Terça-feira, 27 de fevereiro de 2018 - 20h58
ACIR FORA DO JOGO? SEM ELE, MUDA TUDO
NA DISPUTA PELO GOVERNO RONDONIESE
E agora? Embora seus aliados reafirmem que ele é candidatíssimo, a condenação do senador Acir Gurgacz, pela 1ª Turma do STF, a quatro anos e seis meses, influirá sim na sua candidatura ao Governo. Há ainda prazos, recursos, ampla defesa e queixa pela dureza do resultado do julgamento, que o próprio Acir considerou extremamente injusto, mas a verdade é que a decisão no Supremo afeta os planos do empresário do PDT e pode tirá-lo da corrida pela sucessão de Confúcio Moura, ele que sempre esteve na relação dos que têm chances reais de ocupar a cadeira do Governador, desde pelo menos os últimos três anos. A defesa de Gurgacz bateu na tecla de que o caso em que ele foi condenado, ocorrido em 2003, há uma década e meia atrás, quando ele estava afastado da direção da Eucatur (e quando não ocupava nenhum cargo público), de que ele apenas assinou documentos como avalista. Os membros da 1ª turma não aceitaram os argumentos e a condenação caiu como uma bomba entre os milhares de eleitores, seguidores, amigos e correligionários do senador. Ele não corre o risco de prisão, mas sim de perder o mandato, dependendo de uma decisão do próprio Senado. Além disso, para a turma do STF que o condenou, ele está inelegível. Se isso se confirmar, muda tudo nos projetos de Gurgacz e sua turma. E o grande beneficiado será Daniel Pereira, que ainda não havia decidido se será mesmo candidato ao Governo, mas agora será ainda mais pressionado para entrar na briga, nesta jogada de azar para Gurgacz e de grande sorte para ele, Daniel, já que a candidatura está caindo no colo dele. Pode ir para a disputa estando no Governo, com a força do poder e viria não só com apoio do PSB, seu partido, mas também do próprio Gurgacz, com seu PDT e todos os seus aliados, incluindo ainda o PT.
A sucessão estadual, portanto, está longe de uma definição, faltando ainda uns três meses para que os nomes dos candidatos sejam oficialmente conhecidos. O líder de todas as pesquisas, Ivo Cassol, pode ser ou não candidato. Se for, tem grande chance. Se não for, entra nela seu aliado de sempre, Expedito Junior. Os dois estão unidos de novo, depois de algum tempo de afastamento. Caso se confirme Acir fora, Daniel chega como uma espécie de surpresa, embora nas últimas semanas seu nome tenha sido amplamente comentado como um candidato em potencial. Maurão de Carvalho, cada vez mais consolidado perante o eleitorado, é o candidato do MDB e, até agora, o único realmente certo na disputa. Chegará em breve, ainda, o procurador do MP, Héverton Aguiar. Que outras surpresas ainda surgirão, até que se saiba, finalmente, quem serão os adversários de Maurão, o único nome já certo na corrida pelo palácio Rio Madeira/CPA? Agora, é guerra de bastidores e batalhas com golpes acima e abaixo da cintura. E a novela está longe de terminar!
MAS...FALTAM 17 MILHÕES
A história dos viadutos da Campos Sales tem novo capítulo. Tudo vai de vento em popa e toda a estrutura dela deve estar pronta até junho, no máximo julho, seis meses antes do previsto no contrato, o que é algo inédito em termos de obras públicas. Mas... e sempre tem o “mas”, quando se trata de questões que dependam de verbas federais, a verdade é que faltam ainda 17 milhões de reais, necessários para a conclusão de toda a estrutura, incluindo parte da Prudente de Moraes e o restante da pista marginal, até o Areia Branca. Sem isso, não há como concluir todo o complexo dos viadutos. Os primeiros 9 milhões empenhados e liberados, estão servindo para acelerar o serviço muito acima do que se poderia esperar, tal a velocidade com que as coisas estão sendo feitas. Mas a falta de empenho de 17 milhões é extremamente preocupante. O deputado Luiz Cláudio, do PR, companheiro de partido e amigo pessoal do ministro dos Transportes, Maurício Quintela, já teria dito ao pessoal do Dnit para que continue trabalhando sem preocupação, porque o dinheiro que falta será liberado sim. Contudo, enquanto o empenho não for feito, haverá insegurança. Será que o que já estávamos comemorando, vai ter problema de novo? Tomara que não!
MAURÃO E OS 507 PMS
O presidente Maurão de Carvalho entrou com todo o seu prestígio e poder, na batalha em defesa de 507 policiais militares, aprovados em concurso e que até agora não foram chamados. Caso não o sejam até maio, perderão o prazo, pois o concurso perderá sua validade. O governo do Estado alega que não tem recursos, esse ano, para as contratações. Maurão contra atacou, lembrando que os gastos do Estado serão somente a partir do ano que vem, já que nesse ano os PMs aprovados teriam que cumprir o tempo da academia. O presidente da Assembleia foi mais longe: disse que se o problema for o financiamento para a realização do curso, a ALE pode abrir mão de algo em torno de 3 milhões de reais (apertando muito o cinto, conforme sublinhou Maurão), para que os 507 policiais possam fazer todos os preparativos e estejam aptos a ir para as ruas, ajudar na segurança pública, a partir do início de 2019. Com essa proposta, certamente o Governo do Estado não terá como dizer não, até porque o déficit de PMs nas ruas é enorme.
