Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025 - 07h45
Se não houver alguma decisão judicial de
última hora, nesta quinta-feira acontecerá um dos mais polêmicos leilões para
privatização de uma rodovia federal do país. O trecho entre Vilhena e Porto
Velho, incluindo alguns quilômetros em direção ao Acre, entre 700 e 750
quilômetros da BR 364, poderá, caso o leilão desta quinta se realize mesmo, ser
entregue a uma empresa/um consórcio que não terá concorrência e que, a partir
daí, terá direitos sobre este trecho durante 30 anos. At condições são
extremamente favoráveis para quem vencer e pelo menos preocupantes para o
usuário. Por que? Ora, porque não prevê a duplicação de toda a extensão que
será leiloada. Apenas entre 110 e 133 quilômetros serão duplicados. Nos demais,
serão feitas pequenas obras, pistas laterais e um ou outro investimento mais
importante. Outra: as obras deverão começar a partir do terceiro ano da
validade do contrato, ou seja, em 2028, mas o usuário começará a pagar os sete
pedágios entre a Capital e Vilhena de imediato. No resumo da ópera, a vencedora
do leilão vai faturar algo em torno de 1 bilhão de reais por ano, mas só
precisará iniciar as obras de melhorias, incluindo a duplicação, quando tiver
colocado 3 bilhões em seus cofres.
Na bancada federal rondoniense, o senador Jaime Bagattoli não quer saber
da privatização do jeito que está planejada. Tomou duas decisões objetivas:
pediu que o Tribunal de Contas da União analise todos os detalhes do contrato e
quer que o ministro Renan Calheiros seja convocado ao Senado para explicar os
detalhes do contrato. “Fui
fortemente contrário à privatização da BR-364 desde o início e por vários
motivos. Trata-se da única rodovia que liga os estados de Rondônia, Acre e
Amazonas ao resto do país, além de ser a principal via de escoamento da produção
do noroeste do Mato Grosso e do interior de Rondônia. Sem falar dos custos que
serão pagos pela população e também pelo setor produtivo durante o
escoamento das safras, já que está prevista a implantação de vários
pedágios, ao longo dos mais de 700
quilômetros da rodovia. Não podemos privatizar as coisas de qualquer jeito,
sem pensar no impacto que isso terá no dia a dia da população”. O deputado
Thiago Flores também apresentou vários questionamentos, pedindo informações
sobre o projeto. E quer saber porque não houve participação das autoridades,
lideranças e população do Estado, na discussão da proposta.
PEDÁGIO ENTRE PORTO VELHO E CANDEIAS FOI SUSPENSO, MAS NÃO SE SABE SE
HAVERÁ OUTRAS “PEGADINHAS” NO PROJETO
A verdade é que a duplicação da BR 364,
do jeito que está posta, pode representar, por exemplo, que um caminhão de oito
eixos, que faça o trajeto de ida e volta da Capital ao extremo sul, acabe
pagando, no mínimo, 1.890 reais de pedágio. E o usuário de veículos de passeio
paguem, no mínimo, 19 reais a cada 100 quilômetros, ou seja, pagaria 133 reais
na ida e mais 133 reais na volta, neste trajeto. Por enquanto, nesta questão,
houve apenas uma vitória. Um protesto veemente de parte da bancada federal, na
época com Fernando Máximo à frente, se conseguiu mudar uma heresia proposta no
projeto original: foi retirado dele um pedágio entre Porto Velho e Candeias,
que seria perto das Irmãs Marcelinas e passado para depois de Candeias, para
quem vai ao sul. Imagine-se se esse achaque previsto contra os moradores da
Capital e de Candeias, cidades vizinhas, tivesse sido mantido?
Pegando um exemplo de alguém que
reside em Candeias do Jamari e tivesse que vir a Porto Velho para um tratamento
de saúde. Deixaria 19 reais na ida mais 19 reais na volta, naquele fatídico
pedágio previsto entre as duas cidades. Em cima deste exemplo, se poderia usar
outros milhares. São por coisas assim, já que nem sequer foram discutidas em
audiências públicas, sequer anunciadas ao público e com zero participação na
Capital, que o projeto de privatização está sendo contestado. O que mais
haveria nele que não sabemos? Enfim, vamos aguardar para ver se haverá bom
senso ou se o contrato será mantido.
