Sábado, 11 de novembro de 2017 - 22h03
JI-PARANÁ, QUARENTONA NO AUGE, ABRE MAIS
DE CINCO MIL EMPREGOS EM POUCO TEMPO
Quando sai de casa bem cedo, para sua batalha diária, Jesualdo Pires agradece e se considera um sujeito de sorte. Chegou à cidade como um engenheiro em começo de carreira, em 1983 e acompanhou, nas últimas décadas, o grande crescimento da cidade em que hoje ele é o Prefeito pelo segundo mandato. Quando comemorar seus 40 anos de fundação, neste 22 de novembro, a segunda maior comunidade de Rondônia, referência em todas as áreas em que se vá analisar, terá muitos avanços positivos a comemorar. Que outra cidade do mesmo porte, no Brasil, abrirá, de uma só vez, mais de 3.500 empregos diretos e outros 1.500 a médio prazo, pelos empreendimentos que recebe? Que outra cidade tem tantas obras andando ao mesmo tempo, como a Ji-Paraná, que deu um salto qualidade de vida da sua gente, graças a uma sucessão de boas administrações, até chegar a do próprio Jesualdo, que, ele mesmo, dedica todo o seu esforço para melhorar a cidade que o recebeu como um dos seus? Hoje com 140 mil habitantes, Jipa comemora a conclusão do Anel Viário, por exemplo, considerada senão a maior, ao menos uma das maiores obras do governo Confúcio Moura, que vai desviar da cidade cerca de 2 mil carretas que atravessam a BR 364, todos os dias. Tem também os melhores índices na Educação do Estado. A saúde pública deu um salto. É o único entre os 52 municípios, com nota máxima nesse setor. As obras de infraestrutura , nestes últimos cinco anos, cresceram de forma muito positiva. Não é de graça que grupos econômicos poderosos, como o Marfrig e o Atacadão, estão se instalando por lá. O fazem pela posição geográfica da cidade, por toda a sua estrutura e também pela forma rápida com que seus pleitos são atendidos, na medida em que a burocracia foi reduzida a tal ponto que, em menos de duas semanas, a Prefeitura dá o alvará para uma nova empresa. Compara-se com Porto Velho, onde nenhum empreendimento abre uma porta com menos de seis meses e se verá a enorme diferença que isso representa.
As comemorações dos 40 anos já começaram e culminam vários eventos no dia 22. Emenda-se com as festividades de final de ano, onde a decoração natalina da cidade é um espetáculo à parte. Ji Paraná é uma quarentona que está em seu auge. Claro que não há só notícias boas. Ainda há deficiências no abastecimento de água e a insegurança pública, como em todo o Brasil, deixa a população assustada. Mas nas ações que dependem do município, é inegável o salto que a cidade deu. É por isso que Jesualdo, que ali chegou com apenas um ano de formado, se acha um sujeito de sorte. Escolheu para viver e hoje comanda um dos mais progressistas municípios do país. E ele fica aqui, na Amazônia, distante dos grandes centros. Mas é tudo o que se pode imaginar de uma cidade em que se gostaria de viver.
UMA HISTÓRIA REAL
Não tem coitadismo, nem cota, nem mutreta, nem protecionismo. Apenas esforço, suor, meritocracia. Por isso, vale a pena reproduzir texto publicado nas redes sociais pela dra. Elisa Augusta, Juíza do Trabalho, de Porto Velho. Vejam só: “Nove anos. Esse mês faço aniversário de Magistratura. Não devo favor a político nenhum ou a qualquer pessoa. Cheguei aonde cheguei por mérito próprio. Aliás, tenho sim uma dívida, com o fiel cumprimento das leis e Constituição. Devo a efetividade dos direitos aos jurisdicionados. Venho de família simples. Minha mãe é cabeleireira e a única coisa que eu tinha garantida era um cabelo bonito. Após me formar passei no primeiro exame de ordem que realizei e comecei a advogar. Acordava às 5 da manhã e dormia cinco horas por noite na busca do meu sonho”, relata a jovem e respeitada Magistrada. Mas a história continua...
SÓ MÉRITO PESSOAL
Ela mesmo escreveu: “certa vez havia acabado de ser reprovada, queria chorar e não pude, pois haveria uma nova prova em três dias. Enxuguei algumas lágrimas em cima do livro mesmo. Ali, embora não soubesse, eu havia superado o último obstáculo ao meu sonho. Minha determinação se tornou maior que minha frustração e também que meu próprio sonho. E foi nessa prova de sentença que eu passei com média 9. Por isso, caros amigos, não importa se você tem poucos recursos. Se sua determinação for maior que sua capacidade de se lamentar e que seu próprio sonho, você chegará exatamente onde quer. Seja maior do que o seu sonho, lutando de verdade por ele. Você não só o realizará, mas ficará mais forte e crescerá como pessoa”. Precisa dizer mais alguma coisa sobre esta mulher notável, filha de uma cabeleireira lutadora, que chegou onde chegou apenas por seu próprio esforço e sua luta?
