daniel Pereira está com esse pepino nas mãos e, ao menos até o final desta segunda, quando a greve já foi iniciada, nada havia sido resolvido.
Outro rolo grande, também deixado de herança para esse primeiro mês em que Rondônia tem novo Governador, é mais político e ideológico do que qualquer outra coisa. O Executivo, há algumas semanas, mandou um projeto para a Assembleia, assinado por Confúcio, propondo a criação de um Conselho de defesa dos Gays, Lésbicas e outras minorias. Por ampla maioria, o projeto foi aprovado. Mas havia uma pedra no caminho: a bancada evangélica protestou. Mobilizaram-se pastores em todo o Estado, pressionando para que o projeto não fosse sancionado. Caiu no colo de Daniel Pereira, que tentou de todas as formas harmonizar a questão, ouvindo todos os lados (pastores, evangélicos, outros religiosos e os grupos LGBT), mas a radicalização de ambos os lados impediu qualquer solução negociada. Daniel está num enrosco grande: como o projeto é originário do Executivo, como ele, agora o chefe, não vai sancionar? Se não o fizer, qual o argumento que usará? Vai acatar a posição dos pastores e fazer uma espécie de declaração de guerra à barulhenta minoria LGBT? Se decidir sancionar, aguentará a guerra que virá dos setores evangélicos (e só evangélicos, porque os católicos, através da Diocese de Porto Velho, apoiam a criação do Conselho)? E o caso da criação de onze áreas de proteção ambiental, que está causando uma batalha entre Executivo, Legislativo, ambientalistas (com apoio do MPF) e produtores rurais? Daniel não criou nenhum destes monstros, mas eles o estão assustando todos os dias. Porque, quando assumiu o Governo, assumiu os bônus do poder, mas também todos os ônus!.
CONSELHO GAY: NOVOS CAPÍTULOS
O caso da criação do Conselho Gay vai ainda ferver, nos próximos dias. O Governador tem até esta quinta, dia 10, para sancionar ou vetar o projeto que foi aprovado pela Assembleia e que está na sua mesa. O que se ouve nos bastidores é que Daniel Pereira não fará nem uma coisa, nem outra. Vai deixar passar o prazo, para que o assunto volte para o domínio da Assembleia, ou seja, que ela mesma promulgue o projeto que aprovou. Devolveria ao colo dos deputados um assunto extremamente polêmico, que mobiliza a minoria barulhenta da esquerda e dos chamados movimentos sociais, de um lado e praticamente todas as correntes de evangélicos, de outro. Obviamente que, caso isso aconteça, o presidente Maurão de Carvalho jamais vai promulgar a tal lei. Vai é batalhar para que ela não vá em frente. O assunto ainda vai ocupar muito espaço na agenda dos parlamentares e do Governo, que perderão longo tempo com um assunto que interessa a apenas uma pequena minoria da coletividade, mas que, pelo barulho, pode significar prejuízos eleitorais para todos os envolvidos, tanto os que são pró quanto9 os que são contra o Conselho. O que acontecerá? Mais emoções, nos próximos capítulos..
NÃO É PIADA. É A LEI!
Algumas leis brasileiras, às vezes, parecem piada. Infelizmente, não o são. O caso que está acontecendo em Vilhena é bem típico. A Justiça Eleitoral puniu a Prefeita Rosani Donadon, eleita legitimamente, por abuso do poder econômico, porque ela teria participado de uma reunião em que não poderia ter participado. Um pequeno erro. Perdeu o mandato e foi convocada uma nova eleição, a um custo absurdo, paralisando a cidade para mais uma campanha eleitoral totalmente fora do normal e causando uma confusão política totalmente desnecessária. Mas vá lá! Se tinha que cassar, OK, tem que cassar. É a lei. Mas daí vem o absurdo. Cassada, a prefeita pode participar da eleição suplementar. Deu prá entender? Ou seja, toda a confusão para a Prefeita, que saiu do poder há alguns dias e está com toda a estrutura da Prefeitura nas mãos, com chances enormes de ganhar de novo, poder concorrer, como se nada houvesse acontecido? É por essas que tem gente que não consegue levar o Brasil a sério mesmo! Lamentável!
PUNIÇÃO ZERO, GASTO EXAGERADO!
A nova eleição, que certamente custará muito dinheiro; paralisará a cidade e não resolverá absolutamente nada, a não ser atender a uma legislação pífia e sem nexo, com punição unicamente à comunidade, que nenhuma culpa tem, terá como principais candidatos os mesmos que a disputaram há um ano e meio atrás A própria Rosani e o empresário Eduardo Tsuru, o Edurdo Japonês. Teve convenção, festa dos candidatos, discursos empolgados, todas essas encenações, como se não fosse uma espécie de arremedo de eleição. Se tivéssemos leis de verdade, os acusados e condenados por campanhas irregulares não só seriam punidos, mas também proibidos de concorrer. Mas por aqui é assim. O Congresso faz essa confusão e o Judiciároo tem que seguir a escrita, para manter o império da lei. O juridiquês domina o país e todos temos que ainda achar que está tudo certo. A verdade? Claro que não está. Precisamos rever esses absurdos e o faremos, claro, se um dia tivermos um Congresso que preste!
