Quarta-feira, 20 de setembro de 2017 - 20h46
COMO MUDAR O PAÍS,
SE O ELEITOR AINDA VOTA PELA CORRUPÇÃO ?
Lula liderou o maior assalto aos cofres públicos em toda a história do Brasil. É reú em sete processos. Mas Lula lidera também todas as pesquisas como candidato à Presidência, preferido por um percentual que fica perto de 32 por cento dos brasileiros, em todos os cenários que se coloque, sejam quais forem seus adversários. Ora, isso não deixa claro que boa parte do povo brasileiro, ao menos nesse percentual que votaria no ex Presidente, acha que roubar, assacar, destruir a Petrobras, fazer empréstimos bilionários a países vizinhos, sem qualquer controle, formar quadrilha de ataque ao dinheiro público, são apenas detalhes irrelevantes? Não fica muito explícito que o discurso de “queremos um país melhor!”; “pelo fim da corrupção!” e essas frases feitas que ouvimos todos os dias, não têm qualquer sentido para esses eleitores de Lula? Que eles votariam nele mesmo que ficasse provado de que fo, uem mandou executar Jesus Cristo? E os que querem votar em Bolsonaro, colocando-o na segunda colocação (pelas pesquisas, se a eleição fosse hoje, ele iria com Lula para o segundo turno), podem ser considerar brasileiros diferentes dos lulistas? Querem votar no oposto, mesmo sabendo de todos os riscos que esse voto pode significar? Que um representante da extrema direita é tão perigoso quanto Lula e sua extrema esquerda doentia? É isso mesmo que quer a maioria do eleitorado (ou seja, somando-se as intenções de votos nos dois primeiros, 50 por cento dos eleitores já se decidiram por um ou outro? E essa visão de extremos é o que queremos para nosso país?
Embora ao menos até agora não tenho surgido nada de novo no cenário político (talvez uma tênue exceção seja João Dória, prefeito de São Paulo), é claro que há nomes muito mais respeitáveis, representando o equilíbrio e o bom senso, como tucano Geraldo Alkmin e talvez um ou outro representante da nova safra de políticos, ainda não contaminados pelo vírus da sacanagem e da corrupção. Mas de que adiantaria gente do bem entrar na disputa, se boa parte do eleitorado quer mesmo o cheiro putrefato da corrupção e da roubalheira institucionalizada como forma de governo, como Lula implantou no país? Claro que a classe política tem muita culpa, mas é sempre bom lembrar que ela é o retrato do povo que representa. E o povo brasileiro, em grande parte, convenhamos, parece que quer mesmo é ver seu país destruído. Uma tristeza de se assistir, porque poderia haver alguma esperança nas próximas eleições. Infelizmente, o povo eleitor é o mesmo...
JIPA LONGE DA CRISE
Tem toda a razão o deputado Airton Gurgacz, em comemorar o grande crescimento da sua Ji-Paraná, de onde saiu para a vida pública, se tornando vice governador e agora deputado estadual. Num discurso na Assembleia, essa semana, ele lembrou que a segunda maior cidade rondoniense, está vivendo muito ao largo da crise econômica nacional. Citou três exemplos claros: o funcionamento, a partir da próxima segunda-feira, do Frigorífico Marfrig, com seus mil empregos diretos e até mais dois mil indiretos; a construção do shopping dos irmãos Gonçalves, que anda rápida e que trará mais 600 empregos diretos e, por fim, os investimentos do grupo Atacadão, que somente neste primeiro momento está investindo cerca de 50 milhões de reais em e inaugura em dezembro, com outros 600 empregos. Ou seja, a cidade do prefeito Jesualdo Pires só tem boas notícias para esta reta final de ano.
JORNALISTAS VIRARAM NOTÍCIA
A primeira edição do Prêmio Fiero de Jornalismo, iniciativa da Federação das Indústrias, foi realizado nesta terça, com total sucesso. Vários trabalhos jornalísticos em diversos áreas foram premiados, com um total superior a 60 mil reais. Além disso, o evento serviu para reunir profissionais da área que, no dia a dia, não conseguem se encontrar, pelas atividades que exercem. Destaque-se também a presença de inúmeras autoridades, do vice governador Daniel Pereira ao reitor da Unir, Ari Ott, assim como a do presidente do Conselho de Administração da Fiero, o empresário Chagas Neto, entre dezenas de nomes. A iniciativa da Fiero, a partir do comando do presidente Marcelo Thomé e com a execução do jornalista Carlinhos Araújo, foi um momento significativo para todos os que atuam nos meios da imprensa. O Prêmio Paulo Queiroz (homenagem das mais justas a um dos melhores profissionais da mídia que esta Rondônia já conheceu), também recordou a memória de dezenas de colegas já falecidos. Foram lembrados Sérgio Mello, Nelson Townes de Castro e Paulinho Correia, entre tantos outros.