QUASE UM MÊS DEPOIS,
CASA CIVIL CONTINUA SEM SECRETÁRIO E O PRÓPRIO GOVERNADOR ACUMULA MAIS ESTA
MISSÃO
O tempo passa. Caminhando para um mês
sem que a Casa Civil do governo tenha um titular, neste período quem tem nas
mãos as decisões políticas, pessoalmente, é o governador Marcos Rocha. Nos
bastidores palacianos, embora ainda se dê como certa a unção do secretário de Obras,
Elias Rezende, para substituir Júnior Gonçalves, que permaneceu no cargo por
mais de seis anos, até agora não há sinais de que isso vá acontecer de
imediato. Ouve-se que a decisão sairá após o carnaval. Nos últimos dias, foi o
próprio Governador quem recebeu deputados; quem conversou com a Assembleia para
que o Orçamento de 2025 tenha sido aprovado sem as emendas parlamentares e quem
recebeu convidados e autoridades. A questão é: até quando Rocha vai conseguir
acumular tantas missões, além das de comandar toda a estrutura do governo e,
ainda, percorrer vários municípios ou entregando ou anunciando obras e
parcerias. Não há informações oficiais, mas o que se sabe pelos corredores
(geralmente bem informados) é que o clima de tensão no Palácio deu uma amenizada
importante.
Quem mais, além de Elias Rezende, estaria cotado para a Casa Civil? O
próprio Marcos Rocha só trata do assunto com seu travesseiro. Não comenta e
quando perguntado responde que está analisando currículos e comportamentos,
antes de se decidir. Há sim nomes citados aqui e ali, mas nenhum deles pelo
próprio Rocha. Neste sentido, a boataria ainda corre solta. E as perguntas são:
quem será o escolhido? E quando? Só o próprio Marcos Rocha tem as respostas.
CIRURGIA A LASER PARA
CÁLCULOS RENAIS: TRATAMENTO RÁPIDO E INDOLOR, OUTRO AVANÇO NA MEDICINA
RONDONIENSE
Vai longe o tempo em que se dizia que os
melhores tratamentos de saúde para o rondoniense eram os aviões que partiam do
aeroporto Jorge Teixeira para os grandes centros. Hoje temos aqui não só alguns
dos melhores médicos do país em suas especialidades, como também estruturas
modernas de equipamentos cirúrgicos e para exames como os têm qualquer outro
grande centro do país. Os exemplos são inúmeros. O último vem do Hospital
Central, que além de uma equipe médica de especialistas muito qualificados,
investiu numa tecnologia moderna, que faz o procedimento por meio de cirurgias
de cálculo renal a laser. Aquela cirurgia em que as dores insuportáveis das
chamadas “pedras nos rins”, que alguns comparam a dor do parto, agora são
feitas em poucos minutos, permitindo que o paciente saia do hospital em poucas
horas e não precise mais ficar internado para se recuperar.
Um dos médicos, o dr. Alexandre Falchetti, durante uma reportagem da TV
Band, mostrou como funciona a inovação, onde a paciente que tinha não só a
famosa “pedra” os rins, mas também infecção causada pelo cálculo renal, foi
submetida ao tratamento, indolor e sem corte, já que o procedimento é feito
pelo canal urinário. Curada, pouco tempo depois a paciente já estava apta a
voltar à vida normal, agora sem dor. Da direção aos médicos e aos funcionários
do Hospital Central, todos estão comemorando mais este avanço.