AVIÕES INVISÍVEIS
Não perca seu tempo! Se você mora em Porto Velho ou está visitando a cidade, se não for viajar, nem pense em ir ao aeroporto internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho. Não há o que fazer lá e provavelmente você sairá muito irritado. Primeiro, por uma questão supersimples: deve ser o único aeroporto do Planeta em que os aviões são invisíveis. Ou seja, eles estão inacessíveis à visão de que está em qualquer área. Antes, mesmo com a descerebrada decisão de colocar película escura, impedindo a visão na área de estacionamento das aeronaves, à noite, ao menos durante o dia se podia ver os aviões. Agora, com a instalação o sistema ELO, que vai levar e trazer o passageiro da aeronave até dentro do aeroporto, a visão ficou totalmente impossível. Quem se esforçar bastante, subir numa cadeira, quem sabe! pode enxergar a ponta da cauda de algum Boeing. Afora isso, zero. Mas tem mais: o sistema de ar condicionado é tão ridículo, que o melhor seria instalar ventiladores no prédio. Ah, e os preços cobrados nos restaurantes e bares são daqueles semelhantes às boates onde dançam as mais belas mulheres neste Brasil. Estamos a anos luz de termos um aeroporto de verdade, ao menos para o público que gosta de ver aviões e de curtir esses locais.
83 MIL MORTOS OU ALEIJADOS
Levantamento nacional das empresas de seguro, aponta que os acidentes de trânsito representaram, no ano passado, algo em torno de 200 bilhões de reais em prejuízos para o país, mais de 3 por cento do Produto Interno Bruto. Os números são apavorantes. Em 217, 41.159 pessoas morreram e outras 42.344 ficaram feridas, todas incapacitadas para o resto da vida. Não estão computados neste pacote trágico os vitimados por ferimentos, mesmo mais graves, mas que conseguiram se recuperar e voltar ao mercado de trabalho. Na verdade, essa perda de 83 mil brasileiros, entre mortos e com sequelas irreversíveis, representaram, em 12 meses, uma média de 6.916 por mês; 230 por dia; 9,5 por hora. Um a cada dez minutos. No ano passado, esse mesmo número tinha sido de 61.500 mortos e com ferimentos irrecuperáveis (são milhares e milhares de cadeirantes, gente que era saudável e que de uma hora para outra ficou aleijada). O crescimento de quase 36 por cento, assusta as autoridades do setor, que andavam comemorando diminuição nos números de acidentes, entre 2014 (quando foram atingidos 125 mil brasileiros, um recorde) e 2016, quando esse número caiu pela metade. Agora, a situação voltou a piorar. Perdemos não só bilhões de reais com a tragédia do trânsito, mas perdemos, numa média dos últimos anos, mais de 50 mil vidas por ano. Até quando?
FESTAS DO BARULHO
A semana promete, em termos de política. Ou melhor, o fim da semana. Neste sábado, dia 12, dois partidos, entre os mais fortes do Estado, realizam encontros para lançamento de pré candidaturas. Não será ainda a convenção, mas meio caminho dela. Em Porto Velho, na casa de shows Talismã, o MDB faz grande festa para pré lançar Maurão de Carvalho como candidato ao Governo; Confúcio Moura e Valdir Raupp ao Senado e também uma relação inicial de candidatos à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. Caravanas do interior devem vir em peso para a Capital. Os emedebistas querem dar uma demonstração de toda a sua força. No mesmo dia, mas em Ariquemes, o PDT de Acir Gurgacz também lança a pré candidatura dele ao Governo, assim como relações de nomes para o Congresso e Assembleia. O evento será realizado na Câmara Municipal. Na verdade, os encontros serão mais para festa do que práticos. Nada decidirão, já que o que valerá mesmo serão as convenções, que devem acontecer apenas em meados de julho próximo. A intenção principal, ao menos é o que se deduz, é mais fazer barulho do que qualquer outra coisa. As decisões mesmo, só depois que se fecharem as convenções, em 5 de agosto.
O MISTÉRIO DO JOAQUINZÃO
Joaquim Barbosa continua sendo uma incógnita. Não abre a boca, para anunciar se será ou não candidato à Presidência. Filiou-se ao PSB e, nada mais que isso. O partido anda angustiado, esperando sua definição, já que, apenas ao ser citado, ele já entra na corrida com 11 pontos percentuais, empatado tecnicamente com Marina Silva e Ciro Gomes. Lá na frente, o preferido do eleitor, em todas as pesquisas, continua sendo o presidiário Lula, que só poderá ser candidato se houver uma grande ruptura na legislação vigente. Em segundo, ainda subindo, aliás, contra previsões de que começaria a cair nas pesquisas, firma-se o deputado de extrema direita, Jair Bolsonaro. Marina e Ciro, que já tentaram outras vezes, conseguirão ainda crescer, mesmo se Lula cair fora? E Bolsonaro, sem um extremista para combater, conseguirá manter a posição que conquistou? Já que Alkmin, que está mais ao centro, não decola e seu principal nome, Aécio Neves, está com um pé na cadeia, o PSDB vai buscar outra alternativa? Também na futura disputa presidencial, onde calcula-se que haverá ao menos 22 candidatos, tudo está indefinido. Como o está na maioria dos Estados, na corrida aos Governos. Inclua-se Rondônia, neste rol de dúvidas...
PERGUNTINHA
Um mês depois de assumir o Governo, Daniel Pereira já conseguiu números melhores na área da segurança pública, área que prometeu priorizar?
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Feriados, um atrás do outro: alguns poucos festejam e usufruem, mas a maioria apenas paga a conta
São 14 feriados nacionais. São inúmeros estaduais, mas tem também os municipais. Somando todos, se não somos os campeões, estamos no pódio entre o
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