CARAS NOVAS SE PREPARAM
O procurador Héverton Aguiar está se mobilizando. Já é um destaque especial seu trabalho excepcional em defesa das mulheres, pela melhoria das delegacias especializadas no atendimento a elas e em campanhas que mobilizam centenas de pessoas, contra a violência assacada à mulher. Héverton se prepara para deixar suas funções no Ministério Público, onde está prestes a se aposentar, para seguir novos rumos. Um deles é a política. Não são poucas as lideranças que o tem procurado, para saber de suas ideias e projetos, numa eventual candidatura ao Governo. Há quem ache que em tempos de caras novas, o Procurador, reconhecido por seu trabalho contra os organizações criminosas e em defesa do público feminino e dos direitos humanos, poderá ser uma alternativa para 2018. Da área do Judiciário, continua surgindo também com força o nome do desembargador Gilberto Barbosa, respeitadíssimo por sua competente atuação, outro que aposentará a toga e que pode começar uma carreira política. Ambos, por enquanto, não querem falar oficialmente sobre o assunto. Só o farão quando deixarem suas atuais funções.
TUCANOS UNIDOS?
Ouviu-se, sim, vez ou outra, uma voz mais alterada. Houve discussão e até debate acirrado. Quando os tucanos que realmente decidem, se trancaram numa sala na sede do diretório de Porto Velho, neste sábado pela manhã, o clima não era de concórdia. Quando a porta se abriu, depois de longo tempo, só sorrisos e abraços. O grupo liderado pela deputada federal Mariana Carvalho, eleita presidente regional do PSDB, ganhou a queda de braço. Mas a turma de Expedito Júnior, o presidente que saiu, depois de dois mandatos, não saiu derrotada, já que conseguiu também bons espaços no partido. Além da tucanada, dois pré candidatos ao Governo, ávidos pelo apoio da sigla, lá estiveram. Tanto Maurão de Carvalho quanto Acir Gurgacz acompanharam o desenrolar da convenção. Maurão ficou até o fim, para sair na foto, depois dos acordos fechados, comemorando com a cúpula do partido a paz assinada. Neste domingo, a convenção estadual será do PDT, com a presença do presidenciável Ciro Gomes. O partido vai confirmar Gurgacz como seu nome à sucessão e Confúcio Moura.
CADÊ OS 700 MILHÕES DAS BRS?
O DNIT de Rondônia, assim como o do Acre (e lá também o DER), estão sob investigação pesada, em função do desenrolar da Operação Buracos, deflagrada dias atrás pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, CGU; Tribunal de Contas da União, TCU; Tribunal de Contas, TCU; Receita Federal e Ministério Público Federal. Embora os maiores rolos envolvam os acrianos, a operação bateu sim nas portas da superintendência, em Porto Velho. O que se ouve é que foi designado o servidor Marcelo Almeida Pinheiros, que teria vindo de Brasília para assumir o posto, enquanto o trabalho investigativo continua. A Operação detectou desvios na ordem de 700 milhões de reais, que deveriam ter sido utilizados em obras de recuperação de rodovias federais em Rondônia e Acre e, principalmente, na temida BR 364, uma rodovia que a cada dois dias mata uma pessoa, por sua péssima qualidade. Detalhe da Operação Buracos, que em breve vai ter números e nomes divulgados: apenas dois dos denunciados, teriam recebido, em suas próprias contas bancárias (nem sequer tiveram o cuidado de esconder), nada menos do que 20 milhões de reais. Dez milhões para cada um. E vem ainda coisa pior por aí...
UM DIA HISTÓRICO
O 11 de novembro marca um dia histórico para o Brasil. Depois de décadas de protecionismo, de atraso, da ditadura dos sindicatos e da desnecessária Justiça do Trabalho ajudando a destruir empresas e diminuir empregos, surge uma luz no fim do túnel, com alguma modernidade na nova legislação nas relações do capital e do trabalho. É ainda incipiente, um “puxadinho”, ao invés de uma reforma à altura do que o país precisa, mas já é ao menos um pequeno passo à frente. Os mais de 13 milhões de desempregados demonstram claramente que estivemos na contramão do crescimento e da ampliação dos postos de trabalho, principalmente na última década. Agora, há chance real de ao menos parte deles voltarem ao mercado. Nesta sexta, pequenos grupos de servidores públicos, os que menos serão atingidos pelas reformas, porque para eles a população que não tem as mesmas benesses e direitos continuará bancando a estrutura do Estado, como instituição, com seus impostos, programaram protestos contra as mudanças. Fracasso total. Não se viu trabalhadores nas ruas, a não ser sindicalistas e funcionários públicos. Em Porto Velho, a participação no movimento de protesto foi menos que pífia. O Brasil começa a mudar para melhor. Bem devagar, mas começa sim...
PERGUNTINHA
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