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Sergio Pires

A dura verdade sobre a transposição


 
A dura verdade sobre a transposição  - Gente de Opinião
 
No início da próxima semana, se não houver mudanças de última hora, o governo federal deve anunciar o início oficial da transposição dos servidores do antigo território federal para os quadros da União. Mas tudo de acordo com o que já anunciou decisão da Advocacia Geral da União. Só serão transpostos os servidores até 1987. Exceção para os da área militar (PMs e Bombeiros), que terão o benefício. É esse o resumo do que dirá a ministra Miriam Belchior ao governador Confúcio Moura e representantes da nossa bancada federal, nesta terça, dia 7, em Brasília. A partir daí, começa efetivamente a transposição de parte dos servidores rondonienses indo para folha federal, com os mesmos salários que percebem hoje e em quadros em extinção. A batalha para incluir todos os que foram contratados até 1991, ao menos momentaneamente, está perdida. Depois de efetivada a transposição dos que a AGU considera que têm direito, poderá então começar um novo esforço, que pode durar muitos anos, para estender o benefício a mais gente. O Estado, que previa economizar quase 30 milhões de reais por mês, deixará de pagar, nesse caso, apenas algo em torno de 6 milhões. Muito menos do que as festejadas previsões, tantas vezes anunciadas.
 
É importante que o servidor esteja sabendo de tudo isso, porque, com o aquecimento das campanhas eleitorais, sempre vão haver os espertos que dirão que a transposição será para todos. Não será. Aliás, político que usar desse argumento mentiroso, já deve ser descartado logo pelo eleitor, porque se o sujeito tenta enganar com falsas promessas quando ainda candidato, imagina-se o que fará quando eleito. Portanto, olhos e ouvidos atentos. A transposição, lamentavelmente, será para muito menos funcionários públicos de Rondônia do que o alardeado até agora.
 
 
 
 
 
NOVO COMANDO
 
Umimportante negóciona área de comunicação foi fechado nesta semana. Conhecido jornalista, que assina coluna em sites, deve assumir o comando de um jornal impresso que está sem circular há quase três meses. O martelo foi batido nesta semana que termina e o anúncio oficial será feito na próxima quarta-feira. Haviam outros interessados, mas que não toparam fechar o negócio. Os detalhes da negociação ainda não são conhecidos, mas a intenção é fazer o jornal voltar a circular em breve.
 
 
 
LISURA
 
Há um consenso mesmo entre adversários na concorrência: a forma como a Assembleia Legislativa está conduzindo a disputa pela verba publicitária está sendo feita com a maior lisura. E tem ainda um detalhe importante: o presidente Hermínio Coelho determinou que o edital também abrisse possibilidade de participação de pequenas empresas. Ou seja, mesmo sob intensa fiscalização, mesmo com recursos aqui e ali, até agora o processo licitatório tem sido transparente e dentro do que determina cada detalhe da legislação.
 
 
 
DEGOLA
 
A semana termina com os primeiros passos do julgamento do Mensalão pelo STF. Muita conversa, bastidores fervilhando, figuras até há pouco de grande influência na vida nacional respondendo por vários crimes e, enfim, a Justiça começará a ser feita. Até meados do mês que vem, se saberá, com exatidão, quem será condenado e quem escapará da degola do Supremo. É o assunto mais quente do país nos últimos anos. Todos os olhos estão grudados nele.
 
 
 
PESQUISA SÉRIA
 
Quem está na frente na corrida pela Prefeitura da Capital? Essa pergunta começa a ser feita em todos os cantos da cidade. Até que surja uma pesquisa realmente séria, de instituto independente, não se saberá. As pesquisas até agora são feitas por encomenda deste ou daquele candidato e, como sempre, colocam na frente, não por coincidência, quem a contratou. Dentro de algumas semanas, certamente surgirá a primeiro indício confiável de como está a batalha. Até lá, pelo menos cinco nomes aparecem com chances reais.
 
 
 
NÃO OUVIRAM
 
Os apagões na Índia, que só nessa semana deixaram sem energia quase 600 milhões de pessoas, não têm servido de alerta ao Brasil. Porque aqui, para fazer hidrelétricas – a forma de se ter energia limpa e abundante e impedir futuros apagões – é preciso ter paciência e saco para agüentar tantas leis complexas e decisões diferentes a cada instância do Judiciário. Agora, por exemplo, foram paralisadas as obras da importante hidrelétrica de Teles Pires, entre Mato grosso e Pará. Porque o Ministério Público disse que as comunidades indígenas da região na foram ouvidas.
 
 
 
NO ESCURO
 
Ora, se ouvidos, o que diriam os índios? Obviamente que são contrários à qualquer obra que mude o sistema em que eles vivem há décadas e décadas. Ou seja, nesse quesito, não se construiria um só metro quadrado para hidrelétricas em lugar nenhum. Mas como somos o país do faz de conta, onde uma lei diz que pode e outra diz que não pode, de vez em quando o bom senso prevalece. Mas só de vez em quando. Pode ser que quando tiverem que tomar decisões no escuro, nossas autoridades repensem essa questão.
 
 
 
PERGUNTINHA
 
Até quando continuarão soltos os bandidos que assaltaram um banco em Cacaulândia e fuzilaram um jovem policial militar?
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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