O MILAGRE DA CIÊNCIA E DA MEDICINA
VINDO DA BAHIA DE TODOS OS SANTOS
Num 2011 tão cheio de tragédias, dramas, mortes, notícias ruins, dá para se pinçar alguma coisa boa? Claro que dá. Houve avanços no Brasil como país, pelo menos em algumas áreas. Muita gente melhorou um pouco, outros tantos se mantiveram, houve mais preocupação com os pobres e miseráveis. Crescemos como economia, tornando-nos a sexta mais forte do Planeta. Mas, a melhor notícia não veio daí. Veio do campo da ciência e da medicina. Veio lá da Bahia, terra de todos os santos, do sotaque diferente, de Caetano, Gil e Ivete Sangalo. Veio de um grupo de médicos especialistas que mostrou que milagres podem acontecer também na vida real. Eles fizeram o milagre. Tiraram da cadeira de rodas uma pessoa que há nove anos e meio vivia enclausurada nela e a fizeram andar. Graças a um transplante de célula-tronco (aquele mesmo método que idiotas fanáticos são contra, que religiões não aceitam e até países reacionários combatem), um policial militar, vítima de acidente de trânsito e que ficou paraplégico, deu seus primeiros passos. Ainda inseguros, ainda amparado, ainda de muletas. Mas andou e o milagre se fez. E até pedalando está.
“Antes eu tinha um tronco que estava vivo e pernas que não respondiam. Agora eu percebo que elas estão vivas, pertencem a mim e depende de mim para que elas acordem”. Essa foi a frase dita pelo paciente, cujo nome vem sendo mantido em sigilo, ao comemorar sua trêmula caminhada inicial, ponto de partida para muitas outras. Alguém aí quer notícia mais maravilhosa que essa? Da ciência e da medicina transformando a vida perdida das pessoas? Se o absurdo fanatismo religioso, se crenças medievais não impedirem o crescimento das pesquisas, as células-tronco vão ser o caminho da redenção humana. E, nesse quesito, nosso Brasil – e especialmente os baianos – estão dando show de competência.
O CHÃO TREMEU
Na política rondoniense, o fato mais importante do ano foi, sem dúvida, a Operação Termópilas. Levou à cadeia o presidente do poder, Valter Araújo e envolveu pelo menos outros sete membros da Mesa Diretora numa série de acusações de desvios de dinheiro público. A presidência interna da Assembleia caiu no colo de Josér Hermínio Coelho, que nada teve a ver com o rolo.
VEM MAIS POR AÍ...
O esquema teve a participação de vários servidores do Estado. Valter está foragido, vários membros do grupo ainda estão presos e alguns já foram soltos. Foi um baque na política rondoniense, deixando todos os demais assuntos num plano muito secundário. A pior notícia ainda está por vir: vai chegar ao público ainda mais podridão do esquema. Em breve.
NOVO ESTILO
Como foi o primeiro ano do governo Confúcio Moura? Médio. Houve avanços em algumas áreas, mas outras, como a saúde e a segurança, ficaram na mesma e, em alguns casos, piores. O estilo de governar de Confúcio é muito diferente de Cassol. O ex-governador era duro, mandava mesmo, demitia e fazia alarde. Confúcio faz muitas coisas, mas em silêncio. Demitiu vários assessores e poucos ficaram sabendo.
OBRAS E ESTRADAS
O que deu certo? No setor de obras civis, estão sendo realizadas quase 80, algumas delas já concluídas. Falta a principal, o CPA, que só fica pronto em março. Nas estradas, o governo deu uma geral no Estado e avançou bastante. Não ficou atrás dos programas de Cassol, nessa área. Na educação, começa a implantar a escola integral. No mais, ainda está tentando firmar os pés no chão.
MISTUREBA
O maior problema de Confúcio Moura foi a amálgama de partidos que com ele assumiram o poder. Não há ainda uma linguagem única; não há um comando forte. Ordens do chefe demoram exageradamente a serem cumpridas, mesmo as mais simples. Secretários falam línguas diferentes. Na turma do entorno do poder tem um que quer mandar mais que o outro. Corrigir urgente esses deslizes pode apressar o sucesso de um governo.
CHUVA E TRÂNSITO
Em Porto Velho, houve avanços e há problemas. Mais de cem obras estão sendo executadas ao mesmo tempo pela administração petista de Sobrinho. Mas a cidade cresceu demais em poucos anos e os problemas são proporcionais. As inundações em temporada de chuva são ainda problemão perto do insuperável. E o trânsito, triplicado em número de veículos em quatro anos, está ainda longe de melhorar.
ESPERAR PARA VER
O atraso em algumas obras importantes, como os viadutos sobre a BR e algumas outras, fizeram com que a comunidade cobrasse mais pressa da Prefeitura. Houve sérios problemas com empreiteiras, que abandonaram seus serviços e a burocracia infernal acabou prejudicando o andamento dos projetos. Mas, a partir de agora, a promessa é de que as coisas andem num ritmo muito melhor. Vamos esperar para ver.
PERGUNTINHA
Quantos dos políticos envolvidos em escândalos em Rondônia e Brasil afora vão ser julgados, condenados e devolver o que roubaram dos cofres públicos?
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)