Terça-feira, 5 de junho de 2018 - 19h34
MESMO COM PERDA DE 32 MILHÕES EM INVESTIMENTOS,
BR 364 TERÁ AINDA 110 MILHÕES PARA OBRAS
O deputado federal Luiz Cláudio da Agricultura, do PR, traz a boa notícia, depois que foi divulgado de que as obras da BR 364, perderiam 32 milhões de reais dos 60 milhões destinados à sua recuperação. Segundo Luiz Cláudio, na verdade esse valor era de um orçamento não impositivo, para obras secundárias, como algumas de construção da terceira pista. O orçamento principal, de 87 milhões, que faz parte de uma emenda de bancada e é impositivo, esse continua intocável, para realização de obras de recuperação do trecho entre Vilhena e a fronteira com o Acre. Basicamente, segundo o parlamentar, os recursos principais continuam intocados. O que mudou foi o orçamento extra, que reforçaria um pacote de obras na rodovia federal e esse sim, foi cortado em 32 milhões, restando ainda 28 milhões apenas, para construção de terceiras pistas em pontos mais perigosos. Somando-se o valor da emenda de bancada, que é impositiva e não pode ser mexida pelo Governo com os 28 milhões da emenda extra, na verdade haverá um total de 110 milhões de reais para a 364, nos próximos meses. Mesmo assim, não se sabe quanto desse valor será disponibilizado a curto prazo e em quanto tempo as obras serão realizadas. O que tem acontecido é que, quando essas operaço9es são realizadas, quando elas chegam ao fim no último trecho, o primeiro, que foi reformado, já está destruído de novo.
Embora ainda se mantenham investimentos conquistados pela bancada federal de Rondônia para a BR 364, a verdade é que o governo cortará 1 bilhão de reais em investimentos, no sistema e transporte terrestre, de obras federais, no Brasil inteiro. Quase 400 milhões a menos nos gastos, afetarão pelo menos 40 obras importantes do país, de rodovias federais, entre as quais alguns trechos da BR 364 que receberiam uma terceira pista, nos pontos mais perigosos. Para compensar a retirada do CIDE no preço do diesel, outros 722 milhões de reais serão cortados em investimentos já previstos, para realizar obras em rodovias estaduais de todo o país, em muitos casos estradas em péssimas condições e que seriam recuperadas numa parceria entre União e Estados. Os acordos feitos com os caminhoneiros, para acabar com uma greve de 10 dias, que paralisou o país, o governo Temer teve que fazer muitas concessões, algumas delas impondo cortes de tributos que vão afetar diretamente os cofres estaduais. As perdas a médio e longo prazo ainda vão causar muitos debates e não se sabe onde mais a União buscará dinheiro para fechar o rombo da tributação diminuída no custo do diesel. Se o governo quiser segurar o preço do óleo diesel e da gasolina, por exemplo, só até o final do ano, terá que encontrar 30 bilhões de reais para cobrir o rombo...
A HORA DE RESOLVER A QUESTÃO
Parou, ao menos por enquanto, o processo de privatização da Eletrobras Rondônia, a nossa Ceron. Outra vez por decisão monocrática de primeira instância, agora na Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro. Os programas de privatização do governo, para se livrar de pragas que só consomem dinheiro público, custam caríssimo ao consumidor e prestam serviços de terceira, empacam em decisões judiciais como essa, que estão preocupadas com os empregos dos servidores, como se todos os brasileiros que não são funcionários públicos fossem obrigados a bancar toda a estrutura desses gigantes, que engordam em processos de obesidade mórbida, sem uma contraprestação digna dos serviços. Aliás, está mais do que na hora de o Brasil começar a discutir, profundamente, para que serve a Justiça do Trabalho, uma espécie de jaboticaba, porque só existe por aqui. O prejuízo que esse sistema representa para o país é de tal monta que, se fossem pagos todos os processos pendentes na Justiça do Trabalho, durante um ano inteiro, esse valor seria a metade do que custa, para os cofres, toda a gigantesca estrutura deste tipo de Justiça. Estamos a caminho de acabar com a República Sindicalista. Mas ela jamais terá um fim definitivo, enquanto existir a Justiça do Trabalho.
BOLSA FAMÍLIA EM RISCO NA CAPITAL
São mais de 21 mil famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, só em Porto Velho. Para surpresa dos controladores do programa, até agora apenas 4 mil dessas famílias compareceram à Secretaria Municipal de Saúde para atualizar seus dados. Caso não o façam até 29 deste mês, todos correm o risco de perderem o benefício. Só em 2017, mais de 2.500 famílias deixaram de comparecer aos postos de atualização dos dados, para poderem continuar recebendo o dinheiro do programa. Outras 17 mil também estão devendo as visitas bianuais de confirmação de que estão aptas a continuar fazendo parte do maior programa social já criado no país Postos de saúde também estrão estendendo horário de atendimento, para atender principalmente as grávidas que fazem parte do programa e recebem o benefício. Todos os beneficiários do Bolsa Família precisam fazer visitas de atualização aos órgãos públicos que tratam do assunto, ao menos duas vezes por ano. Uma no primeiro semestre, outra no segundo. Até essa semana, mais de 80 por cento dos participantes do programa ainda não tinham se castrado, parte no segundo semestre de 2017 e grande parte no primeiro semestre deste ano. Ou seja, milhares de pessoas estão correndo o risco de terem cortados seus benefícios do Bolsa.
ASSASSINOS À SOLTA!