MOSQUINI COMEMORA:
GOVERNO VOLTA ATRÁS E LIBERA FINANCIAMENTO DO PLANO SAFRA
A bancada da Agricultura e da Pecuária comemora. Depois de grande
pressão, o governo Lula voltou atrás e decidiu liberar 4 bilhões de reais para
os financiamentos do Plano Safra de 2024/2025. A decisão era de cortar tudo,
sob alegação de que o Congresso ainda não havia votado a Lei do Orçamento Anual
(LOA) e que, sem isso, não haveria recursos orçamentários. Na verdade, foi uma
tentativa de pressão (para não dizer um tipo de chantagem) para que os
parlamentares votassem o Orçamento, porque, sem ele, o Governo pode ficar
paralisado, quando se entra no terceiro mês do ano. As negociações duraram
vários dias. Envolveram vários políticos e o Planalto, até que saísse o acordo.
Segundo o deputado Lúcio Mosquini, da bancada do agronegócio e membro da
direção do grupo, “Isso tudo foi resultado de um trabalho político; de gestão
política, sem gritaria, sem ataques. Tudo na base do diálogo”, comemora.
Para resolver o impasse, o governo fez acordo com o Parlamento, criando
uma Medida Provisória para a utilização de recursos extraordinários, para poder
manter os financiamentos do Plano Safra. O ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, assinou o documento, já publicado no Diário Oficial. A liberação causa
um alívio ao setor produtivo. Sem os financiamentos, poderia haver grande
prejuízo à produção nacional, com acentuado aumento no custo final dos
alimentos, principalmente.
O PERIGO VEM DE CIMA:
CHUVAS TORRENCIAIS EM FEVEREIRO E PREVISÃO IGUAL EM MARÇO ASSUSTA O RONDONIENSE
De assustar! Na noite do domingo, choveu em Porto Velho e grande parte
de Rondônia nada menos do que 70 milímetros, o que era previsto para quase
cinco dias de chuva neste mês. No fevereiro inteiro, a meteorologia previu 316
milímetros, mas até o dia 24, a segunda-feira desta semana, já haviam caído
nada menos do que 42 milímetros. Quando há uma chuvarada como a que houve no
domingo, com dois temporais seguidos, um por volta das 20h30/21 horas e outro
depois das 22 horas, obviamente que grande parte da cidade fica alagada. Casas
são invadidas. Perdem-se móveis, eletrodomésticos, roupas, enfim, centenas e
centenas de famílias são atingidas. O prefeito Léo Moraes tem lutado com todas
as suas forças, reunindo equipes de diferentes secretarias e tem feito o que
pode. Aqui e ali há claras melhorias, pela limpeza de canais; por obras de
desobstrução de bocas de lobo e outros locais onde a água ficava retida em que,
mesmo com a chuva torrencial, não houve mais alagamentos. Mas, no geral, com
este problema que se acumula há décadas, não há muito mais a fazer, a não ser
esperar o milagre do dinheiro, ou seja, que Porto Velho consiga no mínimo meio
bilhão de reais para investir em obras de infraestrutura, para combater as
alagações definitivamente.
Para o mês de Março, as previsões também não são boas para a Capital e
para todo o Estado. Dos 31 dias do terceiro mês do ano, a meteorologia prevê o
que chama de “chuva pesada”, ou seja possibilidade de temporais e queda de
chuva acima da média normal, em pelo menos 12 dias do mês. O inverno amazônico
ainda não chegou nem perto do seu final e as perspectivas são ainda de muita
chuva. O rio Madeira ainda está longe de transbordar, mas rios do interior,
como o Machado, em Ji-Paraná, já está tirando famílias de suas casas. Tempos
difíceis, mais uma vez, para o rondoniense, que recém saiu de uma seca
histórica!
LULA TEM MAIOR REJEIÇÃO ENTRE SEUS
TRÊS MANDATOS: 44 POR CENTO ACHAM SEU GOVERNO RUIM OU PÉSSIMO
Ótimo: 9,3%. Bom:
19,4%. Regular: 26,3%. Ruim: 12%. Péssimo: 32%. Não sabe/Não responderam: 1%.
