Terça-feira, 13 de dezembro de 2016 - 23h16
“ALGUEM AÍ PRÁ MIM ENÇINAR A EXCREVER DEREITO?”
Tem gente que escreve sol com “c” cedilha! E há quem escreva hoje sem “h”. E os idiotas que, nas redes sociais, escrevem “ata”, do verbo atar! Pior são os que não sabem também o que está acontecendo. Quem é o presidente do Brasil? Onde fica o Equador? A Suíça, sua anta, é na Europa e não na África. Raiz quadrada não é uma árvore que nasceu aleijada. Nunca ouviu falar em tabuada? Quando é 6 vezes 7? Quem foi Einstein? E Vinicius de Moraes? Sabe o que é estado gasoso? Ou qual a distância da Terra à Lua? Ou algo mais simples, como uma continha de somar: quanto é 304 mais 304? Por que todas essas perguntas e afirmações? Porque são apenas pequeníssimos exemplos da ignorância generalizada que tomou conta desse país, nos colocando numa posição ridícula (63º lugar) entre 200 países do mundo, na qualidade do ensino. Temos dinheiro, mas estamos cada vez piores na nossa educação. Nossas crianças saem do Primeiro Grau sem saberem ler direito. Vão para o ensino médio na marra, porque se ainda houvessem provas de classificação, sem medo de errar, 80 por cento ficariam pelo caminho. Despreparados, sem saber escrever a própria língua; sem o hábito da leitura, desinformados, afora o que leem no Facebook e no Watts app, a grande maioria enfrenta o terror dos cursos escolhidos e, lá no fim, saem como profissionais pífios. É triste, mas é a mais pura verdade. O ensino, politizado e dominado por uma maioria de professores que tem na ideologia e não nas aulas seu grande amor, transformam a maioria dos estudantes em semianalfabetos diplomados.
O que mais dói é que os discursos hipócritas continuam abundando. Não há um só político e um só governante que não diga que a saída para o país é a Educação. Joga-se nela dinheiro e mais dinheiro, sem metas, sem cobranças, sem crescimento real. Daí, os grandes líderes parecem ser os descerebrados que invadem escolas, como se heróis fossem. Não os que, esforçados, estudiosos, conseguem as melhores notas. Esse país do arremedo continua cada vez pior. Daqui a pouco, até as pequenas nações africanas terão educação de mais qualidade que a nossa. Mas continuaremos arrotando sabedoria. Pobres de nós!
FOI O OUTRO...
O prefeito Mauro Nazif rechaçou qualquer ilegalidade, durante sua administração, no Ipam. Disse, aliás, que o instituto de previdência da Capital nunca esteve tão bem, com recursos na ordem de 400 milhões de reais. Mais uma vez, disse que todo o erro foi da administração anterior, de Roberto Sobrinho. Toda a mobilização da PF e as ordens judiciais emanadas para cumprimento de prisões, de conduções coercitivas, segundo o atual Prefeito, nada têm que ver com a administração dele e nem há qualquer envolvimento do irmão dele, Gilson Nazif, levado para depor na PF e depois liberado. Mauro diz que os 78 milhões de reais aplicados pelo Ipam em títulos podres ocorreu em 2012 e que ele denunciara o assunto ao Tribunal de Contas. Ou seja, o atual Prefeito avisa: nada há de errado no seu governo. Uai, então por que essa enorme mobilização da PF? Enfim, em breve saberemos mais detalhes da Operação Imprevidência.
EMPRESÁRIO PRESO
Na operação que envolveu mais de sete dezenas de federais, um dos presos foi o conhecido empresário Ayres do Amaral. Ex chefe da Casa Civil do governo Jerônimo Santana, Ayres enveredou por vários ramos de negócios, incluindo uma empresa de segurança, que acabou quebrando; o jornal Folha de Rondônia, que igualmente fechou suas portas, deixando várias dívidas e, ainda, foi diretor da Expovel, feira que, durante a gestão dele e de João do Valle Neto, teve grande sucesso. Aires é acusado de gerir uma empresa que estaria forçando, com o apoio do presidente do Ipam, José Carlos Cuory, que o instituto investisse pesado em fundos podres. Por enquanto, não há maiores detalhes sobre o assunto e não se sabe até quando o empresário ficará detido.
GRANA APERTADA
A Câmara de Vereadores de Porto Velho sentiu a pressão. A maior prova disso é que os vereadores perderam a coragem de aumentar seus próprios salários, inclusive com efeito retroativo, mantendo-o em “apenas” 12 mil reais, conforme a expressão usada pelo vereador Marcelo Martins, em entrevista à SICTV/Record. Já com relação ao orçamento de 2017, o primeiro do novo prefeito Hildon Chaves, a ordem que veio dos edis é para que a nova administração aperte os cintos. O orçamento de 2017, de 1 bilhão e 375 milhões de reais, é praticamente igual ao deste ano. Hildon terá que gerir o município de cintos apertados, diminuindo inclusive cargos comissionados e investimentos em obras. Será o primeiro grande desafio ao novo gestor da Capital: melhorar a cidade, sem ter recursos disponíveis para isso...
DATA FOLHA E FACE BOOK
Em quem acreditar: numa pesquisa feita com meios científicos, como os do instituto Data Follha, que ouviu 2.828 pessoas em todo o país e colocou Lula como líder na intenção de votos, com 25 por cento ou no Yahoo/Facebook, onde, numa enquete com quase 300 mil participantes em apenas três horas, que deu a vitória ao ultradireitista Jair Bolsonaro? Claro que no caso do Yahoo/Facebook, não há a complexidade da forma baseada em dados científicos, mas o fato de ser uma votação com dez vezes mais pessoas, precisa ser levado em conta. Como as redes sociais têm a presença de número cada vez maior de brasileiros (de todas as regiões, de todas as classes sociais, de sexo, profissão e religiões diferentes), não se pode ignorá-la totalmente. Nesse público, pelo menos, Bolsanonaro ganharia a eleição presidencial no primeiro turno, com 62 por cento dos votos. O segundo seria o juiz Sérgio Moro (30 por cento) e o terceiro Lula, com 20 por cento. E agora?
DISPUTA DE GRUPOS
Marcelo Cruz, que já concorreu a deputado estadual e que elegeu-se vereador pela primeira vez, não abre mão de disputar a Presidência da Casa. Ele teve problemas na campanha, com a Justiça Eleitoral, mas mesmo assim não sofreu nenhum problema de restrição até agora. Está na luta, junto a um grupo de vereadores antigos (sete se reelegeram) e de alguns novos, como poderá ser o caso de Maurício Carvalho, que também almeja a Presidência. Do outro lado, ao menos seis edis recém eleitos, capitaneados pelo campeão de votos Aleks Pailitot, formaram também um grupo fechado. Se esse grupo lançar algum nome, será o da neo vereadora Ada Boabaid, para disputar o comando da Casa. Se não conseguir mais apoios, o sexteto se tornará independente. Não vai fazer parte de nenhuma outra ala. Ou seja, mesmo antes do início do ano legislativo, em fevereiro, o clima já é de grande disputa entre os edis da Capital.
PERGUNTINHA
Será que seremos surpreendidos com novas ações da Polícia Federal na Capital e no Estado antes do final do ano ou as operações se encerraram para 2016 com a que envolveu o rolo do Ipam?
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