Vários dias depois do brutal e covarde assassinato do caminhoneiro José Batistella, de Jaru, morto por uma pedrada jogada contra seu caminhão, já no fim doa paralisação dos motoristas que paralisou o país, a verdade é que a polícia ainda não tem qualquer pista do assassinato ou dos assassinos. Há muita informação desencontrada, algumas poucas suspeitas, mas, a grande verdade é que o crime de Vilhena continua impune. O que a polícia já sabe é que outros caminhões também foram atingidos por pedradas e um deles também teve o vidro dianteiro quebrado, mas o motorista saiu ileso. Batistella, a vítima fatal, estava há nove dias parado na BR 364, esperando para levar sua carga de madeira ao interior de São Paulo. Ele e dezenas de outros profissionais, que queriam sair a greve, porque as conquistas da categoria já havia sido consolidadas, estavam sendo ameaçados por criminosos radicais, infiltrados no movimento e que não aceitavam o fim do movimento. Quando tentou sair para entregar sua carga, o caminhão foi atingida por uma pedra enorme, jogada de um carro em movimento, que atravessou o vidro e causou traumatismo craneano fatal no profissional de Jaru. Está na hora da polícia dar resposta à sociedade e prender o criminoso que praticou esse crime covarde.
PASTOR É NOME PARA O SENADO
A nonimata de pré candidatos ao Senado só cresce. Além dos nomes mais conhecidos com mais chances, como Confúcio Moura, Expedito Júnior, Jesualdo Pires, Valdir Raupp e Aluízio Vidal, não necessariamente nessa ordem, todos os dias aparecem novos postulantes. Já há nomes como os de Bosco da Federal e do advogado Caetano Neto, que sonham em entrar na briga. Agora, surge outro nome que, por suas ligações com a Igreja Universal, que consegue eleger muita gente, já entra como forte pretendente. Ninguém menos que o Pastor Edésio Fernandes, vereador em Porto Velho, com longo experiência em cargos políticos no interior de São Paulo, que agora entra na lista dos senatoráveis. Os representantes da Universal, ligados ao partido PRB, seguem as orientações da cúpula da Igreja e concorrem aos cargos de acordo com o que é decidido para eles. O Pastor Edésio teria as opções de manter-se vereador ou concorrer a uma vaga à Assembleia Legislativa. Não iria para a Câmara Federal porque, para essa vaga, já havia sido escolhido o nome do atual deputado Lindomar Garçon, que vem como um forte candidato à reeleição, exatamente pelo apoio que receberá deste importante segmento evangélico. No final, a missão de Edésio Fernandes foi o de concorrer ao Senado. Ele já confirmou oficialmente que é pré candidato e está na briga por uma das duas cadeiras a que Rondônia tem direito nesta eleição de outubro.
FRIO SULISTA
Nordestinos e nortistas sofreram muito com o frio que chegou a Rondônia nestes últimos dias e que já está indo embora. Desde o domingo passado, as temperaturas despencaram na região, chegando a cerca de 15 graus em Rio Branco e a 18 graus em Porto Velho. A grande colônia gaúcho, paranaense e catarinense sentiu menos o frio, pelo hábito de ter vivido em regiões onde os invernos são extremamente rigorosos. Mas as gerações que já nasceram em Rondônia e não tinham convivido com um frio mais forte, se assustaram com o que ocorreu no fenômeno que não é raro na região, embora poucas vezes tenha feito baixarem tanto os termômetros. Para se ter ideia, a mínima nesta terça em Rio Branco, foi igual à de Porto Alegre, na manhã desta quarta: em torno de 15 graus. Pouco acima dos 11 graus na serra gaúcha, que beirou os dez graus. Porto Velho teve, na terça, a temperatura máxima de 27 graus, o que é normal no começo dos dias de calor mais intenso. Já Vilhena começou o dia com 15 graus e também teve a máxima de 27. Vamos sofrer por aqui, com o frio, mais um ou dois dias, pelo menos.
A CAERD AINDA RESPIRA
Ao menos uma luz no final do túnel. Menos de um mês à frente da Caerd, o novo presidente, escolhido por funcionários e apoiado pelo governador Daniel Pereira, conseguiu uma economia de 1 milhão de reais nos gastos da estatal. Como? O ex sindicalista José Irineu Soares, explicou que já exonerou 69 comissionados, cortou comissões e gratificações e com isso chegou a toda essa enorme economia. Foram devolvidos também aos seus órgãos de origem, todos servidores que eram cedidos, mas com ônus para a Caerd, com o agravante de que, em alguns casos, apaniguados recebiam altos salários e até o dobro disso em gratificações. Era uma verdadeira Casa da Mãe Joana, em termos de gastos desnecessários. José Irineu lembra que a estatal faturava 14 milhões por mês e caiu para 10 milhões, numa sucessão de prejuízos que causaram a derrocada dela. Mesmo com os salários dos servidores atrasados, já há ao menos uma perspectiva de que, em curto espaço de tempo, essa questão seja normalizada. O mês de janeiro já foi pago e fevereiro está na reta final. O presidente garante que fará tudo para normalizar os salários e melhorar o atendimento à comunidade Com mais de 600 milhões de reais em dívidas atrasadas e quase quebrada, resta ainda alguma esperança para que a Card. não sucumba. Será que ainda tem jeito?
PERGUNTINHAS
Pelo movimento nas ruas, pela emoção no ar, você se sente contagiado por esse maravilhoso clima de pré Copa do Mundo? Ou acha que essa ironia cabe muito bem no contexto de que cada vez menos brasileiros dão atenção a essa competição mundial de futebol?
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