Quinta-feira, 20 de março de 2014 - 08h53
QUATRO DISTRITOS PODERÃO SER
MUNICÍPIOS AINDA ESTE ANO
Agora parece que vai dar! Um acordo entre o Senado e o governo, pode permitir a votação, até junho deste ano, da criação de pelo menos uma centena de novos municípios no país. Quatro deles seriam em Rondônia. Os dois que surgirão na Ponta do Abunã, o distrito de Tarilândia e outro ainda indefinido. O senador Valdir Raupp (foto), líder do PMDB no Senado, disse ontem que o projeto aprovado esta semana, autorizando 188 novas cidades no país, será substituído por outro, num amplo acordo com o Planalto. O momento é muito positivo para as negociações , na medida o Planalto tenta se aproximar dos peemedebistas, contrariados com o fato de estarem perdendo espaço no governo Dilma. A ideia é que o novo projeto seja apresentado no máximo em 60 dias e seja votado imediatamente. A autoria será do governo, via senador Mozarildo Cavalcanti e o relator será o próprio Raupp. Pelo otimismo com que Raupp comentou o assunto, as emancipações em Rondônia e em outras regiões do país, nunca estiveram tão perto de sair.
A Ponta do Abunã - Fortaleza do Abunã, Extrema, Nova Califórnia e Vista Alegre do Abunã - será dividida em dois municípios. Os principais critérios que serão exigidos (mais que cinco mil habitantes e economia forte), já são cumpridos pelas comunidades. Em Tarilândia, esta questões já estão superadas. Raupp comentou que, se tudo ocorrer como agora, nessa reta final da decisão, está sendo planejado, já em 2016 esses novos municípios poderão eleger seus novos prefeitos e vereadores. O quarto município ainda que pode surgir neste pacote, embora existam vários pedidos e chance só para um deles. Nos próximos dias, começarão a surgir mais detalhes dessa importante novidade para comunidades brasileiros e, especialmente as rondonienses, que aguardam há anos pela justa emancipação.
BELEZA A MENOS
Não importa os resultados das urnas que apontarão os eleitos em 2014. O Congresso Nacional ficará menos bonito. E também menos decente. A deputada Manuela D´Ávila, figura que encanta a todos não só por sua beleza física, mas ainda por sua ação ficha limpa; defensora de causas populares importantes e uma inteligência cima da média, o que não é tão comum entre seus pares, anunciou que não concorrerá mais à Câmara Federal, depois de dois mandatos,. Volta para Porto Alegre, onde continua seus planos políticos. Como ser prefeita da sua cidade, por exemplo.
DONADON CONSEGUIU
Aprova no Enem, o ex-deputado Marcos Donadon, que já está cumprindo sua pena em regime semiaberto, terá, a partir de agora, mais alguns benefícios legais. Ele poderá estudar na Unir, tendo conquistado o direito pelo esforço pessoal. A partir disso, Marcos, agora como universitário, vai receber várias regalias. Ainda jovem, a tendência é que ele consiga, em pouco tempo, ter liberdade condicional, não precisando mais dormir na prisão.
QUEM VALE MAIS?
Para os leigos, é impossível entender algumas decisões judiciais, como a que determinou que um pequeno trecho de estrada numa área de preservação ambiental do Estado, não fosse aberta, durante uma verdadeira catástrofe e deixando correr o risco de milhares de pessoas ficarem isoladas de tudo, em duas cidades de Rondônia. Os habitantes de Guajará Mirim e Nova Mamoré estão até agora tentando entendendo porque sua segurança e até suas vidas valem mais, para as leis brasileiras, do que um pequeno trecho de floresta e meia dúzia de índios.
HISTÓRIA CRUEL
Finalmente, depois de mais de três semanas de expectativa, a Justiça, via liminar, autorizou a abertura da estrada. As obras já poderiam estar prontas e a estrada recebendo caminhões lotados de mantimentos e combustível, para não permitir que algumas milhares de pessoas ficassem abandonadas. Um dia, lá na frente, quando se contar a História verdadeira deste evento, tomara que se faça Justiça, contando quem realmente ignorou a tragédia em nome de leis desumanas e ideológicas. E a História, quando contada como verdade, pode ser cruel.
PESO NA BALANÇA
A CUT rondoniense está exigindo - e com razão - que a bancada federal se insurja contra o Governo, caso a transposição não saia já. Mas é preciso colocar algumas verdades no ar. Primeiro, que a bancada do nosso estado, com oito deputados e três senadores, representa muito pouco no contexto do Congresso e que, insurgida, terá um percentual tão baixo em relação a votações que a pressão seria quase ridícula. Segundo, que se brigar contra o único cofre onde se pode recorrer, poderemos, como Estado, perder muito mais que ganhar.
BEM DISTANTE
Uma outra questão: todos têm que falar com franqueza sobre a transposição. A União está colocando todos os obstáculos possíveis, é verdade, mas é Rondônia que deve atender a todas as exigências. O governo não vai aceitar perder no grito. Esse negócio de discurso e jogar para a torcida não resolve nada, na prática. A não ser para quem usa o tema como cavalo de batalha, de olha em eleições. A verdade é que a transposição ainda está muito distante, para a maioria dos que sonham com ela.
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