BANCO DO BRASIL É O TERROR
O que o Banco do Brasil está fazendo com seus clientes e funcionários é daqueles absurdos que só no nosso país pode fazer uma instituição oficial, bilionária, com lucros exorbitantes, que cobra os juros mais caros dos mundo e ainda trata seus correntistas como idiotas. O BB está eliminando seus funcionários e transformando a vida dos seus clientes num inferno. O atendimento via telefone, pelo 4003 3001, só pode ser uma pegadinha. Uma gravação foi colocada para atender as milhares de chamadas, só que ela é totalmente incompreensível. Parece que alguma pessoa, com grave deficiência de dicção, foi colocada para atender os pobres coitados, desesperados para falar com alguém, para resolver seus problemas já que, nas agências, os atendimentos personalizados foram extirpados, com a demissão de dezenas de funcionários. Pela internet, tem que se ter muita sorte para conseguir entrar no sistema, já que uma hora uma coisa não funciona, outra hora o problema é diferente. Cliente que se cadastrou pela internet passou o dia tentando entrar na sua conta, mas não conseguiu. É uma coisa lastimável. O Banco do Brasil quer eliminar o atendimento físico, enquanto o que faz via telefone ou pela internet é ridículo. Tem que se destacar, apenas, o esforço e dedicação de alguns funcionários que sobraram, que fazem o possível para não abandonar os clientes. Mas, até agora, ninguém interveio, ninguém protestou, ninguém fez nada. Onde está o Sindicato dos Bancários, nessas horas?
E PARA O POVO? ZERO!!!
O ouro, em abundância em vários rios e regiões da Amazônia (em Rondônia, o Rio Madeira é um dos mais auríferos do mundo), atrai cada vez mais gente, entre os quais, claro, muitos criminosos. Fosse legalizada sua extração e controlada pelo Estado, obviamente que os enormes recursos que nossa rica região produz, daria para resolver praticamente todos os problemas sociais que temos. Como a questão do ouro e dos diamantes que abundam em nossa Rondônia é coisa tratada sob a ideologia marinista, ou seja, sob a égide de ONGs internacionais, que aqui mandam e desmandam, com leis fajutas e que na verdade não protegem o meio ambiente, de vez em quando as autoridades fazem alguma operação, para desbaratar quadrilhas que vivem na ilegalidade do ouro, principalmente. Foi o que aconteceu ontem, como uma espalhafatosa operação da PF em vários Estados, incluindo Rondônia, para prender uma quadrilha que usufruía das fortunas que o ouro proporciona, obviamente na ilegalidade. É inacreditável a burrice no entorno desse assunto. Se tudo fosse controlado pelos governos (União e Estados), todos estariam com os cofres cheios e não se gastaria milhões de reais com grandes operação policiais, para prender meia dúzia de criminosos e contrabandistas. Em nome da ideologia, nossas riquezas vão embora e não deixam um só centavo para que o povo, verdadeiro dono de tudo, possa usufruir. Uma vergonha!
ARMAS BOLIVIANAS NO RIO
A questão do policiamento de fronteiras, ao menos até agora, não foi anunciada como prioridade pelo ministro do novo Ministério da Segurança Pública. Raul Jugmann está muito preocupado com o Rio e outros estados, mas não falou nada, ainda, sobre o maior de todos os problemas: as fronteiras escancaradas para o crime, como a de Rondônia com a Bolívia, num total superior a 1.300 quilômetros. Aliás, pode ter sido em algum desses pontos da fronteira que passaram, incólumes, dezenas de armas pesadas e mais de 40 mil munições que foram apreendidos, num lance de sorte, na entrada do Rio de Janeiro. Parte dos fuzis, pistolas, carregadores e munições pode ter vindo do Exército da Bolívia, já que havia etiquetas no carregamento, tudo novo, da empresa Fábrica Boliviana de Municiones, que abastece as Forças Armadas do nosso vizinho. Outra parte do armamento pesado apreendido, em inspeção numa rodovia federal de acesso ao Rio, veio do Paraguai e, coincidentemente, de uma outra empresa, que fornece material bélico para o Exército paraguaio. Enquanto não houver uma política de controle das nossas fronteiras, combatendo a livre passagem de armas e drogas em abundância, o crime organizado continuará sendo abastecido. Não há solução mágica. Qualquer um que entenda um pouco de segurança sabe que a raiz do problema, sua causa, são as fronteiras desguarnecidas. O resto tudo é consequência.
TAXIS, MOTOTAXIS, UBER...
Olho na Câmara Federal, nesta quarta. Deve entrar na pauta a votação da lei que regulamenta o transporte de passageiros, em todo o país, pelo sistema Uber e outros aplicativos. A expectativa é muito grande, não só entre os que já estão atuando nesse tipo de serviço, que atendeu perto de 20 milhões de pessoas no Brasil, apenas no ano passado. Basicamente, caso seja aprovado do jeito que está e não sofra novas mudanças, a lei vai lavar as mãos do governo federal e jogar para os municípios a responsabilidade de regulamentar não só o Uber e outros aplicativos, mas também todos os demais serviços de transporte de passageiros. Uma mudança, que está sendo contestada pelos que trabalham através do aplicativo, pode passar a valer: a Câmara vai autorizar que as Prefeituras cobrem impostos do serviço, que hoje não paga qualquer tributo. O presidente Rodrigo Maia anunciou que o assunto estará na pauta nesta quarta. Certamente haverá grande mobilização, principalmente dos taxistas e mototaxistas, que querem igualdade de tratamento com os transportadores particulares. Já os que utilizam o Uber para transportar passageiros, querem que o sistema continue funcionando como está hoje. É briga complexa, que pode mexer com toa a estrutura do transporte de passageiros do país. Esperemos, pois, para ver o que vai dar...
PERGUNTINHA
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