O CASO DO JOER: OPÇÃO ENTRE APOIAR
O SUPERFATURAMENTO OU LEVAR PEIA
Há uma grita de vários setores, exigindo a realização dos JOER. O ideal é que a grande festa tivesse sido realizada, até porque centenas de estudantes a esperam durante o ano inteiro. Mas há coisas que precisam ficar claras. A estrutura preparada para os Jogos estava eivada de irregularidades, de superfaturamento, de maracutaias. Tudo imediatamente denunciado pelo Tribunal de Contas. Confúcio Moura não teria nenhum outro motivo para optar pelo cancelamento dos JOER. Pelo contrário. Sabia que sua decisão traria prejuízos políticos e muita peia. Chamou seu secretário de Educação para avaliar o caso. Ele e Júlio Olivar analisaram a situação por vários ângulos e a decisão não poderia ter sido outra. Dar fim à mamata que estava sendo preparada e que custaria, ao final, pelo menos três vezes de um evento do mesmo porte, se fosse feito com seriedade e respeito ao dinheiro público.
Confúcio e Olivar concluíram que seria melhor para Rondônia, não permitir o achaque aos cofres públicos, embora ambos estivessem muito bem conscientes dos prejuízos políticos para cada um e para o governo como um todo. Sabiam da “pauleira” que viria contra eles. A pressão é enorme, principalmente de parte dos que vão perder a “boquinha”. Como um setor que faturaria mais de 1,3 milhão, quando uma estrutura séria poderia fazer todo o trabalho por um terço deste valor. O superfaturamento é patente, as irregularidades imensas, os prejuízos aos cofres públicos seriam irreversíveis. Mas, sem paixão, sabe-se que dessa vez Confúcio acertou. Optou por colocar a cara a bater do que permitir que houvesse mais um assalto ao dinheiro do povo rondoniense. Claro que há os que, muitos sem saber do rombo que seria a realização do JOER como estava projetado, continuarão xingando. Mas, quando essa história for contada em todos os seus detalhes, certamente a maioria dos rondonienses agradecerá ao governador e ao seu secretário de Educação.
VAMPIROS
Ainda sobre o tema, a população pode se sentir prejudicado quando um evento como o JOER é cancelado. Mas também precisa se informar muito bem sobre onde seriam gastos quase 11 milhões de reais, dinheiro suficiente para várias outras benfeitorias no Estado. Perder um evento como esse tem outra vantagem, com gosto de vingança: corta o sangue que os vampiros da corrupção sugam dos cofres públicos.
SÓ DCS
Como a coluna antecipou, não há qualquer vestígio de que o Governador vá mudar sua equipe, pelo menos de primeiro escalão, nas próximas semanas. Dos secretários, aliás, Confúcio tem ouvido apenas uma queixa comum: nenhum deles aguenta mais tantos pedidos de CDS. Há os que, inclusive, atendem de porta aberta, para tentar constranger o visitante pidão. Nem isso tem funcionado.
DEPURAÇÕES
Nas próximas semanas, começa a primeira fase da depuração para os nomes que pretendem disputar a Prefeitura de Porto Velho em 2012. Da dezena e meia dos que se falavam, uns três ou quatro já caíram fora. Os grandes partidos vão realizar encontros para dar o pontapé inicial à disputa de 2012. Até agora, não se confirmou nenhuma das lideranças mais conhecidas. O segundo semestre promete...
PRIORIDADE TOTAL
Tivessem as vítimas dos bandidos um terço do apoio que o Conselho Nacional de Justiça dá aos presos no Brasil, a epidemia da violência e da falta de segurança pública já estaria resolvida. O CNJ veio a Rondônia e considerou tudo errado, denunciou superlotação e outros casos. Nem uma palavra, - NENHUMA – ou ao menos uma oração pelas vítimas dos que estão presos.
MORTO NÃO VOTA
Como sempre, como morto não vota, a classe política cada vez mais se preocupa com os vivos, porque preso já vota e seus familiares também. Quem morre, não tem mais título de eleitor. Então, o negócio é ignorar a tragédia que se abate sobre a maioria do povo brasileiro, vítima da terrível violência. E criar cada vez mais leis que facilitem o crime e protejam os bandidos. Daí dá voto.
FALOU E DISSE
Pode-se falar o que quiser do ex-ministro Nelson Jobim, menos que ele se acovarde e deixe de falar o que pensa por causa de algum cargo público. Jobim falou tudo o que queria e, quando sentiu que o atual governo não era sua turma, caiu fora. E é bom lembrar que ele não ganhava um só centavo como ministro. Já atingia o teto salarial máximo como aposentado pelo STJ.
OFENSA PÚBLICA
A vereadora Elis Regina extrapolou. Denunciou da tribuna o secretário municipal Jair Ramires como “chefe de quadrilha”, apontando que ele estaria usando máquinas contratadas pela Prefeitura para pagar uma dívida particular. Investigado o assunto, inclusive pelo MP, ficou claro que a denúncia da vereadora era falsa. Completamente. Jair, ofendido, vai à Justiça. Nesse caso, com toda a razão.
AGORA VAI!
Finalmente, o Ministério Público Federal resolveu entrar na jogada para investigar a forma como a Eletrobras Rondônia (ex-Ceron), atende seus consumidores, tanto na Ouvidoria como no famigerado 0800, que está sediado no Rio de Janeiro. Pode ser que com a interferência do MP, haja um pouco mais de respeito aos rondonienses, que nunca conseguem respostas. Isso, quando são atendidos.