Sexta-feira, 10 de julho de 2015 - 20h31
A CRISE DESNECESSÁRIA, QUE ESCONDE AS REAIS PRIORIDADES
A crise gerada no sistema de transporte da Capital, com a decisão inusitada da Prefeitura de encerrar um contrato com duas empresas de ônibus que prestam serviços há anos, por uma apenas, que não tem histórico desse tipo de serviço, está elevando o clima de discórdia na Capital. A sexta-feira foi de confusão, fechamento da Sete de Setembro; agente de trânsito agredindo mototaxista; palavrões, brigas, confusão. Motoristas e cobrados temem perder seus empregos e exigem garantias da Prefeitura. Ao que parece, não há como dar essa garantia. Daí, que o clima ferveu...No caso dos táxis e mototáxis, o problema é ainda mais complexo. O Tribunal de Justiça do Estado considerou inconstitucional lei que permite a hereditariedade das placas de veículos e motos. Isso significa que a mesma família é dona da concessão eternamente. Mesmo com lei federal aprovada, por aqui, a decisão que passa as placas de pai para filho não vale, segundo a Justiça. Esse foi outro estopim para o protesto da categoria, que se uniu aos trabalhadores no transporte coletivo.
Numa cidade onde as coisas andam a passo de cágado; onde há pouco mais de um ano ocorreu uma enchente histórica, cujas efeitos devastadores até hoje são sentidos, principalmente na zona ribeirinha; onde as obras públicas nunca terminam; onde a classe política e a comunidade nunca falam a mesma linguagem; onde há dezenas de bairros abandonados, com suas ruas transformadas em crateras, imaginava-se que combater esses males seria a prioridade. Não é. A Prefeitura conseguiu criar um problemão numa área que, mal ou bem, vem funcionando há mais de duas décadas. Agora sim, é que parece que tudo está virado numa confusão geral. Está faltando bom senso, diálogo, boa vontade, espírito comunitário. Desse jeito, Porto Velho nunca chegará a lugar nenhum...
SEM A BATINA
O Padre Ton não é mais padre. A pedido dele, que desde 2010 não podia mais celebrar missa, por ordem do então bispo da diocese de Ji-Paraná, Dom Pedron, a partir de agora ele o ex-prefeito, ex deputado federal e candidato a Governador na última eleição será apenas mais um leigo. A autorização para deixar a batina veio do Vaticano. Ordenado sacerdote em 1998, o então Padre Ton entrou para a política e foi prefeito de Alto Alegre dos Parecis por dois mandatos. Petista convicto, saiu de lá direto para a Câmara Federal. A partir daí, perdeu espaço na Igreja e na política. Agora, como leigo, começa vida nova.
O CRUZ DO COMUNISMO
Por falar em Igreja Católica, repercutiu no mundo inteiro as cenas em que o presidente da Bolívia, Evo Morales, entregou do Papa Francisco, durante visita aquele país, de um Cristo crucificado numa estrutura de foice e martelo, o símbolo maior do comunismo. O Sumo Pontífice recebeu o presente e não se pronunciou sobre ele, embora setores da igreja tenham ojerizado a atitude do chefe do governo boliviano. Unir uma imagem cristã ao símbolo comunista é uma antítese de tudo o que se aprendeu tanto na Igreja como nos “soVietes”: as duas correntes não têm como conviver juntas. Mas Evo inventou essa nova. E o Papa não disse nada contra.
MEDINA EM VILHENA
Vilhena será a única cidade rondoniense onde haverá novo curso autorizado de Medicina. Serão 2.290 vagas em todo o país e, no nosso Estado, apenas a nossa cidade no extremo sul poderá ter um novo curso destinado à área. Os demais cursos existentes continuam normalmente, mas sem aumento no número de vagas. A meta do governo é chegar, em cinco anos, num total de 600 mil médicos brasileiros. A má notícia é que, ao menos até agora, não há qualquer sinalização de que os médicos formados em Universidades da Bolívia tenham reconhecimento oficial, de forma automática, no Brasilv
E A AGENDA FEDERAL?
Postagem no Blog do governador Confúcio Moura, esta semana, deu o que falar. Ele quer que a região se torne independente, ao menos em termos de agenda de desenvolvimento, do restante do país. Veja o que ele escreveu: “estou procurando os governadores do Norte e do Centro Oeste. As regiões prósperas do Brasil. Que trabalham e produzem alimentos para o mundo. Para nos unir e juntos reagirmos positivamente. O crescimento passa por nós. Ao invés de sermos agenda federal, vamos ditar a nossa própria agenda. Construir o nosso próprio destino”. Qual seria a real tradução dessa intenção do chefe do governo rondoniense?
DORMINDO NA RUA
Dois deputados se destacaram nas manifestações dos empregados do setor de transporte coletivo, taxistas e mototaxistas: Hermínio Coelho e Jesuino Boabaid. Os dois, ao lado do vereador Fogaça e algumas outras poucas lideranças, foram para a frente da Prefeitura, acampar e até dormiram por lá, de quinta para sexta. Tinha boa comida e boa bebida, mas o sacrifício de passar a noite ao relento, em frente ao prédio da administração municipal, acabou merecendo muitos elogios das categorias a quem eles apoiam. Hermínio, ex presidente da Assembleia, é candidatíssimo à Prefeitura no ano que vem.
PERGUNTINHA
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