O OURO EM ABUNDÂNCIA
As balsas e dragas voltaram (aliás, voltam toda a semana, logo depois de alguma operação da polícia ambiental) a retirar ouro do rio Madeira, próximo ao centro da cidade. Nos últimos dias, pela enésima vez, mais quatro balsas foram apreendidas, garimpeiros ilegais detidos, mercúrio e material de garimpagem também. Não há explicação para o uso de mercúrio, substância tóxica e que mata a vida nos rios, além de ser um terror para os humanos. Os garimpeiros sabem que não podem procurar ouro dentro da área da cidade, mas há uma causa lógica para que corram esses riscos, mesmo com a polícia seguidamente em seus calcanhares: é que há ainda ouro em abundância nessa região do rio. E ouro de alta qualidade, como poucos no mundo, em termos de pureza. A garimpagem ilegal ainda retira várias toneladas de ouro do leito do nosso principal rio, em várias áreas onde atua. Perto de Porto Velho. E continua fazendo novos milionários, mesmo com toda as proibições. Um quilo de ouro, hoje, está valendo em torno de 132 mil reais. Se for vendido na Bolívia, o quilo pode atingir até 150 mil reais ou mais. Daí, é claro, se entende tantos garimpos ilegais.
RETRATO SOCIAL
Um facínora é suspeito de ter matado mãe e filho no interior de Rondônia. Depois, teria se suicidado. Bala perdida atingido criança, no bairro Nacional. Ladrão matando companheiro ladrão por acidente. Policial matando bandido que roubava moto de uma mulher. Assassino invadindo casa e matando um jovem com vários tiros, dentro do banheiro. Caseiro de sítio é morto a tiros e golpes de facão. Mulher esfaqueia marido que a agrediu. Presa mulher que matou marido e queimou o corpo. Exército faz devassa em Presídio de Vilhena, atrás de armas e celulares. Tudo isso é apenas uma pequena parte do noticiário policial que inundou os sites e as redes sociais, apenas em um dia dessa semana. A imprensa retrata a sociedade. E a nossa está doente, acometida dos vírus da violência, da intransigência, da ganância, da falta de respeito e amor ao próximo. E Rondônia, é claro, não é uma ilha nesse Brasil do terror. Em cada vila, em cada cidade, em cada cantinho do território brasileiro, a violência aumenta e apavora. Enquanto isso, nossas autoridades estão preocupadas é com o “desencarceramento” de presos. Lamentável!
NÃO FAZ FALTA NENHUMA
Ao menos até esta quarta, os Correios de Rondônia não tinha aderido |à greve nacional, que começou em pelo menos 20 estados. Mas mesmo que a paralisação chegue por aqui também, alguém sentirá mesmo a falta do serviço? Nos últimos anos, praticamente destruído por uma crise que, só em 2016 causou um prejuízo financeiro de 4 bilhões de reais, os Correios são apenas a sombra do que foram até o início dos anos 2000. A partir da transformação da estatal num braço político do PT e seus aliados, tornando-o o ovo da serpente da corrupção, os Correios foram sendo corroídos, até chegarem a este final triste e melancólico. A tal ponto de que uma greve nacional da categoria pouco influi na vida nacional. Com mais de 6.500 agências e outras mil franquias, a estatal está quebrada também por ter que bancar direitos adquiridos dos seus empregados, entre os quais um plano de saúde em que paga 93 por cento de todo o custo, enquanto o funcionário entra com apenas 7 por cento. Qual empresa sobrevive com custos assim? Enfim, se não for privatizado, o sistema de Correios no Brasil sobreviverá?
CARDOZO FALOU DEMAIS
Há gravações ainda nas mãos de Joesley Batista que podem complicar muito a vida de um ex ministro. Segundo a revista Veja, José Eduardo Cardozo, que foi ministro da ex presidente Dilma e a defendeu no processo de impeachment, fez declarações extremamente comprometedoras, incluindo frases agressivas em relação a ministros do STF. Aliás, nas gravações, Cardozo teria feito ainda comentários machistas e de muito mau gosto em relação à nova presidente do Supremo, a ministra Carmem Lúcia e sobre sua própria chefe na época, Dilma Rousseff. A revista conta que há muitas outra gravações de importantes autoridades, porque Joesley continuou gravando conversas com seus interlocutores até poucos dias antes de ser preso. Para se livrar do xilindró, os irmãos Batista estão negociando novamente com a Procuradoria Geral da República, agora sob novo comando. E, em troca da liberdade, andam prometendo que entregarão todas as fitas antigas e novas, gravadas por eles. O Brasil vai tremer de novo. E o Temer também!
PERGUNTINHA
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