Os números da Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNGT),
geralmente confiável, demonstra a queda vertiginosa do atual governo perante a
opinião pública. Os que apoiam Lula, somando ótimo e bom, chegam a apenas
28,7%. Para 26,3% o governo é apenas regular, ou seja, meia boca. Já a
rejeição, com a soma do ruim e péssimo, bate nos 44%, um índice jamais atingido
pelo atual Presidente em nenhum dos seus governos anteriores. Cada vez que Lula
abre a boca, nos seus discursos de improvisos e tentativas de fazer piada com
assunto sério, os apoios a ele caem ainda mais. O maior número para o
atual mandato dele e o maior entre todos os mandatos, apontam que, em relação à
pesquisa anterior, feita em novembro do ano passado, houve queda na aprovação
do governo. Para a pesquisa, a CNT coletou 2.002
entrevistas em 137 municípios de 25 unidades da Federação. Os dados foram
levantados entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos
percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
As questões da economia, o risco de
aumento da inflação, o preço superlativo dos alimentos, comparados com os dos
últimos anos; o aumento dos preços da gasolina e do gás, contrariando as várias
promessas de campanha de que isso não ocorreria e discursos infelizes do
Presidente, certamente têm colaborado para este cenário. Infelizmente para o
Governo, não há sinalização de que a situação possa mudar, ao menos a curto
prazo. Esperemos, pois, as próximas pesquisas confiáveis, que não sejam da
Globo e nem da Folha...
EYDER MOSTRA A QUE
VEIO: MESMO COM MANDATO MAIS CURTO, TEM PRODUZIDO MUITO EM POUCO TEMPO
Parece outra pessoa, sem dúvida é outro político. O deputado Eyder
Brasil, que assumiu novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa quando o
titular dela, Afonso Cândido, foi eleito deputado de Ji-Paraná. Em seu primeiro
mandato, Eyder teve um mandato de quatro anos com muito menos brilho do que tem
tido neste pouco tempo de atuação nessa sua volta. Tem projetos importantes
aprovados, apoia inúmeras iniciativas sociais, está sempre em busca de soluções
para problemas da coletividade, tem circulado pelo Estado, ouvindo a população.
O próprio parlamentar tem dito que quer fazer dos dois anos que tem de mandato
(até o final de 2026), mais do que nos primeiros quatro anos. “Foi Deus quem me
deu uma segunda chance”, repete a quem pergunta sobre sua volta à Assembleia
Legislativa. Seu trabalho não se restringe apenas a Rondônia, mas ele tem ido a
Brasília e participado ativamente na busca de soluções para os problemas do
Estado.
Na semana passada, por exemplo, Eyder participou, junto com o presidente
Alex Redano e dezenas de autoridades do Estado, da posse do desembargador
Gilberto Barbosa como presidente do
Colégio Permanente de Corregedoras e Corregedores-Gerais dos Tribunais de
Justiça do Brasil. Ter um mandato participativo, com trabalho duro e buscando
encaminhar soluções para os problemas que afligem o rondoniense e, ao mesmo
tempo, priorizar as ações sociais em benefício dos que mais precisam, são,
segundo o parlamentar, suas metas prioritárias. Em pouco tempo neste segundo
mandato, Eyder está mostrando a que veio.
PERGUNTINHA
Neste momento em que a volta do vírus
da Covid (embora agora não de forma mortal) esteja atingindo muita gente, tanto
em Rondônia como no país inteiro, você soube de alguma decisão sobre a
suspensão dos desfiles do carnaval, locais de enorme concentração de pessoas e
onde é também superlativo o risco de contágio do vírus?
Quando se começa a ler os detalhes, no livro (The Pfizer Papers), que numa tradução livre seria Os Documentos da Pfizer, escrito por um do
USAID financiou estudos para reservas criadas em Rondônia? E Jacy Paraná é só metade da união?
Ainda sobre as 11 áreas de reservas criadas no governo Confúcio Moura, três das quais onde há moradores, gado e produção agrícola, o financiamento do
Pobres de nós, pessoas comuns, que trabalhamos duro, que queremos apenas sobreviver com dignidade. Já vivemos sob o tacão do crime, mesmo onde a pol
Foram três anos e sete meses perdidos. Desde 7 de Julho de 2021, uma quarta-feira festiva, quando começou o sonho da construção do Hospita